Negócios de sementes no Brasil

1.0. INTRODUÇÃO

O Negócio de Sementes no Brasil gira em torno de 1,45 bilhões de dólares que representa 50,4% do Negócio Sementes da América do Sul (BARROS & PESKE, 2005).

A demanda estável aliada ao desenvolvimento de híbridos, assim como o desenvolvimento de variedades altamente produtivas de trigo, arroz e soja, e outros, beneficiam os negócios ao passo que, com a aprovação da Lei de Proteção de Cultivares (LPC) e o impulso dado pelo desenvolvimento da Biotecnologia e Engenharia Genética, o mercado reage frente às novas tecnologias reanimando o processo de melhoramento das sementes, investindo em pesquisas que, por sua vez, tendem a melhorar as sementes e incrementar sua produtividade (ARAUJO, 2006).

O uso de sementes de qualidade se torna uma necessidade fundamental, pois é este insumo agrícola que carrega os caracteres desejados para uma condução eficiente das lavouras que resultam em produtividades maiores a cada safra. A semente de alta qualidade influi diretamente no sucesso da lavoura propiciando que altos índices de produtividade sejam atingidos. Anos de pesquisa e melhoramento genético estão sendo difundidos em todo o mundo através deste importante insumo que é a semente, pois nela são transmitidas características específicas e desejáveis frente às necessidades constates de maior produção e produtividade com os menores custos possíveis (ARAUJO, 2006).

Produzir sementes hoje requer do produtor aprimoramento técnico bem como planejamento eficaz de produção e comercialização para que possa ter sucesso em seu empreendimento.

Para o produtor de grãos é interessante manter a qualidade genética das sementes para que todo o seu investimento em tempo e dinheiro tenha retorno. Entretanto, manter sementes puras não é uma tarefa de fácil execução, e é necessário manter alto rigor nas diferentes etapas de melhoramento, multiplicação e produção final das sementes (CASTRO, 2007).

Na produção de semente de alta qualidade, tanto o produtor busca resultados positivos que afirmem a espécie e cultivar e retorne na forma de comercialização, quanto o consumidor quer uma variedade que garanta o retorno de seu investimento. O Brasil está adotando a Certificação como programa único de produção de sementes, que possui quatro classes de sementes: Genética, Básica, Registrada e Certificada. O produtor de sementes tem acesso somente à semente Básica, a partir da qual poderá produzir sementes da classe Registrada e/ou Certificada (ARAUJO, 2006).

A semente genética, de acordo com o Decreto nº. 5.153 que regulamenta a Lei 10.711, que dispõe sobre o Sistema Nacional de Sementes e Mudas - SNSM, nas suas seções I (Da Produção de Sementes) e I (Da Certificação de Sementes) é definida como a classe inicial de todo o processo de produção e certificação de sementes, sendo a sua produção de total responsabilidade do mantenedor ou introdutor (KRZYZANOWSKI; TOLEDO, 2009).

O presente trabalho tem como objetivo fornecer informações sobre sementes genéticas, analisando a evolução e tendências em etapas relevantes do sistema de produção, classes, manutenção e multiplicação de sementes e de como funciona e é aplicada a lei de proteção a cultivares.