Infecção Hospitalar

ASPECTO CLÍNICO DAS INFECÇÕES

- INFECÇÃO LOCALIZADA: rubor, edema, dor ou sensibilidade e restrição de movimentos de uma parte do corpo. Pode ocorrer drenagem de lesões abertas.

- INFECÇÇAO SISTÊMICA: febre, astenia, mal-estar, aumento de nódulos linfáticos, perda do apetite, náusea, vômitos, e em alguns casos anasarca.

6. FATORES DE RISCOS RELACIONADOS AO AMBIENTE

- ar: poeiras em suspensão e gotículas, provocadas pelos tipos de ventilação e comunicação com outros ambientes;

- piso: poeira, secreções, sangue, pus, fezes, urina, vômitos e outros;

- paredes: embora em menor grau, também acumulam poeira, secreções e umidades, aumentando de acordo com a aspereza e rachaduras;

- equipamentos: os aparelhos também acumulam poeira e secreções. Maiores cuidados devemos ter no Centro Cirúrgico, com a mesa de operação, os focos luminosos, os aspiradores individuais, os aparelhos em geral, e a mesa do instrumentador.

7. FATORES DE RISCOS RELACIONADOS AOS MATERIAIS HOSPITALARES

- esterilização deficiente e/ou material supostamente esterilizados;

- qualidade inferior do material;

- erros de técnica de empacotamento, levando a recontaminação do material;

- ausência de controle da validade da esterilização;

- uso do material que tenha data de esterilização vencida.

UNIDADE II

1. MECANISMOS NORMAIS DE DEFESA DO ORGANISMO CONTRA INFECÇÕES

Nos seres humanos existem em um verdadeiro mar de micróbios, a defesa contra ataques microbianos é importante para a sobrevivência da espécie. A pele, membranas mucosas (interior do nariz, boca, vagina e reto), e intestinos são colonizados por um número largo de bactérias. Esses organismos são chamados de flora normal. Eles protegem e formam uma barreira contra invasão por outros micróbios devido, em parte, aos produtos metabólicos desses organismos que podem ser danosos a potenciais invasores. A utilização de nutrientes essenciais pela flora normal inibe, por competição, invasores patogênicos. Se a flora normal é destruída por agentes como antibióticos, a infecção talvez torne-se mais provável de acontecer. A pele e secreções da pele são uma barreira efetiva à invasão por muitos microrganismos. Lágrima e saliva têm atividade antibacteriana. O trato respiratório é mantido limpo pela tosse e pelo contínuo movimento partículas presas no muco, que é transportado pelo contínuo batimento de cílios das células respiratórias. Uma vez microrganismos invadindo tecidos do corpo, mecanismos agem para neutralizar e destruí-los.

Anticorpos

Anticorpos são proteínas produzidas por células brancas especializadas chamadas de linfócitos. Os anticorpos têm uma forte afinidade química por tipos específicos de matérias biológicas estranhas. Antígenos são componentes de materiais estranhos (por exemplo, micróbios) que interagem com anticorpos. Então, anticorpos específicos contra vírus influenza ou anticorpo específico anti Stafilococo podem estar presentes. A interação de anticorpos e componentes de micróbios serve para destruir, inativar, ou impedir a multiplicação de microrganismos. Além disso, quando um anticorpo se liga à superfície de microrganismos faz os microrganismos ficarem mais "comestíveis" pelas células fagocíticas, que engolfam e matam microrganismos invasores.

Inflamação

Inflamação é um fenômeno pelo qual o organismo responde à uma irritação ou a uma infecção. Pequenos vasos sanguíneos dilatam e fluido escapa, produzindo edema, rubor e calor. Células brancas fagocíticas entram no local, aderem à parede dos vasos sanguíneos e migram para o tecido par atacar microrganismos invasores. Febre, é uma resposta comum á várias infecções. A febre aparece para ajudar o organismo na luta contra a infecção aumentando a resposta imune. A febre resulta da produção de pirógenos endógenos produzidos por células fagocíticas e esses produtos agem no hipotálamo, que controla a temperatura corporal.

Reação imunológica

O sistema imunológico, também conhecido como sistema imunitário, compreende todos os mecanismos pelos quais um organismo multicelular se defende de invasores internos, como bactérias, vírus ou parasitas.

Os anticorpos mais comumente encontrados no sangue são as imunoglobulinas da classe IgG, são importantes para dar resistência à infecção e podem cruzar a placenta da mãe para o feto, proporcionando ao bebê imunidade passiva. Existem tipos de mecanismos de defesa: como a proteção da pele, a acidez gástrica, as células fagocitárias ou a secreção de lágrimas.

Barreiras físicas

• A pele é a principal barreira. A sua superfície lipofílica é constituída de células mortas ricas em queratina, uma proteína fibrilar, que impede a entrada de microorganismos. As secreções ligeiramente ácidas e lipídicas das glândulas sebácea e sudorípara criam um microambiente cutâneo hostil ao crescimento excessivo de bactérias.

• O ácido gástrico é uma poderosa defesa contra a invasão por bactérias do intestino. Poucas espécies são capazes de resistir ao baixo pH e enzimas destruidoras que existem no estômago.

• A saliva e as lágrimas contêm enzimas bactericidas, como a lisozima, que destroem a parede celular das bactérias.

• No intestino, as numerosas bactérias da flora normal competem com potenciais patógenos por comida e locais de fixação, diminuindo a probabilidade de estes últimos se multiplicarem em número suficiente para causar uma doença. É por isso que o consumo de demasiados antibióticos orais pode levar à depleção da flora benigna normal do intestino. Com cessação do tratamento, espécies perigosas podem multiplicar-se sem competição, causando, posteriormente, diversas doenças.

• O muco é outra defesa, revestindo as mucosas. Ele seqüestra e inibe a mobilidade dos corpos invasores, sendo a sua composição hostil para muitos microorganismos. Além disso, contém anticorpos.

2. CADEIA DE INFECÇÃO

A simples presença de um