Vírus Causador Da Hepatite C

Hepatite é um termo geral que significa inflamação do fígado, que pode ocorrer devido á vários fatores, dentre eles, agentes infecciosos como as hepatites virais, causadas por vários vírus como os das hepatites A, B, C, D e E. O vírus da hepatite C (VHC) foi isolado em 1989, constatando-se ser ele o principal responsável pelas hepatites pós-transfusionais não-A, não-B¹ ², mas somente em 1992 é que exames passaram a detectar o vírus no sangue, a partir desse momento a transmissão do vírus através de transfusão sanguínea reduziu drasticamente.

O VHC é um vírus tipo RNA da família Flaviviridae, com genoma em fita simples e polaridade positiva, classificado em seis principais genótipos (1 a 6), e estes são subdivididos em mais de 50 subtipos (1a, 1b, 2a, etc), esta divisão é importante porque cada subtipo possui características próprias de agressividade e resposta ao tratamento. A maioria das pessoas que adquirem a hepatite C descobre a doença quando no estágio crônico já, uma vez que a doença se desenvolve silenciosamente, normalmente é assintomática ou apresenta sinais inespecíficos como: cansaço, dores musculares e articulares, náuseas e falta de apetite. Por não ser diagnosticada no início da infecção, a hepatite C pode desenvolver uma cirrose, ou até um câncer de fígado.

A hepatite C é transmitida através de sangue contaminado, os grupos de maiores riscos são pessoas que receberam transfusão de sangue antes de 1992, usuários de drogas endovenosas, pessoas que trabalham na área da saúde, ou ainda há o risco de contágio vertical, de mãe para filho, no momento ou logo após o parto. A viabilidade do vírus no meio ambiente é de 16 horas á quatro dias, por isso é importante a esterilização de materiais de acupuntura, manicure, estúdios de tatuagens, salões de beleza e clínicas odontológicas.

O teste sorológico mais utilizado para diagnosticar a hepatite C é o teste imunoenzimático (ELISA), que detecta anticorpos anti-VHC, embora muito útil para diagnóstico da hepatite crônica, o ELISA costuma apresentar resultados negativos nos primeiros meses da infecção, o que dificulta o diagnóstico etiológico nas fases iniciais da hepatite aguda, sendo necessário requisitar testes confirmatórios como o Imunoblot RIBA com antígenos recombinantes, e também técnicas para detecção e quantificação RNA, embora menos acessíveis por serem mais caras e complexas são úteis para detectar a presença de viremia nas exposições recentes e fases iniciais da hepatite aguda, estes são: a reação em cadeia polimerase (PCR) que amplifica parte do genoma do vírus, sendo extremamente sensível, porém com grandes percentuais de erros.