AS PATOLOGIAS GÁSTRICAS
Por: Murilo Henrique • 9/5/2019 • Trabalho acadêmico • 892 Palavras (4 Páginas) • 242 Visualizações
Fisiopatologia e Dietoterapia 2
Aula 2- Patologias Gástricas
PATOLOGIAS GÁSTRICAS
- ESOFAGITE
- É a inflamação da mucosa esofagiana, pode ser aguda ou crônica
- Resulta mais comumente do refluxo recorrente dos conteúdos gástricos para dentro do esôfago distal. [ estômago (ph ácido) → esôfago (ph básico) = INFLAMAÇÃO
Causas do refluxo: 1. Esfíncter esofagiano inferior (EEI) incompetente (= Frouxo, não faz a correta contração); 2. Úlceras gástricas ou duonenais e 3. Entubação nasogástrica prolongada.
Função do EEI: bloquear o refluxo do suco gástrico para dentro do esôfago. Os defeitos no mecanismo do EEI podem levar ao refluxo. Refluxo persistente → ÚLCERA ESOFAGIANA.
Manifestações clínicas:
- Azia
- Regurgitação ácida
- Vômito
- Disfagia → dificuldade ao engolir
- Dor esofagiana → causada pela pressão intra abdominal, devido sangramento, tensão, obesidade ou gravidez
Tratamento cirúrgico: FUNDOPLICATURA
- O anel hiatal aumentado é reduzido com várias suturas;
- O estômago e o esôfago são separados dos tecidos adjacentes;
- O estômago é envolto ao redor do esôfago e fixado com suturas.
- DOENÇA DO REFLUXO GASTROESOFÁGICO (DRGE): apresenta variedade em manifestações clínicas, decorrentes do refluxo do conteúdo gástrico para o esôfago ou refluxo para órgãos adjacentes (menos comum).
Sintomas: pirose (azia), regurgitação ácida, tempo dos sintomas (4 a 8 sem)
Sinais preocupantes: disfagia, odinofagia (dor ao engolir), anemia, HDA, emagrecimento, histórico de câncer na família, náuseas e vômitos.
Exames para diagnóstico: Endoscopia e biópsia esofágica → encontra-se úlceras, estenose péptica (estreitamento que impede a progressão normal de saliva e de alimentos) e esôfago de Barret (alteração celular → as células escamosas da região são substituídas por células intestinais, decorrente da constante exposição ao ácido estomacal).
Tratamento:
- Medidas farmacológicas: medicamentos inibidores da bomba de próton → realizam a diminuição do ácido gástrico (Ex: omeprazol e outros “prazois”).
- Medidas comportamentais:
-Elevar a cabeceira do leito para minimizar o refluxo
-Promover a ingestão nutricional adequada
-Aumentar o fracionamento e diminuir o volume das refeições
-Mastigar bem os alimentos
-Evitar alimentos irritantes: café, pimenta, chocolate
-Evitar/ cessar tabagismo e elitismo
-Não deitar após as refeições
-Reduzir peso corporal, se sobrepeso ou obesidade
3. HÉRNIA DE HIATO: A abertura no diafragma através da qual o esôfago atravessa torna-se dilatada, e devido ao alargamento deste espaço, uma parte do estômago desliza em direção ao tórax. Pode provocar dor semelhante a dor da angina e ser confundida com os sintomas dos ataques cardíacos.
Tipos: Hérnia de hiato axial ou deslizante (estiramento da estrutura) e Hérnia de hiato paraesofágica (formação de uma “bolsa”).
Sinais e sintomas: Azia, regurgitação, eructações (arrotos), disfagia, dor subesternal.
Recomendações não medicamentosas:
- Aumentar o fracionamento e diminuir o volume das refeições
- Não se deitar durante 1 hora depois de comer
- Elevar a cabeceira
- Não comer próximo ao horário de dormir
Tratamento: clínico ou cirúrgico, a depender do tamanho da hérnia e da intensidade do refluxo gastroesofágicos
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