A DISCIPLINA DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM NUTRIÇÃO CLÍNICA
Por: Heloiza Ferreira Cordeiro • 18/9/2022 • Trabalho acadêmico • 555 Palavras (3 Páginas) • 155 Visualizações
UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
ESCOLA DE NUTRIÇÃO
DISCIPLINA DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM NUTRIÇÃO CLÍNICA
Profsª.: FABRICIA JUNQUEIRA, FERNANDA MEDEIROS E THAÍS FERREIRA
HELOIZA FERREIRA CORDEIRO
CASO CLÍNICO 1
ENTREGA: 23/03/21
Rio de Janeiro
2020.2
A) A paciente encontra-se em estado de desnutrição energético proteica grave, com importante risco nutricional, devido à baixa ingestão alimentar associada à disfagia e odinofagia. Houve perda de peso grave, 30% nos últimos 60 meses, totalizando 30kg. O IMC de 24,2 kg/m² caracteriza eutrofia (adequado), porém, não considera os demais aspectos verificados. Diferente do exame físico, no qual observou-se depleção de compartimento proteico somático, depleção de compartimento energético. Também foi verificado anictérica, acianótico e com edema (+/4+), cabelos com sinal de ressecamento e pele com baixo turgor, demonstrando desidratação.
B) O diagnóstico da paciente é relacionado à complicação pós-operatória porque a cirurgia de Esofagectomia é recomendada para remover o tumor juntamente com algum tecido adjacente normal. Desse modo, a cirurgia é utilizada para remoção do esôfago e reconstrução com outros tecidos do estômago, por exemplo. Isso está relacionado a complicações porque pode haver perfurações ou traumas internos no local onde o estômago é ligado ao esôfago, o que pode exigir até mesmo uma nova cirurgia ou demais complicações devido ao vazamento.
C) Disfagia consiste na dificuldade de engolir. Primeiramente para sólidos, depois para líquidos (disfagia evolutiva), enquanto odinofagia corresponde à dor ao engolir. Esses sintomas são facilmente relacionados ao estado nutricional do paciente porque, além de serem desencadeados por doenças subjacentes, provocam uma série de dificuldades ao paciente de alimentar-se. Desse modo, comprometendo diretamente e o levando à desnutrição.
D) Nos primeiros 3 dias de pós-operatório, é preferível que o paciente permaneça sem se alimentar via oral por alguns dias até que a anastomose cicatrize bem. Sendo assim, a dieta é administrada temporariamente através de sonda nasoentérica até que a dieta oral possa ser reintroduzida. Em alguns casos pode ser necessária a utilização da jejunostomia, que trás mais conforto ao paciente e pode ser permanecer por mais tempo.
E ) Pós Operatório: Fórmula Imunomoduladora: 5 a 7 dias; Volume mínimo: 500 ml
3h/ 9h/ 12h/ 15h/ 18h/ 21h/ 24h
Pausa 3h às 9h
Volume:
50 a 300 ml, com evolução sugerida gradativamente de 50 em 50ml.
1º dia | 2º dia | 3º dia | 4º dia | 5º dia | 6º dia | |
Volume prescrito (3/3h) | 50 | 100 | 150 | 200 | 250 | 300 |
Volume total (24h) | 350 | 700 | 1050 | 1400 | 1750 | 2100 |
Água nos intervalos (segundo recomendação médica)
Dieta | Água | Volume total em 24h (enteral) |
50 ml | 150 ml | 1400 ml |
100 a 150 ml | 100 ml | 1400 a 1750 ml |
200 a 300 ml | 50 ml | 1750 a 2450 ml |
Exemplo.:
Reconvan (fresenius-kabi) - Normocalórica, Hiperproteica com adição de imunomoduladores (glutamina, arginina e ômega3).
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