Relatório Do Rato Virtual

INTRODUÇÃO

A hipertensão arterial é caracterizada pela manutenção elevada dos níveis pressóricos, provocando ao longo do tempo importantes lesões em órgãos-alvo. Apesar da sua alta prevalência acometendo aproximadamente 25% da população mundial com idade acima de 18 anos, o tratamento da hipertensão arterial ainda está longe do seu ideal. Apenas um terço dos pacientes hipertensos tratados apresenta valores de pressão arterial dentro de limites satisfatórios. Além do tratamento medicamentoso, a adoção de um estilo de vida mais saudável tem sido amplamente recomendada para prevenção e tratamento da hipertensão arterial (LATERZA, RONDON e NEGRÃO, 2007).

As doenças do sistema cardiovascular figuram entre as principais causas de morte no mundo. Elas têm sido objeto de muitos estudos que buscam o conhecimento do sistema cardiovascular, das patologias associadas e de suas conseqüências. Tais estudos têm dedicado especial atenção, nas duas últimas décadas, ao sinal de variabilidade da freqüência cardíaca (VFC), pois há informações importantes sobre os mecanismos de regulação da atividade cardíaca presentes neste sinal como risco de morte súbita em pacientes que sofreram infarto agudo do miocárdio (PAGANI et al 1999 apud OLIVEIRA et al 2006).

Todos os anti-hipertensivos reduzem a pressão arterial (por definição), com conseqüente declínio do risco cardiovascular. Porém, existem diferenças entre os medicamentos, relativas a redução de doença em órgão-alvo e prevenção de eventos cardiovasculares maiores. Mesmo havendo amplo arsenal de anti-hipertensivos, hipertensão e riscos concomitantes permanecem não controlados na maioria dos pacientes ( OPAS, 2007).

O estudo de fatores associados à prevalência e, mesmo, a incidência de novos casos, é outro objeto de investigações internacionais. A caracterização daqueles fatores orienta a prevenção primária de hipertensão arterial sistêmica (HAS). No Brasil, poucos estudos avaliam a associação de fatores como idade, sexo, grupo étnico, nível socioeconômico, fumo, consumo de álcool e padrões de ingesta salina com a prevalência de HAS ( FUCHS et al 1994).

O indivíduo é considerado hipertenso quando, na ausência da terapia anti-hipertensiva, seus níveis pressóricos são mantidos cronicamente em valores iguais ou superiores a 140 mmHg para a pressão arterial sistólica e/ou 90 mmHg para a pressão arterial diastólica (LATERZA, RONDON e NEGRÃO, 2007).

Este estudo tem como objetivo identificar qual das substâncias experimentadas no programa de simulação da hipertensão arterial e frequência cardíaca em ratos, é a mais eficaz quanto ao controle da hipertensão tendo por base o tamanho da dosagem.

MATERIAL E MÉTODO

Para a realização dessa prática utilizou-se os fármacos Noradrenalina, Adrenalina, Propranolol, Acetilcolina, Verapamil e o Nitroprussiato de Sódio por meio do programa de simulação da hipertensão arterial e frequência cardíaca em ratos disponível no laboratório de informática da UFPI, com o intuito de se fazer um estudo comparativo entre os efeitos das respectivas drogas e o caso controle de sístole 62 mmHg, diástole de 34 mmHg.

RESULTADOS

TABELA 01: EFEITOS DAS DROGAS SOBRE O CORAÇÃO E O SISTEMA VASCULAR.

SUBSTÂNCIAS PRESSÃO ARTERIAL FREQUENCIA CARDÍACA

SISTÓLICA DIASTÓLICA

NORADRENALINA

ADRENALINA

PROPRANOLOL

VERAPAMIL

NITROPRUSSIATO DE SÓDIO

ACETILCOLINA

65 mmHg

88 mmHg

63 mmHg

46mmHg

51 mmHg

4 mmHg 38 mmHg

34 mmHg

36 mmHg

23mmHg

23 mmHg

0 mmHG 166 bpm

266 bpm

167 bpm

125 bpm

1160 bpm

1 bpm

Fonte: LABORATÓRIO DE INFORMÁTICA UFPI/CAFS

LEGENDA: bpm: batimentos por minuto

mmHg: milímetros de mercúrio

DISCUSSÃO

O tratamento da hipertensão arterial humana (HA) vem, nos últimos anos, saindo progressivamente do empirismo – ensaio de acertos e erros – em direção a drogas que levam a bloqueios ou antagonismos mais específicos (OIGMAN, 1996).

Segundo SILVA (2007), o betabloqueador propranolol é mais indicado para a redução da velocidade de condução no nó atrioventricular (AV) e, portanto, diminuição da frequência ventricular nos casos de fibrilação, flutter e taquicardia atrial, eventualmente chegando a causar a reversão a rítmo sinusal. Arritmias ventriculares em geral não respondem bem a não ser quando deflagradas por esforços ou emoções ou dos portadores de QT prolongado congênito. Tem ampla indicação no período pó infarto do miocárdio com o redutor dos índices de mortalidade, inclusive de morte súbita, cujos mecanismos ainda são debatidos.

A adrenalina é um hormônio endógeno, largamente produzido pela suprarrenal e liberado em resposta ao estresse. Essa droga