Tratamento Paliativo De Cancer
Casos: Tratamento Paliativo De Cancer. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: paulorwegner • 27/8/2013 • 7.653 Palavras (31 Páginas) • 849 Visualizações
Furtado Filippini
Paulo Roberto Wegner
[ATIVIDADES PRÁTICAS SUPERVISIONADAS]
TRATAMENTOS CURATIVOS E PALIATIVOS DE DORES ONCOLÓGICAS
O corpo humano é formado por milhões de células que se reproduzem por meio de
um processo chamado divisão celular. Em condições normais, esse processo é ordenado e
controlado e é responsável pela formação, crescimento e regeneração dos tecidos saudáveis do
corpo. Em contrapartida, existem situações nas quais estas células, por razões variadas,
sofrem uma metamorfose tecnicamente chamada de carcinogênese, e assumem características
aberrantes quando comparadas com as células normais. Essas células perdem a capacidade de
limitar e controlar o seu próprio crescimento passando, então, a multiplicarem-se muito
rapidamente e sem nenhum controle. O resultado desse processo desordenado do crescimento
celular é uma produção em excesso dos tecidos do corpo (que podem ser processos
inflamatórios, infecciosos ou mesmo os crescimentos celulares benignos), formando o que se
conhece como tumor (Portal Oncoguia).
A dor acomete 60 a 80 % dos pacientes com câncer, sendo 25 a 30% na ocasião do
diagnostico e 70 a 90% com doença avançada. Estes dados levaram a Organização Mundial
de Saúde (OMS) a declarar, em 1986, a dor associada ao câncer uma Emergência Medica
Mundial. Além disso, publicou protocolo que serve ate os dias atuais como guia para controle
da dor oncológica. O controle efetivo da dor oncológica em cuidados paliativos exige uma
equipe multidisciplinar, onde a utilização de medicação oral de acordo com a Escada
Analgésica proposta pela OMS pode proporcionar alivio da dor em 90% dos pacientes,
reservando a utilização de tratamentos intervencionistas para situações especiais (Rangel &
Telles, Abril / Junho de 2012).
I-DO CÂNCER
O câncer, também conhecido como tumor maligno, pode ser definido como um
grupo de doenças que tem como característica central o crescimento desordenado das células
do nosso corpo. As células deste tumor crescem rapidamente, têm um aspecto indiferenciado
e a capacidade de invadir estruturas próximas e espalhar-se para diversas regiões do
organismo (Portal Oncoguia).
As maiores taxas de incidência de câncer são encontradas nos países desenvolvidos
(Estados Unidos, Itália, Austrália, Alemanha, Canadá e França), enquanto nos países em
desenvolvimento, as taxas mais elevadas encontram-se nos países africanos e no leste asiático.
Estimava-se em 2003 que a prevalência mundial era de 24,4 milhões de casos. Se a tendência
atual não se modificar, prevê-se que em 20 anos a incidência aumentará em cerca de 50%. O
tipo de câncer mais comum em todo o mundo em ambos os sexos é o de pulmão. Até 2008,
foi estimado um aumento de 1,61 milhões (12,7%) de casos, com mortalidade em torno 1,38
milhões ao ano (18,2% do total). A incidência é geralmente maior em homens (37,5/ 100.000)
do que em mulheres (10,8/100.000), representando nos países desenvolvidos, 52% dos casos
novos estimados no mundo Seguem-se ao câncer de pulmão, o de mama feminino, com
aproximadamente um milhão de casos novos por ano, câncer de cólon e reto, com cerca de
940 mil casos novos, e o de estômago, com 870 mil casos novos (Minson, Garcia, Júnior,
Siqueira, & Júnior, 2011).
O câncer detém o poder de matar por invasão destrutiva os órgãos normais, pois não
respeita as mais básicas regras de convivência social entre as células e cresce demais,
ocupando o espaço de seus vizinhos, sufocando-os. Ele detém a propriedade de se disseminar
através da corrente sanguínea e dos vasos linfáticos, produzindo as chamadas metástases, que
na verdade é uma espécie de filial do tumor primário, em outro órgão ou tecido (Rangel &
Telles, Abril / Junho de 2012).
A metástase também pode invadir órgãos e tecidos circunvizinhos por continuidade,
impondo severos danos a estes órgãos e tecidos. O comportamento anormal das células
cancerosas é geralmente espelhado por mutações nos genes das células, ou secreção anormal
de hormônios ou enzimas. A maioria dos cânceres invade ou se tornam metastáticos, mas
cada tipo específico tem características clínicas e biológicas, que devem ser estudadas para
um adequado diagnóstico, tratamento e seguimento (Rangel & Telles, Abril / Junho de 2012).
O processo de formação do câncer é chamado de carcinogênese e, normalmente
ocorre lentamente, podendo levar vários anos para que uma célula cancerosa prolifere e dê
origem a um tumor visível. A carcinogênese é um processo altamente complexo do qual
participam fatores de risco herdados e fatores de risco ambientais, como a alimentação, o
tabagismo, a ocupação e a exposição à radiação e a agentes químicos (Minson, Garcia, Júnior,
Siqueira,
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