Método de Kato-katz, Análise da Metodologia
Por: Lucas Ian Ribeiro • 19/12/2022 • Relatório de pesquisa • 578 Palavras (3 Páginas) • 370 Visualizações
Parasitologia – Método Diagnóstico: Kato-Katz[pic 1]
Aluno: Lucas Ian Pereira Ribeiro Matrícula: 202011449
Docente: Silvia Maria Carvalho
A esquistossomose não é uma problemática recente nas dinâmicas humanas. Estudos revelam que foram encontrados ovos de Schistosoma em múmias egípcias de 3500 a.C. No Brasil, acredita-se que tal patogênese tenha chegado no século XVI com a vinda de escravos trazidos da África infectados com S. mansoni. Sendo uma doença que perdura até os dias atuais. Entre os países mais afetados pela doença nas américas, encontra-se o Brasil, país onde cerca de 25 milhões de pessoas residem em áreas endêmicas. Deste modo, técnicas diagnósticas eficazes para esquistossomose são de suma importância (SANTOS, 2017).
A técnica de Kato-Katz, tem como base a visualização microscópica de ovos de helmintos em amostras de fezes, esta técnica é considerada o padrão ouro para diagnóstico de esquistossomose, sendo aprovada e recomendada pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Originalmente, a técnica foi descrita por Kato & Miura em 1954, sendo modificada por Katz et al, em 1972. As modificações simplificaram a técnica, de modo que para pesagem das fezes não era mais necessário o uso de balança; um cartão com orifício central de 6 mm de diâmetro, definia a quantidade de fezes a ser examinada (42,7 ± 2,0 mg). Este método destaca-se por sua praticidade e baixo custo operacional, além de fornecer uma análise quantitativa acerca da carga parasitária. A técnica de Kato-Katz é descrita em mais detalhes no texto abaixo (CARVALHO, 2016).
Para realização deste método é necessário: Papel celofane embebido em solução de verde malaquita (essa solução conserva as fezes e clarifica os ovos dos parasitas); Tela metálica ou de náilon; palito; cartão com orifício de 6mm de diâmetro, lâminas de vidro e amostra fecal.
Inicialmente, coloque sobre um papel, uma pequena fração da amostra fecal; em seguida, comprima a amostra utilizando a tela metálica (pelos orifícios passam os ovos de helmintos e os detritos menores). Com o auxílio de um palito, retire parte das fezes que passaram pela região superior da tela, e transfira para o orifício de 6mm do cartão plástico apoiado sobre uma lâmina de vidro, complete-o e depois retire o cartão (sempre retirar na vertical). Cubra as fezes com papel celofane, inverta a lâmina sobre uma folha de papel e comprima-a. Após uma hora, examinar ao microscópio contando os ovos, o número encontrado deve ser multiplicado por 24 para encontrar a razão de ovos por grama de fezes (SANTANA, 2022).
O método descrito por Kato, permite que as lâminas sejam transportadas e armazenadas a temperatura ambiente por meses, sem que haja prejuízos no resultado. Ainda que haja muitos benefícios, como o baixo custo, a técnica torna-se pouco eficaz em indivíduos com baixa carga parasitária ou portadores de fezes diarreicas. As técnicas de geoprocessamento aliadas a ferramenta diagnóstica de Kato, constituem alguns dos estudos mais recentes para prever a ocorrência da esquistossomose mansônica.
Referências:
CARVALHO, F. B. G. Novos antígenos de Schistosoma mansoni para o diagnóstico sorológico da infecção ativa e controle de cura. Fundação Oswaldo Cruz, 2016. Disponível em: <https://www.cpqrr.fiocruz.br/texto-completo/T_110.pdf>. Acesso em: 18 dez. 2022.
SANTANA, S. C. et al. Guia para pesquisa de ovos de helmintos em fezes através do método Kato-Katz. Secretaria Executiva de Vigilância em Saúde e Regulação, 2022. Disponível em: <https://www.saude.ce.gov.br/wp-content/uploads/sites/9/2022/02/guia_pesquisa_ovos_helmintos_fezes_metodo_KatoKatz_20220402.pdf>. Acesso em: 18 de dez. 2022.
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