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A ÉTICA EM NUTRIÇÃO

Por:   •  13/3/2017  •  Resenha  •  1.349 Palavras (6 Páginas)  •  725 Visualizações

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PLÁGIO ACADÊMICO

PIÊTRA CAMPOS E SOUSA

PROFESSOR: MICHEL CARDOSO DE ANGELIS PEREIRA

DISCIPLINA: ÉTICA EM NUTRIÇÃO

LAVRAS – MG

2017

PLÁGIO ACADÊMICO

Segundo DINIZ & MUNHOZ (2011), a comunicação científica enfrenta uma mudança no formato das publicações e no volume da produção editorial no Brasil. Houve um grande crescimento no número de autores e uma maior disponibilidade de artigos científicos em formato digital. O plágio é uma adaptação indevida de criação literária, que não reconhece o direito do autor e viola a expectativa de originalidade do leitor. Como regra, o plágio é uma infração ética que desrespeita o princípio de atribuição de autoria nas publicações científicas. Em criações literárias que são protegidas por direitos autorais, o plágio também é considerado crime.

“A CAPES, órgão vinculado ao Ministério da Educação, emitiu, em 2011, um documento no qual se pronunciou sobre o plágio, dirigindo-se às instituições de ensino, nestes termos:

A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) recomenda, com base em orientações do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), que as instituições de ensino públicas e privadas brasileiras adotem políticas de conscientização e informação sobre a propriedade intelectual, adotando procedimentos específicos que visem coibir a prática do plágio quando da redação de teses, monografias, artigos e outros textos por parte de alunos e outros membros de suas comunidades.” (PITHAN & VIDAL, 2013, p.78).

Conforme diz SANCHEZ (2012), as novas tecnologias de informação e comunicação facilitam a prática de plágio, aumentando as chances de apropriação de ideias de outros autores.

Existem casos importantes de plágio que envolvem pessoas públicas. PITHAN & VIDAL (2013) relataram em seu trabalho que, em Março de 2011, o Ministro da Defesa da Alemanha, Karl-Theodor zu Guttenberg, deixou suas funções devido a uma denúncia de que ele havia cometido plágio em sua tese de Doutorado, pela Universidade de Bayeuth. De acordo com o que diz a notícia “o ministro admitiu ‘graves erros’ cometidos em sua tese de Direito, sendo acusado de ter copiado artigos de outros autores sem fazer qualquer citação. Ele chegou a pedir à universidade que retirassem seu título de Direito. Outro caso ocorreu em 2012 com o presidente da Hungria, Pál Schmitt, que também deixou suas funções após ser acusado de ter cometido plágio em sua tese de doutorado. Isso fez com que o seu título de doutor, pela Faculdade de Medicina Universidade Semmelweis de Budapeste, fosse cancelado.

De acordo com o artigo 184 do Código Penal 3, o plágio é considerado crime, e a punição vai desde o pagamento de multa até ao cárcere de quatro anos, dependendo da forma de como o plágio foi praticado. Além das penalidades citadas, o indivíduo que cometeu o crime estará submetido a punições cíveis, como retratação pública e indenização por dano moral e/ou patrimonial, e também a sanções administrativas, que, no caso de estudantes pode ocorrer a reprovação ou o desligamento da instituição, e no caso de professores ou pesquisadores, e demissão. [1]

Vários autores apontam uma quantidade de causas para a prática de plágio como: a facilidade de acesso à informação, pois hoje em dia é muito fácil encontrar plataformas que vendem trabalhos acadêmicos prontos ou sob encomenda. No Brasil, existe um site que se chama “Zé Moleza” (http://www.zemoleza.com.br), muito conhecido entre os alunos de graduação. Outra causa é a falta de capacidade para parafrasear. Em concordância com Wood (2004), muitas pessoas, apesar dos vários manuais de metodologia que ressaltam as diferenças entre citações, paráfrases e plágio disponíveis, apresentam dificuldades ao elaborar o trabalho científico e, isso faz com que elas procurem formas mais fáceis, copiando artigos científicos de outros autores sem dar créditos e fazer a citação correta. Os alunos dão pouco valor ao próprio trabalho, pois eles não confiam no que escrevem e acham que o seu trabalho não é merecedor de proteção intelectual, conforme Wood (2004). Falta de análise crítica de trabalhos e confusão em relação à propriedade na Interne é mais uma causa, pois, de acordo com Wood (2004), os alunos não verificam os artigos encontrados na internet de forma crítica e acreditam que se está publicado na rede, eles podem copiar sem fazer citação. A confusão em relação à propriedade intelectual na WWW também é apresentada por Garschagen (2006) como uma das causas do plágio. O incentivo ao plágio nos níveis fundamental e médio, de acordo com Garschagen (2006), que diz que nos níveis de ensinos fundamental e médio ocorre um estímulo para a prática de plágio, pois, no ensino fundamental, considera-se como “pesquisa” o recorte e a colagem de figuras de jornais e revistas para fazer trabalhos. E o desconhecimento de regulamentações, que é mais uma causa para o plágio, pois sem conhecer as normas os alunos não delimitam o uso de citações e paráfrases, segundo Austin & Brown (1999). De uma forma geral, o desconhecimento de regras e legislações facilita a prática do plágio. (BARBASTEFANO & SOUZA, 2007)

De acordo com pesquisas feitas com alunos de ensino superior pelos autores BARBASTEFANO & SOUZA (2007), pode-se notar que mais da metade dos alunos não considera que o plágio seja crime, de acordo com o que diz a Legislação Brasileira. Isto mostra que, para eles, plágio teria um status de “falta menor”. Porém, 66% dos alunos apontaram corretamente a opção “Cada caso é um caso” ao se referirem ao tamanho máximo de uma paráfrase.

“Verificou-se, com grande preocupação, o fato do plágio acadêmico ocorrer nos níveis Fundamental e Médio. Os alunos que aprendem a usar indevidamente as fontes na formação básica, poderão continuar a usá-las, indevidamente, durante educação superior e, futuramente, em trabalhos de pesquisa na pós-graduação.

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