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Pacientes transplantados

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Por:   •  25/2/2015  •  Artigo  •  414 Palavras (2 Páginas)  •  429 Visualizações

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As pessoas que recebem transplantem de órgãos são chamadas de pacientes transplantados e devem usar medicamentos para evitar que as defesas do corpo (sistema imunológico ) rejeite os novos tecidos. Ocorre que o organismo pode identificar o transplante como estranho ao seu organismo e rejeitá-lo. Por isso, os pacientes transplantados têm fragilidade em suas defesas naturais (são imunodeprimidos, imunocomprometidos ou imunossuprimidos). Essa fragilidade (imunossupressão) provoca, frequentemente, repercussões na cavidade bucal, que podem ser localizadas, ou fazer parte de um quadro de doença disseminada por todo o corpo.

As infecções bucais em pacientes com baixas defesas (imunocomprometidos) tendem a ser mais fortes e recorrentes, algumas vezes, resistentes aos tratamentos local e sistêmicos. É grande o número de pacientes transplantados com alterações bucais como cárie, doenças nas gengivas (periodontal) e outras afecções causadas por bactérias, fungos ou vírus. Tais condições dificultam a alimentação por via oral e apresentam risco de disseminação por todo o organismo (sistêmica).

Além da maior propensão a doenças infecciosas, determinada pela imunossupressão, os pacientes transplantados estão sujeitos à redução do fluxo salivar (quantidade de saliva produzida) induzida por medicamentos, fato que torna a mucosa bucal mais suscetível ao desenvolvimento de lesões.

As principais manifestações bucais encontradas em pacientes transplantados, mantidos sob terapia imunossupressora, são: candidíase - infecção por fungos conhecida como “sapinho”; infecções bacterianas, como a periodontite, que é a inflamação dos tecidos que sustentam os dentes que são as gengivas, o osso e o ligamento periodontal, e ainda infecções virais como o herpes. Em pacientes receptores de transplante, também são constatados aumento do volume da gengiva entre os dentes (hiperplasia gengival).

As úlceras bucais (semelhantes a aftas) podem ter causas diversas, incluindo-se a ação dos agentes imunossupressores. Muitas dessas lesões merecem consideração especial, pois podem alterar gravemente a qualidade de vida do paciente imunodeprimido, causando dor, incapacidade mastigatória, perda de apetite, desnutrição e risco de infecção generalizada. Esses quadros agravam o estado geral do paciente, dificultando o seu restabelecimento e aumentando o tempo de permanência em situações críticas e de internação hospitalar.

O diagnóstico precoce e o tratamento adequado das lesões na boca, podem melhorar a qualidade de vida do paciente. Portanto, pacientes receptores de órgãos transplantados são mais susceptíveis a lesões bucais, quadros que podem implicar risco de vida destes. Dependendo da fase pós-transplante a intervenção odontológica deve ser limitada aos quadros de real necessidade. Nos primeiros três meses, atua-se somente evitando e tratando as possíveis infecções. Em um período posterior, as intervenções devem ser realizadas com cautela, avaliando-se o tipo e grau de imunossupressão.

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