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Resumo Sono e Vigilia

Por:   •  14/5/2020  •  Relatório de pesquisa  •  928 Palavras (4 Páginas)  •  242 Visualizações

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Fisiologia Sono e Vigília

Há sistemas difusos no SNC que modulam o sono e a vigília e o sonambulismo é um descontrole dessa modulação neural, principalmente do hipotálamo e tálamo. Indicação de BZD – de ação ultrarrápida para quem tem dificuldade de dormir, de ação prolongada para quem tem dificuldade de continuar dormindo.

O sono e a vigília eram tidos como sistema antagônicos, mas hoje sabe-se que há características da vigília encontradas no sono – disparos neuronais, atividade metabólica, espasmos musculares, movimento ocular e corporal. Dormimos para poupar energia pela diminuição da atividade metabólica, motora e neural, mas o tálamo e o hipotálamo ficam muito ligados durante o sono. Durante o sono há ondas neurais de alta voltagem e baixa frequência.

Há duas fases do sono:

  • Sono de ondas lentas (com fases de I a IV): ativação de vias aminérgicas, ativando GABA e ocasionando disparos em salva, além de inibir a via histaminérgica. Ocorre a diminuição do simpático – diminui tônus muscular, FC, FR.
  • Sono paradoxal (REM) – com características semelhantes a da vigília, acontece de 20 a 30 minutos depois que a pessoa adormece. Normalmente quando se acorda do sono REM é possível se lembrar do sonho. É ativado pelo sistema colinérgico, que ativa GABA (animais com vias colinérgicas seccionadas não ativam o sono REM).

A ativação de termorreceptores ativa a via colinérgica – febre da sono.

Quando nascemos o ciclo circadiano não está estabelecido, por isso bebês dormem muito. 80% de todo o sono da criança é REM e por volta dos 4 meses acontece a estabilização do sono. Idosos tem dificuldade de atingir estágios mais profundos de sono devido à perda de áreas especificas do tálamo e córtex pela idade. Adultos jovens tem as fases do sono bem marcadas, com a liberação de hormônios do crescimento e cortisol.

Vigília é o estado de alerta, quando há tônus muscular intenso para manter a atividade motora. Ondas neurais de baixa voltagem e alta frequência.

Ciclos do organismo (para manter homeostasia, metabolismo, crescimento)

  • Circadianos – ciclos de 24 horas controlados pelo hipotálamo – hormônios do crescimento, sono e vigília
  • Infradianos – ciclos maiores do que 24 horas controlados pelo epitálamo – FSH
  • Ultradianos – ciclos que acontecem várias vezes por dia – LH

Não é apenas a luz que controla o ciclo circadiano em humanos – há os sistemas temporizadores para o ciclo de sono e vigília:

  • Vias aferentes do sistema sensitivo (percepção da diminuição da temperatura do ambiente, por exemplo)
  • Vias eferentes
  • Células marca passo

Na retina há a melanopsina, uma substancia fotorreceptora capaz de captar a luz e quanto mais luz é captada, mais estímulos são dados ao núcleo supraquiasmático (relógio hipotalâmico), correspondendo ao estado de vigília (aumenta-se os disparos glutamatérgicos). Os núcleos supraquiasmáticos são responsáveis pelo estabelecimento do ciclo claro e escuro, sono e vigília mas não estão envolvidos com a manutenção da atividade locomotora do animal.

O epitálamo está acima do tálamo e contem a glândula pineal, relaciona-se com os ciclos Infradianos e funções sensitivas como mudanças de temperatura. A melatonina é liberada pela glândula pineal durante o sono. Durante o sono diminuímos a ação do simpático. A melatonina aumenta a liberação de insulina, mantém projeções do núcleo supraquiasmático.

Quando acordamos há a liberação e cortisol, para preparar o organismo para o dia – quem libera cortisol mais cedo, acorda mais disposto, bem humorado. Principal mecanismo para liberação de cortisol = luz.

O sistema modulador do ciclo de sono e vigília funciona com neurotransmissores e pode ser classificado em:

  • Sistema específico – sensorial ou motor: quando há vários estímulos e se escolhe em qual estimulo focar
  • Sistema difuso: quando se consegue fazer várias coisas ao mesmo tempo  

Moduladores anatômicos do ciclo de sono e vigília: locus cerúleos, núcleos da rafe e núcleo reticular (no tronco encefálico). As fibras do locus cerúleos e dos núcleos da rafe são finas, a transmissão do impulso é lenta, mas frequente. O núcleo reticular tem projeções para todo o mesencéfalo (ascendente) e para o tronco encefálico (parte descendente) – Marcel, o mesencéfalo fica onde então se tem aferência para o mesencéfalo e para o tronco encefálico? -.

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