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Medicina Veterinária

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Por:   •  13/3/2015  •  510 Palavras (3 Páginas)  •  214 Visualizações

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Apesar de concentrar a maior biodiversidade do planeta, a Amazônia sofre graves ameaças, onde espécies animais e vegetais desaparecem antes mesmas de serem conhecidas e catalogadas pelo homem. Tal fato ocorre principalmente, pela destruição de habitats e pelo manejo inadequado das espécies (MARQUES, 2003).

Os quelônios são animais de grande importância econômica e cultural para as populações da Amazônia. E a conservação destes é de suma importância não apenas para a manutenção da biodiversidade, mas também para as populações ribeirinhas que utilizam como alimento, sendo necessário pesquisa mais detalhada sobre este tema.

A criação de quelônios em cativeiro no Brasil vem despertando o interesse econômico dos produtores rurais, desde a década de 70, após a publicação da Lei 5.197/67 - Lei de Proteção à Fauna, a qual preconiza a proibição de captura e a comercialização de animais silvestres, se não provenientes de criadouros legalizados. Atualmente somente Podocnemis expansa (Schweigger, 1812) (Tartaruga-da-Amazônia) e Podocnemis unifilis (Troschel, 1848) (tracajá) estão liberadas para criação em cativeiro para fins comerciais, segundo a Portaria IBAMA 142/92-P. Estas espécies possuem altíssimo potencial para exploração zootécnica, particularmente por seu porte, sua alta prolificidade, rusticidade e pelo alto valor econômico que agrega sua carne e seus subprodutos.

Dentro do gênero Podocnemis, a espécie Podocnemis unifilis encontra-se distribuído por toda a bacia amazônica, sendo as fêmeas maiores do que os machos (que possuem manchas amareladas na cabeça), possuindo em torno de 8 kg e medindo cerca de 38 cm. Quando adultas pode atingir até 50 cm (VANZOLINI, 2003). Vivem em lagos, rios e igarapés e desovam isoladamente em barrancos, em covas de, aproximadamente, 30 cm de profundidade em que colocam, em média, 20-30 ovos (SOINI, 1995). Supõe-se estar maduro sexualmente após os sete anos e alimentam-se de frutas, sementes, raízes, folhas e, ocasionalmente, de insetos, crustáceos e moluscos. Parecem ser mais rústicos do que outros quelônios aquáticos, o que lhes confere uma melhor adaptação ao cativeiro (TERÁN, 1992).

O declínio de suas populações levou esta espécie a ser classificada como vulnerável na lista da IUCN (IUCN, 2011). Para reduzir os impactos sobre as populações de quelônios, faz-se necessário o conhecimento sobre a ecologia das espécies para estabelecer estratégias de conservação e manejo principalmente em cativeiro (MALVASIO et al., 2001). Em cativeiro, as condições impostas ao animal podem ser bastante diferentes daquelas encontradas nos ambientes naturais e, muitas vezes, até desfavoráveis. Para manter uma tartaruga em cativeiro, se faz necessário que o criador tenha à sua disposição um conjunto mínimo de informações sobre a biologia e o estilo de vida desse animal como, o que e quanto ele come, como ele cresce, como ele se reproduz, como ele tolera as variações na temperatura e na qualidade da água, entre outras.

O fator crescimento é um dos mais importantes a serem considerados na criação destes animais, uma vez que através desse fator, pode-se ter uma ideia do potencial dos animais, para chegarem mais cedo ao abate. As tartarugas, em geral, possuem taxas de crescimento distintas ao longo da vida. No primeiro ano de vida, até a fase juvenil, a taxa de crescimento é maior (SÁ, 2004).

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