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O Diagnóstico de Degenerativa Cervical

Por:   •  7/6/2020  •  Pesquisas Acadêmicas  •  516 Palavras (3 Páginas)  •  182 Visualizações

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4. DIAGNÓSTICO

        A doença degenerativa cervical é de prevalência relevante e um diagnóstico assertivo é essencial para um bom prognóstico. Portanto, os exames mais indicados para esse propósito são radiografia, tomografia computadorizada, mielotomografia e, em alguns casos, a ressonância magnética. Ademais, a eletroneuromiografia é essencial no diagnóstico de raticulopatias cervicais.

        Quando há sinais de instabilidade na coluna vertebral, mais especificamente nas vértebras cervicais, a radiografia em flexão e extensão é recomendada para o diagnóstico. O exame é efetivo por detectar alterações degenerativas, principalmente nos segmentos C5-C6 e C6-C7. Os achados mais comuns dessa detecção são a perda de altura do disco intervertebral, formação de osteófitos proeminentes e hipertrofia das facetas articulares. Todas essas alterações são tipicamente achados em idosos. *

        A tomografia computadorizada (TC) e mielotomografia são essenciais na visualização de possíveis calcificações, bem como na visualização própria anatomia óssea em si. Além disso, permite a visualização das medidas do diâmetro anteroposterior, achado capaz de avaliar o risco de mielopatia. Por fim, pode, também, revelar anormalidades que levam ao diagnóstico de compressão foraminal. *

        A ressonância magnética (RM) é um exame que permite verificar as relações entre a medula espinhal e das raízes nervosas com estruturas vizinhas. Esse achado permite o diagnóstico de compressão medular espondilótica.** Entretanto, o índice Kappa – coeficiente que mede a confiabilidade e precisão na classificação*** – para a RM foi de 0,56 com sensibilidade de 96,7% e especificidade de 59,3%. Com isso, o acerto de diagnóstico, no índice Kappa, foi 0,19 para hérnia discal; 0,15 para doença degenerativa discal; 0,03 para discite infecciosa; e 0,24 para espondilartrose. Sendo assim, a RM deve ser analisada por um especialista na área, para que não ocorra vieses de diagnóstico, visto que pode haver viés na identificação da condição como patológica ou da idade.****

        Por fim, a eletroneuromiografia é usada para o diagnóstico de raticulopatias cervicais. Esse diagnóstico só é possível porque esse exame é capaz de avaliar a presença e o grau de lesão neuronal do corno anterior da medula espinhal ou, ainda, das raízes nervosas espinhais. *****

5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

*: Bartlett RJ, Hill CR, Gardiner E. A comparison of T2 and gadolinium enhanced MRI with CT myelography in cervical radiculopathy. Br J Radiol. 1998. Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/9534693/. Acesso em: 23 maio 2020.

**:  Chiles BW 3rd, Leonard MA, Choudhri HF, Cooper PR. Cervical spondylotic myelopathy: patterns of neurological deficit and recovery after anterior cervical decompression. Neurosurgery. 1999. Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/10201301/. Acesso em: 23 maio 2020.

***: Márcia Galan Perroca, Raquel Rapone Gaidzinski. Avaliando a confiabilidade interavaliadores de um instrumento para classificação de pacientes - coeficiente Kappa. Disponível em: https://www.scielo.br/pdf/reeusp/v37n1/09.pdf. Acesso em: 23 maio 2020.

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