Children´s Hospital and Clinics
Por: Cynara Azevedo • 11/5/2017 • Resenha • 1.351 Palavras (6 Páginas) • 845 Visualizações
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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
MBA EM GESTÃO HOSPITALAR ADMINISTRAÇÃO EM SAÚDE
Fichamento de Estudo de Caso
Children´s Hospital and Clinics
Nome da aluna Cynara da Silva Azevedo
Trabalho da disciplina: HUMANIZAÇÂO E CUIDADO EM SAÚDE (NPG1039/2366090) 9001
Tutor: RENATA JABOUR SARAIVA
Vitória-ES
2017
Estudo de Caso:
Children´s Hospital and Clinics
O “Children´s Hospital and Clinics”
Formado em 1994 após se juntar ao Children´s Hospital-ST Poul. E tinha como CEO Brock Nelson. Em 2001, O children´s já havia ampliado seu atendimento e já provia assistência médica para bebês, crianças e adolescentes, com serviços que iam desde atendimento emergencial até procedimentos complexos como cirurgias de peito aberto e tratamento de câncer.
Julie Morath
Ainda em 1999, Nelson precisava de alguém experiente para lidar com os erros em procedimentos e diagnostico e contratou para o cargo de Diretora Operacional Julie Morath.
Morath possuía 25 anos de experiência em administração de saúde, trabalhou 5 anos como vice-presidente de sistemas para aperfeiçoamento na Allina Health Systems e era treina e experiente como enfermeira graduada. Durante o tempo que trabalhou na Allina, cursou as Sessões Executivas sobre Erro Médico e Segurança do Paciente na Universidade de Harvard. As aulas lhe mostraram que os erros médicos ocorrem por causa de pequenos colapsos em sistemas complexos, e não só por equívocos ou incompetência de um enfermeiro ou médico. Morath estava ansiosa para por em prática os conceitos sobre segurança dos pacientes no Children´s. E ela explica sua transformação pessoal nessa questão:
“O sistema de saúde produz saúde, sim, mas também produz danos. Eu passei toda minha carreira preocupada com a segurança do paciente e buscava alertar as pessoas a serem mais cuidadosas. Percebi com o tempo que essas tentativas de menor escala para consertar problemas não eram suficientes. Embora meu trabalho na Allina fosse intelectualmente estimulante, estava longe de mais da linha de frente, onde os cuidados são administrados para efetivamente criar mudanças e fazer a diferença em relação a segurança do paciente. As aulas de Harvard me fizeram ver que eu podia promover um grande impacto se pudesse levar a diante uma iniciativa corporativa que fizesse a organização inteira adotar a segurança como prioridade máxima.”
Morath e Nelson juntaram-se ao Dr. Terry Hart. Diretor Médico do hospital, contando com suas contribuições e sugestões, e formou um time central de pessoas que ajudariam a conceber e lançar o Programa de Segurança do Paciente. Conquistando assim a ajuda de pessoas respeitadas na organização pela experiência médica.
Morath começou fornecendo a equipe evidencias sobre o tamanho e extensão do problema dos erros médicos, apresentou dados do estudo de Prática Médica de Harvard sobre freqüência e causas desse problema. E explicou como a equipe reagiu no inicio.
“As pessoas no inicio eram céticas sobre a aplicação dos dados nacionais. Eu perguntei: “ok, esses dados podem não ser aplicáveis. Então, me digam qual foi sua própria experiência esta semana com relação á segurança do paciente e se foi satisfatória?”Á medida que foram discutindo os incidentes que antes tomavam como únicos ou idiossincráticos, as pessoas perceberam que a maioria dos colegas passaram por experiências semelhantes.”
Morath enfatiza a necessidade em mudar o modo como os profissionais encaravam os acidentes. E repetidas vezes descreveu sua filosofia sobre segurança do paciente:
“A assistência de saúde é uma sistema muito complexo, e esses sistemas são, pela própria natureza, inclinados a risco. A cultura de assistência médica de ser uma que todos trabalhem, juntos para entender a segurança, identificar riscos, e informá-los sem medo de culpa. Devemos enxergar caminhos para mudar todo o sistema quando objetivamos um índice zero de efeitos.”
AssimMorath os convenceu que erros médicos não era um problema apenas na Children´s, e que uma nova estratégia em segurança poderia reduzir acidentes e mostrou que falar sobre os erros, sem medo e sem receio de julgamentos, aperfeiçoaria o atendimento sem causar prejuízos e nem expor as suas carreiras e o hospital a novos riscos jurídicos.
Morath começou a juntar dados dos estados atuais de segurança dos pacientes, desfez barreiras que inibiam as pessoas em discutir os incidentes médicos, solicitou uma pesquisa de mercado e recrutou uma enfermeira experiente e graduada para conduzir grupos focais. Morath envolveu muitas pessoas no processo e as motivou a pensar criativamente sobre modos de enfatizar a segurança do paciente. Os funcionários começaram a se sentir seguros e aliviados por existir esse espaço para debater suas experiências com erros. Morath comentou sobre o impacto dos grupos focais:
“A medida que conduzimos esses grupos, meu escritório tornou-se um confessionário. Gente que esteve envolvida com acidentes médicos, mesmo em lugares e tempos distantes daqui, trouxe suas experiências de forma vívida. A necessidade de falar das ocorrências era tão importante pra elas... é devastador falhar com um paciente, especialmente quando é uma criança.”
Os funcionários tinham receios de como os familiares iriam lidar com as especulações sobre existir um grupo no hospital fazendo estudos sobre segurança dos pacientes, mas Morath conseguiu autorização e apoio da direção para conduzir um grupo focal com os pais, onde debater seus medos e seus pontos de vista. Com a integração entre o grupo de funcionários de dos pais, Morath obteve resultados relevantes para realçar processos e sistemas já existentes e amenizar os problemas jurídicos.
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