Hepatite C
Ensaios: Hepatite C. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: Vanessa2408 • 20/11/2014 • 2.621 Palavras (11 Páginas) • 289 Visualizações
Resumo A hepatite C é uma doença infecciosa, com evolução variável, geralmente lenta e progressiva, que acomete o fígado, lesando-o de maneira irreversível e evoluindo de hepatite crônica para cirrose hepática e hepatocarcinoma. O vírus da hepatite C é um agente infeccioso transmitido principalmente por sangue. As hepatites virais são doenças consideradas infecciosas e vêm sendo tratadas com grande relevância na atualidade, cujo comportamento epidemiológico tanto no Brasil como em nível mundial, vêm sofrendo grandes mudanças.
Introdução Hepatite é a inflamação do fígado causada pela presença de uma toxina (como álcool, fármacos e alguns suplementos dietéticos), toxinas ambientais ou infecções virais. Os principais tipos de infecção viral do fígado são as hepatites causadas pelos vírus tipo A (VHA), tipo B (VHB), e tipo C (VHC). A hepatite C é geralmente assintomática ocorrendo apenas depois de lesões hepáticas extensas (Mds, 2009). O VHC é produzido pelo sangue, produtos do sangue, sêmen e saliva (KRAUSE, 2010). Seu genoma é constituído por uma fita simples de RNA, na qual há uma grande variedade em sua seqüência genômica, sendo que os seus diferentes genótipos foram reunidos em seis grupos principais e vários subtipos (FERREIRA; SILVEIRA, 2004). Este tipo de hepatite vem sendo estudado antes da descoberta de seu agente viral e foi definida durante anos como hepatite não A, não B, uma forma de doença hepática aguda ou crônica que se seguia de uma transfusão sanguínea ou de hemoderivados (CORRÊA,BORGES, 2008). Ë uma doença infecciosa de frequência elevada e que pode proporcionar conseqüências graves aos portadores do vírus HCV (CORRÊA; BORGES, 2008). Embora o vírus seja transmitido pelo contato direto, percutâneo ou através de sangue contaminado, em percentual significativo de casos não se identifica a via de infecção (FERREIRA; SILVEIRA, 2004). A inflamação hepática ocorre na maioria das pessoas que adquirir o vírus HCV e dependendo da intensidade e do tempo de duração, a doença pode evoluir para cirrose ou câncer no fígado (CORRÊA; BORGES, 2008) sendo que a desnutrição torna-se muito comum na doença hepática crônica (DUTRA; BASSO, 2006). Os indivíduos considerados de risco são aqueles que receberam transfusões antes de 1992, usuários de drogas intravenosas, pessoas com tatuagens e piercings, alcoólatras, portadores de HIV, transplantados, hemodialisados, hemofílicos, presidiários e sexualmente promíscuos (FERREIRA; SILVEIRA, 2004). Segundo Parolin, et al (2006), a infecção pelo VHC tem sido implicada na gênese de algumas doenças extra-hepáticas como a crioglobulina mista essencial, porfiria cutânea tardia esporádica, doença da tireóide e glomerulonefrite. O vírus HCV pode causar 3 tipos de doenças: hepatite aguda, com resolução da infecção e recuperação em 15% dos casos, infecção crônica persistente, com 70% de possibilidade de progressão para uma doença em uma fase posterior da vida e progressão rápida para cirrose em 15% dos pacientes (FERREIRA; SILVEIRA, 2004). A viremia pode ser detectada dentro de uma a três semanas após a transfusão de sangue contaminado com HCV, apresentando uma duração de quatro a seis meses nos indivíduos com infecção aguda e mais de dez anos naqueles com infecção persistente. Na forma aguda a infecção pelo HCV apresenta uma resposta inflamatória pouco intensa, e em geral os sintomas são brandos. (FERREIRA; SILVEIRA, 2004). Na maioria dos casos (>80%), é assintomática porém pode ser estabelecida doença crônica persistente, e freqüentemente progride para hepatite crônica ativa num período de dez a quinze anos, para cirrose (20% dos casos crônicos) e insuficiência renal após 20 anos, sendo o álcool um co-fator para cirrose induzida por HCV (FERREIRA; SILVEIRA, 2004). A hepatite C apresenta uma prevalência estimada de quinze milhões de pessoas infectadas no mundo de modo que, a pessoa infectada por HCV corre o risco de co-infecção pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV) e, tendo em vista as formas similares de transmissão, freqüentemente não se identifica a co-infecção (CORRÊA; BORGES, 2008). No Brasil não se conhece a distribuição de prevelência-incidência do HCV, porém, sabe-se que predomina em adultos jovens e que a suscetibilidade é geral (CIORLIA ,et al, 2007). Estimativas apontam que cerca de 3% da população mundial estejam infectados pelo vírus da hepatite C, representando assim, um importante problema de saúde pública (FERREIRA; SILVEIRA, 2004).
Desenvolvimento e Metodologia Pesquisa objetivando determinar a prevalência do anti HCV em 343 pacientes portadores de HIV, foi realizada através de estudos do tipo transversal descritivo analítico, em pacientes de ambos os sexos e idades variando entre 16 e 72 anos. Estes, foram submetidos a um questionário padronizado sobre fatores de risco. Os pacientes foram atendidos nos serviços de doenças infecto-parasitárias do Hospital das Clínicas, da UFPE, no período de junho de 2003 a fevereiro de 2004 (CARVALHO, 2009). Com o objetivo de verificar a prevalência de infecção pelo VHC em adultos portadores de diabetes melito, através de estudos analíticos, foram avaliados 145 adultos com diabetes melito tipo 2 e 104 com diabetes melito tipo 1, em ambulatório de diabetes de um Hospital Universitário, na cidade de Curitiba (PR) por método ELISA de quarta geração utilizando grupo controle de 16.720 doadores de sangue (PAROLIN,et al 2008). No ambulatório do Hospital Universitário de Santa Maria (UFSM), com a finalidade de verificar alterações nutricionais nos pacientes portadores de hepatite C, foi realizada uma pesquisa, através de um questionário de frequência alimentar segundo Monteiro, da ingesta de macro e micronutrentes e análise de exames laboratoriais (DUTRA; BASSO, 2006). Ferreira et al,(2004) realizaram uma revisão sucinta das hepatites A, B e C, bem como as epidemiologias e estratégias preferênciais para prevenção. Por meio de revisão literária, Corrêa e Borges (2008) objetivam averiguar os aspectos epidemiológicos da doença no mundo e no Brasil, bem como os principais meios de transmissão, diagnósticos e possibilidades atuais de tratamento. Para isso, foram empregados artigos científicos e textos de livros teóricos que tratavam do assunto, selecionados a partir de uma investigação prévia em sites de busca bibliográfica como Bireme e Scielo. hepatite C, prevenção, epidemiologia, entre outras, foram usadas como indexadores e data de publicação (1997-2006) foi usada como critério de seleção. Com o objetivo de realizar a prevalência do vírus da hepatite C entre profissionais da área da saúde bem como seus fatores de risco, foi realizado um estudo em Hospital Universitário no Município de São José do Rio Preto, SP, de janeiro de 1994 a dezembro
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