USO DE ANTICONCEPCIONAIS POR ADOLESCENTES, DE ACORDO COM A LITERATURA
Exames: USO DE ANTICONCEPCIONAIS POR ADOLESCENTES, DE ACORDO COM A LITERATURA. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: Dora123 • 4/11/2013 • 835 Palavras (4 Páginas) • 509 Visualizações
A anticoncepção é um tema muito importante, especialmente na adolescência, considerando a relevância social conferida pela ocorrência de gravidez nessa faixa etária e pela possibilidade de exposição às doenças sexualmente transmissíveis (DST) e AIDS.
O conhecimento sobre os métodos contraceptivos e os riscos advindos de relações sexuais desprotegidas são fundamentais para que os adolescentes possam vivenciar o sexo de maneira adequada e saudável, assegurando a prevenção da gravidez indesejada e das DST/AIDS, além de ser um direito que possibilita cada vez mais, ao ser humano, o exercício da sexualidade desvinculado da procriação.
Definida como o período etário compreendido entre 10 e 19 anos completos,1 a adolescência é uma fase do desenvolvimento que marca a passagem da infância à vida adulta, caracterizada por transformações biopsicossociais, determinadas por fatores genéticos e ambientais.2 Marcada também por especificidades emocionais e comportamentais que se refletem na saúde sexual e reprodutiva, torna os adolescentes mais vulneráveis aos mesmos riscos aos quais muitos adultos estão expostos.
A cada ano, registra-se o nascimento de mais de 14 milhões de crianças, pertencendo suas mães ao segmento adolescente. O índice de jovens que têm seu primeiro filho em torno de 18 anos varia de 1% no Japão a 53% na Nigéria.3
Segundo Cavasin e Arruda,4 no Brasil o parto representou a primeira causa de internação de adolescentes do sexo feminino no Sistema Único de Saúde. Na faixa etária de 15 a 19 anos, o principal motivo de internação das mulheres foi à gravidez, o parto e o pós-parto, e as complicações decorrentes desses eventos. Em todas as regiões do país 80,3% das internações nessa faixa etária são decorrentes desses motivos: Norte - 79,5%; Nordeste- 81,1%; Sudeste- 80,9%; Sul 77,6% e Centro-Oeste- 80,2%. A Pesquisa Nacional sobre Demografia e Saúde realizada pela Sociedade Civil do Bem Estar Familiar no Brasil (BEMFAM)5 em 1996, revelou que 18% das adolescentes já tiveram pelo menos um filho, sendo esta taxa mais elevada nas áreas rurais (24%) do que nas áreas urbanas (17%).
No município de Bauru, estado de São Paulo, estudos recentes revelaram que as adolescentes foram responsáveis por aproximadamente 20% a 25% das gestações.6,7 Nesse contexto, o aumento na incidência de gravidez tem sido identificado como um problema de magnitude no cenário da saúde pública.
Os motivos pelos quais as adolescentes engravidam são diversos destacando-se a falta de informação, fatores sociais, falta de acesso a serviços específicos para atender essa faixa etária, o início cada vez mais precoce de experiências sexuais e a insegurança do adolescente em utilizar métodos contraceptivos.8
Berquó9 assinala que a precocidade é maior para os jovens atualmente, e verificou uma média para o início da atividade sexual entre 14,5 anos para os homens e de 15,2 para as mulheres em uma população com faixa etária de 16 a 19 anos. Para a mesma variável em uma população acima de quarenta anos, a autora constatou média de idade para homens de 18,4 anos e para mulheres de 20,6 anos.
Em trabalho que buscou avaliar a saúde reprodutiva de adolescentes do município de Botucatu, São Paulo, fazendo parte de um projeto multicêntrico em Políticas de Saúde Pública, realizado por meio do emprego de questionários no ambiente
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