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O técnico em atendimento de pacientes endocardite

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Por:   •  9/12/2014  •  Projeto de pesquisa  •  5.251 Palavras (22 Páginas)  •  710 Visualizações

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Técnico em Enfermagem

Endocardite

Ana Leila Soares de Souza

Kevin Matheus Lima de Sarges

Lucia Helena dos Anjos Albino

Rafaela Roberta Nunes Bastos

Rosilene Pascoal Ribamar

Taiane Cristina Gama de Almeida

Belém, 2014

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 3

1. CONCEITO 4

2. HISTÓRICO 4

2.1. A ECOCARDIOGRAFIA REVELANDO A VEGETAÇÃO 8

2.2. OS CRITÉRIOS DE DUKE. 9

2.3 PERÍODO DE USO DE ANTIBIOTICOPROFILAXIA. 9

3. ETIOLOGIA 10

4. FISIOPATOLOGIA 11

5. SINTOMATOLOGIA 11

6. DIAGNÓSTICO 12

7. TRATAMENTO 13

7.1. TRATAMENTO ANTIMICROBIANO 14

7.1.1 ESQUEMA TERAPÊUTICO EMPÍRICO PARA EI SITUAÇÃO CLÍNICA 14

7.1.2 TERAPÊUTICA DE ACORDO COM AGENTE INFECCIOSO ISOLADO 15

7.2 TRATAMENTO CIRÚRGICO. 16

8. PROFILAXIA 16

CONCLUSÃO 19

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 20

INTRODUÇÃO

A Endocardite infecciosa (EI) é uma doença grave, que resulta usualmente da invasão de microrganismos (bactéria ou fungo) em tecido endocárdico[1] ou material protético do coração. Havendo oportunidade para bacteremia, como por exemplo, a manipulação dentária em portadores de valvopatia, pode ocorrer colonização pela aderência dos microrganismos na valva deformada. A E.I. possui um alto risco de morbidade e mortalidade. Depois da sepse urológica, pneumonia e sepse intra-abdominal é a síndrome infecciosa que mais ameaça a vida atualmente. Apresenta uma elevada incidência - 15.000 a 20.000 casos novos ao ano. O seu prognóstico depende de um diagnóstico rápido, tratamento efetivo e um pronto reconhecimento de suas complicações[2]. Uma vez confirmado o diagnóstico de endocardite infecciosa, para o tratamento adequado é necessário manter o paciente internado por um longo período (pelo menos um mês), em uso de antibióticos endovenoso em altas doses. Em decorrência da alta mortalidade - em torno de 25% -, devemos ficar atentos às complicações clínicas possíveis, como agravamento da lesão valvar pré-existente, insuficiência cardíaca, embolias sépticas sistêmicas, insuficiência renal e em 35% dos casos há necessidade de cirurgia cardíaca.

1. CONCEITO

A endocardite infecciosa é uma infecção das válvulas e superfícies endoteliais do coração. Em geral, a endocardite desenvolve-se nas pessoas com defeitos cardíaco-estruturais (p. ex., distúrbios valvulares). É mais comum nas pessoas idosas, provavelmente por causa da resposta imunológica diminuída à infecção e das alterações metabólicas associadas ao envelhecimento[3]. A endocardite infecciosa geralmente é causada por bactérias e, mais raramente, por fungos, que invadem a corrente sanguínea ou contaminam diretamente o coração durante uma cirurgia cardíaca. As válvulas anormais ou as próteses valvulares são mais propensas a desenvolverem um quadro de endocardite infecciosa[4]. Um achado típico da doença é o surgimento de vegetações (acúmulos de bactérias, células inflamatórias e coágulos sanguíneos nas válvulas), as quais podem se desprender do coração em direção a órgãos vitais, obstruindo o fluxo sanguíneo dos mesmos (embolização arterial).

Essas obstruções são graves e podem causar um derrame cerebral ou infarto do miocárdio[4]. A endocardite infecciosa pode ocorrer subitamente, sendo potencialmente fatal em questões de dias (endocardite infecciosa aguda fulminante), ou pode evoluir de uma forma gradual, ao longo de um período de semanas a meses (endocardite infecciosa subaguda)[4].

2. HISTÓRICO[5, 6]

“A endocardite infecciosa aguça o interesse do médico sobre o desenrolar de um processo infeccioso” William Bart Osler, 1893.

A revelação da endocardite infecciosa é contemporânea à descoberta do Brasil. Nos primórdios da Idade Moder¬na, os médicos de renome eram humanistas, homens de letras, tidos em alta estima e utilizavam a dissecção hu¬mana como método pilar da aquisição de novas infor¬mações sobre órgãos que causariam as manifestações clí¬nicas cuidadosamente anotadas, à espera da finalização espontânea da evolução da doença intratável. Jean François Fernel (1497-1558) foi um médico francês alcunhado de Galeno moderno, que cuidou do rei Henri¬que II e da rainha Catarina de Medicis, também astrônomo-epônimo da cratera lunar de Fernelius, que entrou para a história da Medicina por ter demonstrado alta capacidade de síntese sobre observações da beira do leito. Ele fez a pri¬meira menção a aspectos clínicos da endocardite infecciosa.

Um novo marco aconteceu anos depois, quando o tam¬bém francês Lazare Rivière (1589-1655) observou excres¬cências que se assemelhavam a tecido pulmonar do tama¬nho de uma avelã, obstruindo a via de saída do ventrículo esquerdo em um paciente com quadro clínico de arritmia cardíaca, dispneia e edema. Passaram-se 60 anos até Gio¬vanni Maria Lancisi (1654-1720) escrever que os pequenos nódulos de carne eram projeções do tecido valvular, e não simples aposições. A história dá um salto de um século, e nos primórdios do século XIX, Jean Nicolas Corvisart (1755-1821) cunhou o termo vegetação para a florescência que lembrava a couve-flor da sífilis. Pouco tempo após, William Senhouse Kirkes (1822-1864) anotou que fragmentos de vegetações valvu¬lares eram encontrados em artéria cerebral, rins e baço em casos que cursaram com febre, sopro cardíaco e manchas purpúreas na pele, além de observar nódulos cutâneos, depois batizados de nódulos de Osler por Emanuel Lib¬man (1872-1946).

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