Os principais clínicos atividades relacionadas com o bruxismo
Artigo: Os principais clínicos atividades relacionadas com o bruxismo. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: 521961 • 8/11/2013 • Artigo • 841 Palavras (4 Páginas) • 489 Visualizações
As manifestações clínicas mais comumente associadas ao bruxismo (BAHLIS,
RODRIGUES, FERRARI et al., 1999) são: os padrões não funcionais do desgaste dentário; as
fraturas dos dentes e restaurações; os sons oclusais audíveis de ranger não funcional; o tônus
aumentado e hipertrofia dos músculos mastigatórios; a dor de cabeça; os sintomas na ATM (dor e
desconforto na ATM; dificuldades mastigatórias; luxação; subluxação; crepitação; ruído articular uni e bilateral; limitação de abertura e desvio na trajetória de abertura bucal); a dor dentária; o tórus
maxilar e mandibular e as implicações periodontais e endodônticas (mobilidade, recessão gengival,
absorções ósseas.)
O esmalte dentário é a primeira estrutura que recebe a carga parafuncional do bruxismo,
sendo o desgaste anormal dos dentes o sinal mais frequente da presença deste distúrbio. O padrão
de desgaste dental do bruxismo prolongado é, frequentemente, não muito uniforme e comumente
mais severo nos dentes anteriores do que nos posteriores, na dentição natural. Em pacientes
portadores de prótese total monomaxilar pode ocorrer o inverso, pois a estabilidade da dentadura
permite pressões maiores nas regiões posteriores (BRESOLIN, 2004).
A perda de tecido dentário provocada pelo bruxismo está associada a vários problemas
dentários tais como sensibilidade dentária, redução excessiva de altura da coroa clínica, e mudanças
possíveis da relação oclusal (OKESON, 1992; ZUANON et al., 1999; YIP, CHOW, CHU, 2003). O
desgaste dental acentuado leva a diminuição da Dimensão Vertical de Oclusão (DVO).
As principais intervenções clínicas relacionadas ao bruxismo são dirigidas para a proteção
do dente, a redução do ranger, e o alívio da dor facial ou temporal, e a melhora da qualidade do
sono, considerando a avaliação individual de cada paciente. São empregados três tipos de
estratégias de gerenciamento: dental, farmacológico e comportamental. Tais estratégias visam
aliviar os sintomas, ou seja, constituem técnica paliativa de tratamento, uma vez que ainda não
existe uma cura para o bruxismo (BADER, LAVIGNE, 2000).
O mais importante, antes de lançar mão de ferramentas para um tratamento odontológico, é a
conscientização do paciente do próprio bruxismo. Essa conscientização da atividade parafuncional é
um pré-requisito indispensável ao início do tratamento e influencia amplamente o prognóstico. Para
isso, deve-se auxiliar o paciente a observar qual tipo de parafunção está presente (apertamento ou
ato de ranger os dentes), em qual momento (diurno ou noturno) e com qual periodicidade. Trata-se
de uma etapa muito importante que permite dar os primeiros conselhos a fim de limitar as tensões,
sobretudo se elas estiverem presentes durante a vigília. Utilizar computador, dirigir automóvel e ler
de forma atenta são alguns exemplos de situações cotidianas ao longo das quais o bruxismo se
manifesta de forma privilegiada sem que o paciente tenha consciência dele. Apenas com a
percepção desse comportamento adquirido é que se pode avançar nos caminhos terapêuticos mais
adequados para tratar o paciente. Para isso, é frequentemente necessária a colaboração de outros
especialistas da área da saúde (MCNIELL, 2000)
Sobre o plano comportamental, apesar de nenhum estudo controlado avaliar sua eficácia,
algumas estratégias de comportamento e de gerência são sugeridas frequentemente aos pacientes:
- Higiene do sono: são instruções para corrigir hábitos pessoais e fatores ambientais que
interferem na qualidade do sono (MORIN et al.,1999).
- Tratamento comportamental da ansiedade: o estresse deve ser considerado um fator
permissivo associado ao bruxismo. Manejo do estresse e mudanças no estilo de vida tem sido
sugeridos
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