Perguntas para a saúde das mulheres
Seminário: Perguntas para a saúde das mulheres. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: elenner • 14/3/2014 • Seminário • 4.660 Palavras (19 Páginas) • 521 Visualizações
Seção 22 - Problemas de Saúde da Mulher
Capítulo 245 - Complicações da Gravidez
Aborto Espontâneo e Concepto Natimorto
Gravidez Ectópica
Anemias
Incompatibilidade de Rh
Descolamento Prematuro da Placenta
Placenta Prévia
Hiperêmese Gravídica
Pré-eclâmpsia e Eclâmpsia
Erupções Cutâneas
A maioria das gestações evolui sem problemas e a maioria das complicações pode ser tratada. As complicações incluem o aborto espontâneo, a gravidez ectópica, a anemia, a incompatibilidade de Rh, problemas da placenta, o vômito excessivo, a pré-eclâmpsia, a eclâmpsia e erupções cutâneas, assim como o trabalho de parto prematuro e a ruptura prematura das membranas. Após um aborto espontâneo, a maioria das mulheres é capaz de engravidar com sucesso.
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Aborto Espontâneo e Concepto Natimorto
Um aborto espontâneo é a perda de um feto por causas naturais antes da 20ª semana de gestação. Um concepto natimorto é a perda de um feto por causas naturais após a 20ª semana de gestação. O termo aborto é utilizado pelos médicos para designar tanto o aborto espontâneo como o aborto induzido (interrupção da gravidez realizada por um médico).
A respiração espontânea e a presença de batimentos cardíacos após o nascimento caracterizam um recém-nascido vivo, qualquer que seja o estágio da gestação. Quando ele morre pouco após o nascimento, a sua morte é denominada morte neonatal.
Aproximadamente 20 a 30% das mulheres grávidas apresentam algum sangramento ou alguma cólica pelo menos uma vez durante as vinte primeiras semanas de gestação. Aproximadamente 50% desses episódios acaba em aborto espontâneo. Aproximadamente 85% dos abortos espontâneos ocorrem durante as doze primeiras semanas de gestação e, geralmente, estão relacionados a anomalias fetais.
Os 15% restantes dos abortos espontâneos ocorrem entre a 13ª e a 20ª semana e aproximadamente dois terços deles são decorrentes de problemas maternos e um terço é de causa desconhecida. Muitos estudos demonstraram que distúrbios emocionais maternos não estão relacionados aos abortos espontâneos.
Terminologia do Aborto
Precoce
Perda do feto antes da 12ª semana de gestação
Tardio
Perda do feto entre a 12ª e a 20ª semana de gestação
Espontâneo
Perda do feto ocorrida naturalmente
Induzido
Interrupção médica da gravidez Terapêutico Remoção do feto para salvar a vida da mãe ou preservar sua saúde
Ameaça de Aborto
Sangramento ou cólicas nas primeiras 20 semanas da gestação, indicando que o feto está em perigo
Inevitável
Dor ou sangramento intoleráveis com dilatação do colo útero que indicam a perda do feto
Incompleto
Expulsão de apenas parte do conteúdo uterino ou ruptura das membranas
Completo
Expulsão de todo o conteúdo uterino
Habitual
Três ou mais abortos espontâneos
Oculto
Retenção de um feto morto no útero por 4 semanas ou mais
Séptico
Infecção do conteúdo uterino antes, durante ou após um aborto
Sintomas e Diagnóstico
Antes de um aborto espontâneo, a gestante geralmente apresenta perdas sangüíneas discretas ou um sangramento mais importante e algum tipo de secreção vaginal. O útero contrai, provocando cólica. Quando o abortamento prossegue, o sangramento, a secreção e a cólica tornam-se mais intensos.
Finalmente, pode ocorrer a expulsão de parte ou de todo o conteúdo uterino. Nos estágios iniciais de um aborto espontâneo, a ultra-sonografia pode determinar se o feto ainda está vivo. A ultra-sonografia e outros exames podem ser realizados após um aborto espontâneo para se determinar se todo o conteúdo uterino foi realmente expelido.
Tratamento
Nenhum tratamento é necessário quando todo o conteúdo uterino é expelido (aborto completo). Quando apenas parte dele é expelida (aborto incompleto), pode ser realizada uma curetagem com aspiração para esvaziar o útero.
Quando o feto morreu mas permanece no útero (aborto oculto), o médico deve remover o feto e a placenta, geralmente através da curetagem com aspiração. Nos casos de abortos ocultos tardios, o médico pode usar uma droga (p.ex., ocitocina) que provoca a contração do útero e a expulsão do conteúdo.
Quando o sangramento e as cólicas ocorrem durante as vinte primeiras semanas de gestação (ameaça de aborto), é aconselhável que a gestante faça repouso ao leito, pois essa medida geralmente reduz os sintomas.
Quando possível, a gestante não deve trabalhar e não deve permanecer em pé em casa. A relação sexual deve ser evitada, embora isto não tenha sido relacionado de modo definitivo aos abortos espontâneos. Hormônios não são administrados porque eles quase sempre são ineficazes e podem causar defeitos congênitos, sobretudo do coração ou dos órgãos reprodutivos.
Por exemplo, a exposição de um feto do sexo feminino ao hormônio sintético dietilestilbestrol nesse estágio do desenvolvimento pode causar posteriormente um câncer de vagina. Uma ameaça de aborto pode ocorrer quando o colo do útero abre prematuramente em decorrência da fraqueza do tecido fibroso.
Algumas vezes, o orifício cervical pode ser fechado cirurgicamente (cerclagem) com pontos que são removidos imediatamente
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