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Lesoes De Plexo Braquial

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Por:   •  22/9/2014  •  949 Palavras (4 Páginas)  •  853 Visualizações

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Revisão Anatômica:

O plexo braquial é a estrutura a partir do qual têm origem os nervos dos membros superiores. Ele é formado pela união dos ramos ventrais dos quatro nervos cervicais inferiores (C5, C6, C7 e C8) e pela maior parte ventral do primeiro nervo torácico (T1) e contribuições do quarto nervo cervical (C4) e segundo torácico (T2). Os ramos de C5 e C6 unem-se para formar tronco superior, o C7 dá origem ao tronco médio e C8 e T1 unem-se para formar o tronco inferior. Cada tronco fornece uma divisão anterior e uma posterior. As divisões anteriores dos troncos superior e médio unem-se e formam o fascículo lateral. A divisão anterior do tronco inferior permanece isolada e forma o fascículo medial. As três divisões posteriores unem-se para formar o fascículo posterior. Do fascículo lateral origina-se o nervo músculo-cutâneo e a raiz lateral do nervo mediano; do fascículo medial, surge o nervo ulnar e a raiz medial do nervo mediano e; do fascículo posterior, os nervos axilar e o radial.

Definição:

A lesão do plexo braquial é comum em adultos, principalmente por acidentes de moto, onde ocorre distensão dos nervos. Já a lesão do plexo braquial obstétrica (PBO) ou do lactente é conseqüente a intercorrências durante o parto, isto é, criança com peso excessivo, apresentação pélvica, tração aplicada a cabeça durante desprendimento do ombro, desproporção entre a cabeça e a pelve, que são mecanismos em que vai haver um afastamento excessivo entre a cervical e o ombro, consequentemente, estirando as raízes nervosas.

Incidência:

A incidência dessa patologia chega a ser 1 em cada 4000 crianças, embora venha diminuindo com o avanço da tecnologia, visto que os obstetras podem prever a ocorrência e evitá-la.

Classificação:

Neuropraxia:

Ocorre bloqueio fisiológico de condução nervosa, sem que haja interrupção anatômica. Quando o bebê apresenta neuropraxia, pode se recuperar espontanemante em torno de 4 a 6 semanas.

Axonotmesis:

Consiste na interrupção anatômica do axônio. Nesse caso, a recuperação é mais lenta, pois o axônio leva até 4 semanas para começar sua regeneração.

Neurotmesis:

Consiste de completa destruição anatômica (ruptura do nervo). Esta é um dos tipos de lesão nervosa mais grave, sem nenhuma chance de se recuperar espontaneamente. É necessário o tratamento cirúrgico precoce.

Apresentação Clínica

Paralisia de Erb:

É a forma mais comum de lesão. Caracteriza-se por dano às raízes nervosas superiores (C5 e C6) do plexo braquial.

Ocorrerá paralisia flácida de todos os músculos inervados por essas raies, como: deltóide, rombóide, elevador da escápula, serrátil anterior, supinador do antebraço, braquial, braquiorradial, supra-espinhoso, infra-espinhoso e bíceps.

Logo, normalmente, o membro superior encontra-se hipotônico, pendente ao lado do corpo em adução, rodado medialmente, com o antebraço pronado e estendido. A função da mão encontra-se preservada.

Paralisia de Klumpke:

Ocorre com menor freqüência. Trata-se de danos as raízes nervosas inferiores (C7, C8, T1) do plexo braquial.

Nesse caso, os músculos afetados são os flexores do pulso e dedos e os músculos intrínsecos da mão.

Logo, a motricidade do braço e antebraço e mantida. Enquanto que a mão aprenta fraqueza muscular e déficit sensitivo na margem média do antebraço e o lado ulnar da mão.

Paralisia de Erb-Klumpke:

É a lesão total do plexo braquial. É rara e com difícil determinação da localização exata da lesão anatômica. A lesão afetará todo o braço, que se encontra completamente flácido.

A distensão vigorosa das raízes nervosas ou do tronco do plexo provoca lesões que variam desde o edema das bainhas nervosas, bloqueando a condução nervosa, até a hemorragia e à formação de cicatrizes e, inclusive, a ruptura dos axônios.

O bebê afetado se apresentará com postura assimétrica, com o braço afetado ao longo do corpo, ao invés do padrão flexor. Ele manifestará um distúrbio motor de caráter compensatório, em contratura dos

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