A hipertensão arterial é uma doença caracterizada pelo elevado nível de pressão
Por: dureluiz • 2/10/2015 • Seminário • 2.426 Palavras (10 Páginas) • 439 Visualizações
A hipertensão arterial é uma doença caracterizada pelo elevado nível de pressão
sanguínea nas artérias, e constitui sério problema de saúde pública em todo o mundo e sua prevalência varia de 22,9% a 43,9%.
Destacando-se como importante fator de risco, pode ser desencadeada, maioria dos casos (90%), por herança dos pais, chamada de hipertensão primária, e 10% dos casos por diversos fatores como tabagismo, consumo de bebidas alcoólicas, obesidade, diabetes, sedentarismo, estresse, grande consumo de sal, nível alto de colesterol, alteração relacionada à gestação e problemas nos rins, chamada de hipertensão secundária. Além desses fatores, sabe-se que a incidência da hipertensão aumenta com a idade. Outra ocorrência é a calcificação das artérias,
ocasionada pelo alto nível de gordura no sangue que se deposita nas paredes arteriais gerando um processo inflamatório local, perdendo a capacidade de dilatação. A hipertensão primária, mais comum, é quando suas causas não são identificadas. A hipertensão secundária, quando a causa é identificada, pode ser curada eliminando o fator que fez a pressão elevar.
Na maioria das pessoas a hipertensão não apresenta sintomas, somente nos casos mais
graves surge dor de cabeça (na região occipital), visão borrada, náusea, vômito, fadiga e
dispnéia.
Quando a patologia não tem cura, busca-se o tratamento para controle e prevenção da
pressão arterial através de alteração na dieta, principalmente na diminuição da ingestão de sódio,
exercícios físicos, hábitos saudáveis e, em casos mais graves, o uso de medicação. Os principais
medicamentos utilizados são os antagonistas de cálcio, betabloqueadores, inibidores da ECA e
vasodilatadores diretos.
A eficácia do tratamento não medicamentoso, principalmente a terapia nutricional, é o mais
efetivo e essencial para o sucesso no controle da pressão arterial e sua adesão depende muito
do modo que é passado e o acompanhamento do paciente.
Neste trabalho serão abordadas utilizações de terapias nutricionais na profilaxia e
tratamento da hipertensão arterial.
Enfatizaremos a importância da dieta para o tratamento da patologia.
METODOLOGIA
Na elaboração dessa revisão bibliográfica serão levados em consideração os dados
levantados de 2009 a 2012 pela Organização Mundial da Saúde bem como os dados obtidos
antes e após a campanha levada a cabo pelo Ministério da Saúde com relação à hipertensão
arterial.
Serão também utilizados dados obtidos após a implantação do PSF (Programa Saúde da
Família), na adesão do tratamento e acompanhamento do paciente, mais direcionado à terapia
nutricional.
HIPERTENSÃO ARTERIAL
A hipertensão arterial sistêmica (HAS) é uma doença caracterizada pela elevação crônica
da pressão arterial sistólica, diastólica ou ambas, e se não controlada pode acarretar infarto do
miocárdio, derrame, insuficiência cardíaca, falência dos rins, edema agudo do pulmão,
crescimento do coração, angina e aneurisma, conforme dados da Sociedade Brasileira de
Cardiologia (SBC), 2012.
É um grande problema de saúde, sendo responsável por 40% das mortes por doença
arterial coronariana. É mais comum nos homens do que nas mulheres, sendo prevalência de 9%
a 34% nos homens e de 12% a 30% nas mulheres da faixa etária de 25 a 64 anos conforme
dados retirados do Countrywide Integrated Noncommunicable Disease Intervetion Programme,
programa patrocinado pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
A HAS pode ser primária ou secundária.
Primária é quando a sua causa não é conhecida, podendo ser ocasionada pela alta
ingestão de sódio, hereditariedade, aumento do débito cardíaco, presença de substância
vasoativa, obesidade, estresse e sedentarismo. Chega a ser 90% dos casos hipertensos,
conforme descreve Celmo Celeno Porto, 2005.
Dados da OMS (2012), dizem que a secundária, 10% dos casos ocorrem em consequência
à outra patologia podendo ser curada. As causas podem ser por problemas nos rins, problemas
hormonais, uso de anticoncepcional, de corticoides, de antiflamatórios, gestação e ingestão de
álcool.
Um grande complicador é o fato do não aparecimento de sintomas. Isso faz com que a
doença fique mascarada e suas complicações sejam graves. Nesses casos os sintomas são dor
de cabeça (na região occipital), visão borrada, náusea, vômito, fadiga e dispneia. (Porto, 2005).
Outro fator de risco importante é a calcificação das artérias, que se dá por conta da idade e
do acumulo de gordura contida no sangue. Essa gordura se deposita na parede da artéria
causando um processo inflamatório local que o tempo se calcifica, diminuindo assim a
elasticidade da artéria. Isso faz com que a passagem fique estreita e dificulta a passagem do
sangue, aumentando sua pressão, segundo Dr. Daniel Branco, 2013.
Os níveis de pressão arterial podem ser classificados conforme tabela abaixo:
Classificação da Pressão Arterial em Adultos maiores de 18 anos
Pressão Sistólica (mm hg)
Pressão Diastólica (mm hg)
< 120
< 80
Normal
120 - 129
80 - 84
Normal Alta
130 - 139
85 - 89
Estágio 1 ( Leve)
140 - 159
90 - 99
Estágio 2 (Moderada)
160 - 179
100 - 109
Maior ou igual a 180
Maior ou igual a 110
Ótima
Hipertensão
Estágio 3 (Grave)
Fonte: www.saudeemmovimento.com.br
TRATAMENTO
Na HAS primária não se tem a cura da patologia. O aconselhável é o tratamento sem
interrupções para controlar a pressão sanguínea e não deixar elevar. (Porto 2005)
O tratamento é composto por terapia nutricional, exercícios físicos, controle do estresse,
redução na ingestão de bebida alcoólica, rotina de hábitos saudáveis e em casos graves
tratamento medicamentoso, conforme Castro, Rolim e Maurício, 2005.
Francisca Rosângela da Silva, 2009, através de dados levantados por uma equipe do PSF
(Programa de Saúde da Família), que acompanhou 45 pacientes hipertensos entre 40 e 86 anos
da cidade de Teresina (PI) realizado em 2007, verificou que 87% dos pacientes estudados eram
sedentários, 75,6% apresentavam excesso de peso, 17,8% tinham i nível de HDL-c abaixo do
recomendado, 71,1% mostraram índices elevados de LDL-c, e 62,2% de triglicerídeos.
Segundo Dr. João Paulo Lemos (2001), na HAS secundária, o mais indicado é o
tratamento da patologia que causou a elevação da pressão arterial. Na maioria dos casos, a cura
da patologia faz com que o individuo tenha sua pressão normalizada.
4.1
Tratamento medicamentoso
‘
O tratamento medicamentoso visa reduzir as doenças cardiovasculares. É comum o uso de
antagonistas de cálcio, betabloqueadores, inibidores da ECA e vasodilatadores diretos. (Rang,
Dale e Ritter, 2001).
4.1.1 Antagonista de cálcio
Os antagonistas de cálcio agem no organismo com uma vasodilatação periférica,
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