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Mercúrio - Medicina do Trabalho

Por:   •  7/6/2020  •  Seminário  •  1.053 Palavras (5 Páginas)  •  227 Visualizações

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Agente Químico: MERCÚRIO                                    Alunas: Data: 06/04/2020

Exposição

Toxicocinética

Toxicodinâmica

Absorção

Distribuição

Biotransformação

Excreção

Clínica (sintomas / danos)

Este metal é único cuja forma metálica está em estado líquido em temperatura ambiente, além de ser pouco reativo. O Hg pode se apresentar em várias formas e cada uma possui propriedades físico-químicas e toxicológicas completamente diferentes entre si.

Do ponto de vista ocupacional, a forma mais importante é a do mercúrio metálico. O Hg metálico é utilizado no garimpo de ouro, na produção de lâmpadas fluorescentes, instrumentos de precisão, soda caustica, amalgama dentário e na fabricação de pilhas.

A exposição aguda a concentrações muito elevadas de vapor de mercúrios é extremamente lesiva aos pulmões e é normalmente acidental, níveis em torno de (800 µg/m3 a 900 µg/m3.

A ingestão do mercúrio elementar é inócua, pois praticamente não é absorvido e não tem efeitos locais na mucosa do trato gastrointestinal. Na pele, a absorção é baixa (1% a 3%), porém mais significativa, embora não possua efeitos no local de contato.

Se a exposição é a concentrações relativamente baixas (30 µg/m3 a 80 µg/m3), esse quadro se mantém indefinidamente, até o afastamento da exposição, quando, em geral melhora.

Se a exposição for maior (>100 µg/m3), pode ocorrer evolução para o hidrargirismo e neuropatia periférica.

A norma regulamentadora sobre o acidente ocupacional por intoxicação por Mercúrio metálico é a NR-15. Sendo o limite de tolerância de 0,04 mg/m3 de ar para jornadas semanais de até 48 horas (todas as formas exceto as orgânicas) e o valor teto de 0,12 mg/m3 de ar.

Os valores de Hg-U nas populações não expostas ocupacionalmente estão geralmente abaixo de 10µg/g.

O mercúrio metálico e volátil e seus vapores são absorvidos através da pele e dos pulmões, sendo que esta última via de maior importância, pois cerca de 80% do vapor inalado são absorvidos.

A absorção por via digestiva e irrelevante, pois menos de 0,01% do Hg elementar ingerido e absorvido e, como não exerce efeitos locais no tubo digestivo, esta via não tem efeito algum no organismo.

A distribuição pelo organismo do Hg0 absorvido por pulmão e pele e muito rápida graças ao fato de ser um átomo isolado, livre e neutro eletricamente, que o deixa lipossolúvel, podendo desta forma se difundir com facilidade pelas membranas celulares. Essa característica físico-química permite a penetração fácil através da barreira hematoencefalica, podendo atingir altas concentrações no SNC.

A forma elementar vai sendo oxidada por meio da catalase, tanto nos eritrócitos quanto em outros tecidos, e se transforma em íons

Hg+ ou Hg+2 que já possuem comportamento de distribuição semelhante aos demais íons metálicos. Assim vai ocorrendo a distribuição das duas formas simultaneamente: a elementar neutra e lipossolúvel, e a iônica, mais hidrossolúvel. No balanço final, atinge, além do SNC, rins, fígado, mucosa intestinal, miocárdio, pele e outros tecidos. No cérebro, concentra-se mais na substancia cinzenta do que na branca. O principal órgão de deposito e o rim e a maior concentração e no túbulo contornado

Proximal, onde se liga a uma metalotioneina produzida.

O mercúrio possui um ciclo no qual a forma elementar evapora e permanece até um ano em média na atmosfera, sendo uma parte oxidada a forma iônica, voltando para o solo, onde pode ser reduzido a metálico novamente e evaporado. Parte do mercúrio pode ser metilado por microrganismos presentes nos sedimentos de mares, rios e lagos e formar metilmercúrio, que acaba na cadeia alimentar e se concentra nos frutos do mar. As maiores fontes de Hg para o ser humano são a ingestão de frutos do mar, mesmo em locais isentos de contaminação por Hg, e os amalgamas dentários, no entanto, mesmo com ambas as fontes em conjunto, o metal permanece em níveis abaixo do perigo, exceto se os frutos do mar provierem de locais muito contaminados, em que possa ocorrer maior formação de metilmercúrio.

A excreção do mercúrio ocorre principalmente na forma iônica pelas fezes e pela urina, mas também pela descamação cutânea. Uma parte pode ainda ser eliminada pelo ar exalado na forma de mercúrio elementar, tanto do que foi absorvido antes de ser oxidado, quanto uma pequena parcela que pode sofrer redução de iônico para metálico novamente.

Os compostos iônicos que não alcançarem o SNC também podem ter parte excretada pelo ar exalado, pois, naturalmente, podem ser reduzidos a mercúrio elementar.

A excreção urinária no início da exposição ao metal é de apenas 13% do total absorvido, mas, após seis meses a um ano de exposição, atinge quase 60% da excreção total. A meia-vida do mercúrio é complexa e depende de cada compartimento, mas a maior parte é eliminada por urina e fezes em cerca de dois meses depois de cessada a exposição, mas o que fica retido no SNC tem meia-vida de vários anos.

Exposição com o vapor do mercúrio em níveis elevados causam repentina pneumonia química com tosse, dispneia intensa, bronquite erosiva, edema pulmonar agudo e morte por insuficiência respiratória, podendo causar também pneumonia lobar e fibrose intersticial.
Nas mucosas, ocorrem conjuntivite, estomatite com sialorreia intensa e gengivite, seguidos de quadro que envolve o SNC com tremores e fasciculações musculares e renal com hematúria, oligúria e insuficiência renal por necrose tubular proximal. Pode ainda ocorrer hepatopatia, diarreia e dor abdominal.
Pode causar o micromercurialismo que é caracterizado por sintoma astênico-vegetativo pouco específico como fraqueza, cansaço fácil, anorexia, perda de peso e alterações neurocomportamentais.
Podendo ocorrer evolução para o hidrargirismo, que é caracterizado por alterações de humor como irritabilidade, agitação, tremores, perda da memória recente, insônia e depressão. Em casos graves, podem aparecer alucinações e delírios. O tremor, que se inicia nas extremidades e pode progredir para tremor generalizado.
Pode aparecer ainda neuropatia periférica sensitiva, com parestesias de extremidades, gengivite frequentemente acompanhada de perda de dentes. Essas alterações em geral desaparecem poucas semanas após o afastamento da exposição

Características do agente e do ambiente de exposição.

LT, NA e outros aspectos da medição e controle em ambientes ocupacionais (NR 15, NR9, FISPQ, ACGIH).

Forma de absorção

Detalhes sobre a distribuição, armazenamento

Detalhes sobre a biotransformação

Detalhes sobre a excreção do agente

Sinais, sintomas, danos agudos e crônicos

Notas Técnicas: LT = Limite de Tolerância; NA = Nível de Ação; NR = Norma Regulamentadora; ACGIH = American Conference of Governmental Industrial Hygienists;

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