O Hospital Pelo Olhar Da Criança
Artigo: O Hospital Pelo Olhar Da Criança. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: Caim • 20/9/2014 • 1.675 Palavras (7 Páginas) • 727 Visualizações
AGES
FACULDADE DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS
BACHARELADO EM ENFERMAGEM
BRUNA MARA DE MORAIS
O Hospital pelo Olhar da Criança
Fichamento apresentado no curso de enfermagem da Faculdade Ages, como um dos pré-requisitos para a obtenção da nota parcial da disciplina Interpretação de Exames, no VIII período, sob a orientação do professor Rodrigo.
Paripiranga – BA
Agosto 2014
Referência KUDO, Aide Mitie. O hospital pelo olhar da criança. – São Caetano do Sul, SP: Yendis Editora,2009.
Credênciais
Aide Mitie Kudo, Especialista em Administração em serviço de Saúde – Administração Hospitalar pela Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (USP). Terapeuta Ocupacional formada pelo curso de graduação em Terapia Ocupacional da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP). Supervisora de Seção Hospitalar do serviço de terapia ocupacional do instituto da criança do hospital das clinicas da FMUSP. Priscila Bagio Maria, especialista em terapia ocupacional dinâmica pelo centro de especialidade de terapia ocupacional (CETO). Terapeuta ocupacional formada pelo curso de graduação em terapia ocupacional da FMUSP. Terapeuta ocupacional do instituto da criança do hospital das clinicas da FMUSP.
Resumo O livro “O hospital pelo olhar da criança” oferece aos profissionais de saúde uma compreensão melhor sobre o universo de crianças e adolescentes hospitalizadas. O mesmo traz a rotina dos hospitais da criança e expões como as elas que passam por um longo tempo internadas se desenvolvem e reagem ao ambiente, mostrando de diversos ângulos das vivências: seus medos, suas dúvidas, seu ponto de vista, as relações entre os pacientes, com acompanhantes e com os os profissionais e até mesmo suas reivindicações.
O Hospital
Parecer/Citação
O capítulo traz as experiências vividas pelas crianças no hospital, onde as mesmas não conseguem se adaptar no ambiente que não é seu. Experiência essas que as levam a um amadurecimento precoce, e em depoimentos as crianças afirmam que o hospital não é tão ruim assim, mais que preferiam estar em sua casa, falam sobre tudo que elas vêem ao seu redor, desde rotina até as necessidades de melhorias na infraestrutura tentando transformar o ambiente num lugar mais agradável.
“A criança, ao ser hospitalizada, é retirada de seu meio social habitual. Ela é inserida em um ambiente desconhecido, com pessoas estranhas ao seu convívio e, sentindo-se ameaçada, surgem medos e fantasias a respeito de sua doença e do que vai acontecer.” (KUDO,2009,p. 01)
Gustavo, 8 anos:
Eu to aqui desde quando nasci. Minhas internações são todas a mesma coisa[...] Quando venho pra cá sinto falta de tudo,: meu irmão, minha mae, minha avó. (KUDO, 2009, pag.10)
Os procedimentos Neste capítulo é possível observar o olhar que as crianças tem sobre os procedimentos, onde a princípio a aceitação é difícil, mais que com o passar do tempo elas conseguem compreender a importância de cada procedimento, elas aceitam por saberem que é necessário para sua melhora, tratando os procedimentos muitas vezes de forma divertida e encontrando sua própria explicação com o passar do tempo para estes procedimentos.
Alguns dos depoimentos mais marcantes neste capitulo foi de
“-pra fazer exame é preciso ter força, é preciso ter raça, é preciso ter gana sempre- parafraseando uma canção de Milton Nascimento.(Victor 11 anos)” ( KUDO,2009,pag.18)
“Eu fui no centro cirúrgico de motoquinha[...] fui tirar o cateter de motoca. A zildete e a leda “pegou “ a veia(...) colheu sangue e eu não chorei. (Rafaela 3 anos)” (KUDO, 2009, pag.22)
A alimentação
O capítulo retrata sobre a alimentação no hospital. A alimentação é mais que somente nutrição, ela é também uma maneira simbólica e cultural, onde ao depender faz com que a criança lembre de casa. A escolha, o horário e a quantidade da alimentação não cabe ao paciente. Em alguns casos altera-se a dieta a que se está acostumado, tudo vai depender do quadro clínico ou efeitos colaterais da medicação. Em depoimentos as crianças e os adolescentes mostram a insatisfação mas acabam a se adaptando, mas sempre demostrando o desejo por outros alimentos.
“ Não cabe ao paciente a escolha, o horário e a quantidade da sua alimentação” (KUDO, 2009, pag.27)
“- ô mãe, não desce não! -Porque meu filho? -Porque eu não gosto da “vó”. Ela não trouxe iogurte, só trouxe presente. Adolfo. (5anos)“ (KUDO, 2009, pag.30/31)
As amizades É notório que o tempo longo de internação acaba aproximando as crianças e adolescentes. É bastante interessante o vínculo criado uma pelas outras e também por toda equipe hospitalar devido o tempo e as experiências ali vividas, onde elas compartilham seus momentos e se apoiam e se ajudam. Essas amizades podem perdurar até após alta.
“ O tempo prolongado de internação aproxima as crianças. Vivenciar e compartilhar os procedimentos e experiências cria vínculos de amizade que podem perdurar mesmo após alta”. (KUDO,2009,pag.33)
“- Eu vou ficar com saudade das pessoas que estão comigo neste andar, médicos, chefe de enfermagem, enfermeiras, das minhas colegas de quart, de todas as pessoas. Mas estou feliz porque vou embora com muita saúde, e deixo minha marca registrada aqui. Victor Caíque (11 anos)” (KUDO, 2009, pag.33)
A escola no hospital
O capítulo mostra uma modalidade de ensino, denominada de classe hospitalar que possibilita a escolarização de crianças e adolescentes com atendimento de patologia crônica de alta complexidade e com necessidade de internação prolongada. Fico muito contente em ler o capítulo e entender como funciona os estudos das crianças internadas, pois acredito que a escolarização aconteça de forma positiva, contribuindo para que a criança possa assim participar do processo. Foi interessante ler as desculpas criadas por algumas crianças para não estudar e a alegria de outras
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