Sintomas e complicações na diabetes tipo 1
Pesquisas Acadêmicas: Sintomas e complicações na diabetes tipo 1. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: • 28/2/2015 • Pesquisas Acadêmicas • 1.709 Palavras (7 Páginas) • 569 Visualizações
INTRODUÇÃO
O Diabetes Mellitus é uma doença decorrente da falta de insulina e/ou da incapacidade da insulina exercer adequadamente suas ações. Caracteriza-se por excesso de açúcar no sangue (hiperglicemia), com alterações no metabolismo de açúcares (carboidratos), gorduras (lípidios) e proteínas.
Ele afeta principalmente o metabolismo da glicose, pois a insulina, um hormônio produzido pelo pâncreas, tem a função de estimular a utilização e a quebra das moléculas de glicose para transformá-las em energia a fim de que seja aproveitada pelas células.
Os sintomas, quando aparecem, são o aumento da sede (chamado polidipsia), aumento da fome (polifagia) excesso de urina (poliúria). Algumas das complicações crônicas mais comuns são: cansaço, fraqueza e perda de peso, confusão mental aguda, incontinência urinária, infecções freqüentes, dificuldade de cicatrização de feridas, formigamento, dormências, dores nas mãos e pernas e diminuição da visão.
Na verdade, o Diabetes Mellitus não é uma doença única, mas um conjunto de doenças com uma característica em comum: aumento da concentração de glicose no sangue provocado por duas diferentes situações:
• Diabetes tipo 1: o pâncreas produz pouca ou nenhuma insulina. A instalação da doença ocorre mais comumente na infância e adolescência e é insulino-dependente, isto é, exige a aplicação de injeções diárias de insulina;
• Diabetes tipo 2: as células são resistentes à ação da insulina. A doença, que pode não ser insulino-dependente, em geral acomete as pessoas depois dos 40 anos de idade;
• Diabetes gestacional: ocorre durante a gravidez e, na maior parte dos casos, é provocado pelo aumento excessivo de peso da mãe;
• Diabetes associados a outras doenças como as pancreatites alcoólicas, uso de certos medicamentos etc.
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Os sintomas e as complicações tendem a aparecer de forma rápida no diabetes tipo 1 e podem estar ausentes ou aparecer gradualmente no diabetes tipo 2.
Hoje o Brasil possui cerca de 5 milhões de diabéticos, sendo que metade deles não sabem que possuem diabetes. Metade dos casos de diabetes do tipo 2 podem ser evitados por ações preventivas.
METABOLISMO
Um dos processos metabólicos do organismo é a conversão de alimentos em energia e calor dentro do corpo. Os alimentos são constituídos de três nutrientes principais
Podemos retirar energia de qualquer uma das três categorias, mas a glicose é especialmente importantes porque é rapidamente convertida em energia quando necessário.
No período após a ingestão de alimentos (estado alimentado), devido à grande quantidade de nutrientes no sangue, há predomínio de processos de armazenamento de nutrientes sobre os de quebra. Quando os níveis de glicose no sangue aumentam, a insulina é secretada.
A função mais conhecida da insulina é a regulação da quantidade de glicose no sangue (glicemia). A insulina atua como uma chave, abrindo portas nas paredes das células musculares e do tecido adiposo, permitindo que o açúcar do sangue entre nas células para produzir energia e faz com que os níveis de açúcar no sangue voltem ao normal. No tecido adiposo, a insulina facilita a conversão de glicose em ácidos graxos (lipogênese) e inibe a quebra de lipídeos (lipólise). No fígado, a insulina ajuda na conversão de glicose em glicogênio (molécula composta por várias glicoses que quando necessário é quebrada para a liberação da glicose), além de diminuir a formação de glicose a partir de outras fontes como os aminoácidos (moléculas que compõem as proteínas). A ação da insulina é contrabalançada por outros hormônios, tais como o glucagon.
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No estado de jejum, todos os nutrientes foram armazenados ou utilizados. Há tendência à queda da glicemia, o mesmo ocorrendo com a secreção de insulina. O resultado é a redução da síntese de gordura, com aumento da lipólise no tecido adiposo e da oxidação (para a liberação de energia) de ácidos graxos, principalmente nos músculos e no fígado. Os níveis de glucagon no sangue aumentam, resultando em quebra do glicogênio para liberação de glicose no sangue e a formação de glicose que ocorrem principalmente no fígado.
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No Diabetes Mellitus, a falta de insulina e/ou da incapacidade da insulina exercer adequadamente suas ações faz com que ocorram várias alterações no metabolismo do corpo. Entre as mais importantes estão:
• Aumento da glicemia: devido a falta da insulina (chave), o açúcar não consegue chegar aos músculos e ao tecido adiposo, aumentando sua concentração no sangue.
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• Presença de açúcar na urina: A urina forma-se nos rins quando o sangue é filtrado. Sem insulina, a quantidade de açúcar na corrente sanguínea atinge níveis muito altos. Quando isto acontece, algum açúcar extravasa para a urina através dos rins. O açúcar que passa para a urina leva consigo uma grande quantidade de água.
• Presença de corpos cetônicos na urina: No diabetes tipo 1, como o organismo não pode utilizar o açúcar para produzir energia de maneira satisfatória, ele vai tentar usar gorduras acumuladas como combustível. Quando o fígado queima gorduras muito rapidamente, produz resíduos tóxicos chamados corpos cetônicos, que são perigosos porque tornam o sangue ácido. Quando os corpos cetônicos atingem os rins, alguns passam para a urina juntamente com o açúcar.
