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Incidências da Mama

Por:   •  5/10/2023  •  Trabalho acadêmico  •  851 Palavras (4 Páginas)  •  82 Visualizações

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  1. INCIDÊNCIA CRÂNIO CAUDAL (CC)

A Incidência Crânio Caudal (CC) permite detectar e avaliar alterações no tecido mamário. Este exame é realizado com uma mama de cada vez. Neste aspecto, o sulco inframamário é um reparo anatômico importante no posicionamento mamográfico para a projeção CC, marcando a margem inferior da mama, onde o tecido mamário projeta-se anteriormente a parede do tórax (EKLUND, 1991[a]). 

A mama é radiografada em tubo vertical, seguido de manobras de incidência, sendo o feixe perpendicular à mama paciente de frente para o receptor, com a cabeça virada para lado contrário ao exame, do lado examinado, mão na cintura e ombro para trás ou braço ao longo do corpo, com ombro em rotação externa. Elevar o sulco inframamário para permitir melhor exposição da porção superior da mama, próxima ao tórax. Com a mama centralizada no bucky, mamilo paralelo ao filme. Filme mais próximo dos quadrantes inferiores. As mamas devem ser posicionadas de forma simétrica. Para melhorar a exposição dos quadrantes externos, pode-se tracionar a parte lateral da mama, antes de aplicar a compressão. Deste modo o Instituto Nacional de Câncer (INCA) salienta que, “[...] como critério geral, a mama deve ser comprimida até que a glândula fique uniformemente espalhada o máximo possível” (INCA, 2019, p.84[b]). Ao passo que quando posicionada a mama de forma correta contribui para que o paciente não se movimente no momento da incidência, facilitando que lesões suspeitas sejam detectadas facilmente.  

Imagem 1- Incidência CC Posicionada corretamente

[pic 1]

Fonte: Acervo Mama imagem,cortesia Dra Selma Bauab

Comumente, a imagem apresentada, a Portaria 2.898 de 2013 do Ministério da Saúde reitera que na incidência crânio caudal “o músculo peitoral deve ser visto em cerca de 30% (trinta por cento) dos exames”, em complemento o European Guidelines (2006[c]) informa que esse requisito deve ser observado em 52% dos exames mamográficos. A ausência do músculo peitoral maior na incidência indica mal posicionamento (INCA, 2018[d]); com pacientes e equipamentos variáveis, não é de estranhar que o posicionamento continua a ser visto como um desafio à qualidade da prática mamográfica (SWEENEY et al., 2017).

        O posicionamento tem como finalidade mostrar o músculo peitoral na incidência crânio caudal para proporcionar um critério-chave de qualidade de imagem para certificar a inclusão do tecido mamário posterior (SWEENEY et al., 2017[e]). O descuido em se obter posicionamento mamográfico correto pode resultar na eliminação de tecido e, como consequência, perder lesões. (HUPPE et al., 2017[f]).

  1. INCIDÊNCIA MÉDIO LATERAL OBLÍQUA (MLO)

Por meio desta incidência pode-se visualizar a maior parte da mama, além de melhor observar o tecido junto à parede do tórax e a cauda. O músculo peitoral deve ser visível até a altura do mamilo, a prega inframamaria deve ser incluída inferiormente, para isso gire a paciente internamente, o tecido glandular deve aparecer bem espalhado e a mama não deve estar caída.

Assim, deve-se rodar tubo até o bucky, paralelo ao músculo grande peitoral, variando a angulação entre 30°a 60°. O feixe perpendicular à margem lateral do músculo grande peitoral. Paciente de frente para bucky com o braço Fazendo 90° com tórax, encaixar a axila e o grande peitoral no ângulo superior externo do bucky, puxar peitoral e a mama para o bucky e comprimir.

Imagem 2: MLO posicionada corretamente

[pic 2]

Fonte: Acervo Mama Imagem, cortesia da Dra. Selma Bauab

Desta maneira, como podemos constatar na imagem 2, quando é adequadamente realizada, a projeção MLO constata-se todo o tecido mamário (FEIG SA, 1988[g]). Para potencializar a inclusão dos tecidos posteriores da mama, o profissional Tecnólogo (a) ou Técnico (a) em Radiologia deve entender e ser capaz de aplicar a mobilidade natural da mama e o sistema de compressão (porta-chassi e placa compressora). Neste sentido, a localização adequada do ângulo do chassi radiográfico em relação à axila, habitualmente atrás do músculo, é significativa para manter as relações adequadas entre o bucky e o músculo peitoral (EKLUND,1991[h]).

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