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ANÁLISES DE MUDANÇAS COMPORTAMENTAIS DURANTE A PANDEMIA

Por:   •  13/8/2021  •  Resenha  •  2.213 Palavras (9 Páginas)  •  177 Visualizações

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         CENTRO UNIVERSITÁRIO LEONARDO DA VINCCI

       INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO

       CURSO NUTRIÇÃO

          ANÁLISES DE MUDANÇAS COMPORTAMENTAIS DURANTE A PANDEMIA

         O efeito da pandemia nos hábitos alimentares dos brasileiros

RESUMO 

A pandemia ocasionada pelo novo Coronavírus (COVID-19) gerou várias mudanças na rotina das pessoas em diversos aspectos, gerando fortes alterações no padrão alimentar. A comida em muitos casos é encarada como escape para diversas situações, ou, como estímulo para uma melhora na qualidade de vida. Está revisão literária visa identificar os efeitos nos hábitos alimentares e comportamentais dos Brasileiros durante a pandemia, destacando os pontos positivos e negativos na mudança da alimentação que foram geradas por uma ansiedade fora do normal durante o isolamento social, onde as pessoas foram "forçadas" a mudarem completamente os seus hábitos  sociais e profissionais, tendo no aspecto positivo, pessoas que passaram a se interessar por uma alimentação mais saudável em busca da melhora da imunidade, e no aspecto negativo pessoas que aumentaram o consumo de uma alimentação mais calórica como carnes vermelhas,  doces, refrigerantes, bebidas alcoólicas, entre outros e ainda encontramos um 3° grupo de pessoas que devido ao isolamento social, foram demitidas de seus empregos, aumentando a desigualdade social e consequentemente aumentando a fome e a insegurança alimentar.

Entende se que a pandemia causada pelo COVID-19 tem uma correlação direta com os hábitos alimentares dos indivíduos, o papel do nutricionista nesta área é essencial para evitar outros danos à saúde da população em geral.

Palavras-chave: Covid, hábitos, alimentação, ansiedade

INTRODUÇÃO

No mês de dezembro de 2019, em Wuhan (cidade Chinesa) foram identificados uma quantidade considerável de casos de pneumonia de grande gravidade, doença esta, nomeada de (COVID-19), causada pelo novo coronavírus. Essa doença apresenta similaridades com outros coronavírus (pertencente ao gênero B da família Coronaviridae), sendo caracterizada como uma síndrome respiratória aguda grave (HUANG et al., 2020; ZHU et al., 2020; ZHOU et al., 2020).

Estudos predecessores sobre as infecções causadas pelo coronavírus indicaram uma forte relação entre o sistema imunológico e os neurotransmissores, causando transtornos de humor, psicose e transtornos de ansiedade. Além do problema citado, o medo de ficar doente, a incerteza do futuro e a imposição do isolamento social, são circunstâncias que provocam estresse psicológico ao indivíduo. Desse modo, essas consequências provocadas pelo COVID-19 afetaram, ainda, os hábitos alimentares e os comportamentos do dia a dia, sobretudo pela inclusão da educação digital, realização de atividade física dentro de casa, armazenamento de alimentos e restrição alimentar (NAJJAR et al., 2013; MOYNIHAN et al., 2015; BROOKS et al., 2020; CARVALHO et al., 2020).

Além disso, o excesso de informações proveniente da situação de pandemia criou um excesso de estresse emocional aos indivíduos, fazendo com que a alimentação fosse um modo de fuga para essa situação. Essa situação criada favorece o comer em excesso, em particular as “comfort foods” (comida afetiva): todo alimento que é consumido com a finalidade de proporcionar alívio emocional ou sensação de prazer em situações de fragilidade, normalmente rico em carboidratos e alto teor calórico. Assim, esse tipo de alimento contribui para o aumento do risco de desenvolver doenças como obesidade, diabetes e problemas cardiovasculares, comorbidades que aumentam o risco de complicações no COVID-19 (CLARO et al., 2015; RODRIGUEZ & MEULE 2015; MA et al., 2017; MUSCOGIURI et al., 2020; YILMAZ & GÖKMEN 2020; WU et al., 2020). 

Entretanto, os impactos da pandemia da COVID-19 e das suas medidas de controle são incertos e ainda não estimados.

 Tendo em vista as mudanças de comportamento, é obrigatória a execução de maiores estudos sobre o tema, para que seja possível realizar uma análise e correlação desses efeitos sobre a alimentação. Após a compreensão desses dados, se torna viável a criação de planos de ações palpáveis, seguidos de execuções que beneficiem a população.

  Assim, diante da relevância da temática no contexto atual e da iniciação de estudos, emerge a seguinte questão de pesquisa: quais as principais mudanças comportamentais e alimentares no período de isolamento social ocasionado pela COVID-19, sob a visão dos cidadãos brasileiros?

O presente estudo objetiva, então, explicitar pesquisas que mostrem a relação da pandemia     pelo COVID-19 com os efeitos sobre os hábitos alimentares e comportamentais.

  1. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

    “Desde o início do atual surto de coronavírus, causador da COVID-19, houve uma grande preocupação diante de uma doença que se espalhou rapidamente em várias regiões do mundo, com diferentes impactos” (FREITAS; NAPIMOGA; DONALISIO, 2020). 

 Essas possíveis mudanças de hábitos causadas por esse cenário, bem como suas consequências, estão sendo alvo de muitos estudos na atualidade que objetivam entender os efeitos do isolamento social para a população mundial. Uma pesquisa do tipo transversal, realizada no Brasil (analisando apenas indivíduos adultos), concluiu que o cenário atual favorece uma piora no estilo de vida e aumento de comportamentos de risco para a saúde, como a elevação em 5,8% no consumo de chocolates, biscoitos, tortas e 3,7% no consumo de salgadinhos, além da redução do consumo de hortaliças em torno de 4,3% (MALTA et al., 2020).

      A baixa previsibilidade e incerteza do COVID-19 ameaçam não só a saúde física das pessoas, como também a saúde mental, especialmente em termos de emoções e cognição.            

         Estudos apontam que essas respostas psicológicas e emocionais desencadeadas pela pandemia podem aumentar o risco de desenvolver uma alimentação disfuncional, prejudicando o comportamento pessoal. Assim, nota-se que o somatório desses fatos é um potencial causador de agravos na saúde física e mental, uma vez que o aumento desregular na ingestão alimentar (principalmente de alimentos não saudáveis) pode provocar doenças. Além disso, pode gerar um comer transtornado, já que o motivo desencadeador, em muitos casos, está sendo as emoções. (AZAMBUJA et al., 2012; ROSO et al., 2020)

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