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SINTOMAS
Alguns dos sintomas do Diabetes Mellitus podem ser observados facilmente, como:
• Apetite alterado: Nos diabéticos, o principal nutriente, que é a glicose, não passa do sangue para as células quando eles se alimentam, o que o cérebro interpreta como falta de alimento. Isto acarreta grande vontade de comer.
• Aumento do volume urinário: Como a glicose precisa ser dissolvida para ser excretada na urina, o corpo irá precisar de mais água na urina e então o diabético irá urinar mais.
• Sede exagerada: Como o diabético urina mais, ele sentirá grande sede, pois muita água é perdida na urina.
Se você apresentar algum destes sintomas, procure um médico. Apenas o médico poderá confirmar se você tem diabetes mellitus ou outro problema de saúde, mas reconhecer os sintomas do diabetes é importante para que o tratamento comece cedo, melhorando a qualidade de vida do paciente. Se você tem histórico familiar de diabetes (casos de Diabetes Mellitus na família), torna-se mais importante procurar um médico: o acompanhamento periódico dos sinais do diabetes evitará que o diabetes cause maiores problemas, apesar do maior risco de desenvolvimento da doença.
Quando estes sintomas forem observados, alguns exames clínicos devem ser feitos para confirmar o diagnóstico, além de repetidos periodicamente, servindo para acompanhar a eficiência do tratamento, como:
• Glicose no sangue: O teste que mede a nível de glicose no sangue é bastante comum para o diagnóstico e controle do diabetes. Este teste é chamado de teste de glicemia. A glicemia normal para uma pessoa que não tem diabetes antes de uma refeição é de 70 a 110 mg/dl. Para cada caso, contudo, um médico é quem deverá estabelecer o nível desejável assim como a melhor maneira para o controle das taxas glicêmicas.
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Teste de glicemia do sangue
• Glicose na urina: O principal nutriente dos alimentos é a glicose. Após uma refeição os níveis de glicose do sangue naturalmente aumentam, depois ela é transferida para as células do corpo e utilizada pelas células. Isso não ocorre normalmente no diabético. Então, esse excesso de glicose do sangue acaba sendo filtrado pelos rins, acarretando em aumento de glicose na urina. Este teste era um importante indicador da doença e um procedimento laboratorial comum nos testes de urina, mas em alguns casos de diabetes em fase precoce, a urina pode não conter níveis anormais de glicose e, por isso, a medida da glicemia no sangue é mais indicada.
• Hemoglobina Glicosilada: As complicações crônicas do diabetes são decorrentes da alta concentração de glicose no sangue, principalmente porque esta se liga a proteínas que compõem diversos tecidos do corpo. Por isso, um importante teste para avaliar a eficiência do tratamento a longo prazo é a medição da hemoglobina conjugada a glicose no sangue. Como a concentração de hemoglobina será mais ou menos constante no indivíduo, a quantidade de hemoglobina glicosilada dependerá principalmente da concentração de glicose média no sangue do indivíduo por um período de alguns meses.
PREVENÇÃO
• O diabetes do tipo 2 pode ser prevenido de diversas maneiras, o que evita muitos dos casos da doença ou algumas de suas complicações.
• A atividade física compatível com a idade e sob a orientação de um profissional de educação física é uma importante medida preventiva do diabetes tipo 2.
• Dietas saudáveis, orientadas por profissionais de nutrição, diminuem os riscos de diabetes.
• Evitar excesso de peso é uma importante ação preventiva e reduz em 30% as chances de desenvolver diabetes tipo 2.
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• O Diabetes Mellitus tipo 2 tem um forte componente familiar, ou seja, se algum parente próximo a você for portador desta doença, o risco de que você também a apresente aumenta. Você pode desenvolvê-la mesmo sem casos na família, principalmente se estiver acima do peso ou sem fazer exercícios suficientes.
CONSEQÜÊNCIAS E TRATAMENTO
• O alto nível de glicose no sangue é o que mais oferece risco à saúde do diabético. Este alto nível de glicose irá acarretar danos às pequenas artérias, como as dos olhos, rins, coração ou membros. Em casos mais graves pode ocorrer cegueira, infarto ou gangrena de membros, que levam à amputação deste.
• O tratamento da maioria dos casos do tipo 1 baseia-se na aplicação de insulina, que é o hormônio responsável pelo transporte da glicose do sangue para as células. O tipo 2 pode ser tratado com uma alimentação saudável, exercício e perda de peso, pois estes cuidados ajudam a baixar os níveis de glicose no sangue; porém após algum tempo pode ser necessário o uso de medicamentos para controlar a glicemia. Caso sejam observados os sintomas, deve-se procurar um médico imediatamente pois isso diminuirá os riscos de complicações. De fato, algumas ações preventivas podem até mesmo evitar alguns tipos de diabetes.
• Além de preventiva, a atividade física compatível com a idade e sob orientação profissional facilita a utilização da glicose.
• Caso seja necessário tomar injeções de insulina, tome-a nas dosagens e com a freqüência que seu médico lhe indicar. Se você tem diabetes do tipo 1, seu corpo não fabrica insulina, por isso são necessárias as injeções. Caso você tenha diabetes do tipo 2, o uso da insulina pode ser eventualmente necessário, conforme prescrição médica.
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TÉCNICO
EM
ENFERMAGEM
HOSPITAL NAIR ALVES DE SOUZA
INSTRUTORA: JACIARA
DATA: 27 / ABR / 07
ESTAGIÁRIAS: DANIELA &
ALESSANDRA
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