Ações em neoplasias
Por: Mônica Stevanatto • 10/11/2015 • Trabalho acadêmico • 1.501 Palavras (7 Páginas) • 380 Visualizações
Estratégias intersetoriais de prevenção e controle de neoplasias
As neoplasias malignas são caracterizadas pelo crescimento rápido e desordenado de células que invadem os tecidos e órgãos, podendo espalhar-se (metástase) para outras partes do corpo. No caso das neoplasias benignas a massa localizada de células tem um crescimento vagaroso e se assemelham ao tecido original.
O número de novos casos de câncer cresce a cada ano. Entre os principais fatores externos, responsáveis pelas neoplasias, destacam-se: substâncias químicas, vírus, fatores comportamentais relacionados ao meio ambiente. De todos os casos de câncer, 80% a 90% estão associados a fatores ambientais. O cigarro, por exemplo, pode causar câncer de pulmão, o uso de bebidas alcoólicas pode causar câncer de boca, orofaringe e laringe, esôfago e fígado. A exposição excessiva ao sol pode causar câncer de pele. A irradiação também pode causar câncer, como exemplo, as bombas atômicas de Hiroshima e Nagasaki até hoje são danosas.
Já as causas internas, destacam-se os hormônios, condições imunológicas, mutações genéticas. Apesar de o fator genético exercer papel importante na formação dos tumores, são raros os casos de câncer que se proliferam devido a fatores hereditários e familiares.
Atualmente, o câncer é um dos maiores problemas de saúde pública que o sistema de saúde brasileiro enfrenta, pois este abrange magnitudes epidemiológicas, sociais e econômicas. Por isso, a junção de Políticas inteligentes e ações combinadas estão aí para o diagnóstico precoce, bem como a redução das neoplasias.
De acordo com o Ministério da saúde, é importante planejar as intervenções nos chamados grupos de risco. Para isso, é importante integrar os diversos níveis de atenção, entre eles a atenção básica, atenção especializada de média complexidade e atenção especializada de alta complexidade do sistema de saúde.
Atenção Básica: caracteriza-se por um conjunto de ações de saúde, no âmbito individual e coletivo, abrangendo promoção e proteção da saúde, prevenção de agravos, diagnóstico, tratamento, reabilitação e manutenção da saúde. Tais ações ocorrem através de trabalho em equipe.
Atenção Especializada de Média Complexidade: é composta por ações e serviços que visam atender aos principais problemas e agravos de saúde da população. A assistência na prática clínica demanda a disponibilidade de profissionais especializados e a utilização de recursos tecnológicos para o apoio diagnóstico e tratamento.
Atenção Especializada de Alta Complexidade: ela é entendida como um conjunto de procedimentos que, no contexto do SUS, envolve alta tecnologia e alto custo, objetivando, propiciar à população acesso a serviços qualificados, integrando-os aos demais níveis de atenção à saúde.
O Instituto Nacional do Câncer (INCA) direciona sua atuação multidisciplinar ao desenvolvimento de programas e ações, incluindo projetos, campanhas, estudos, pesquisas e experiências eficazes de gestão com instituições governamentais e não governamentais. O Instituto mantém acordos internacionais de cooperação em várias frentes, formando redes de conhecimento técnico e científico, com o objetivo de reduzir o impacto regional e global da doença.
No Brasil
Banco Nacional de Tumores e DNA - Para coleta e processamento de amostras tumorais, além de sangue de pacientes portadores dos tumores mais prevalentes no país. Tem como objetivo principal definir o perfil genético dos tumores. Resultado de iniciativa do INCA com o apoio financeiro da Swiss Bridge Foundation e da FINEP.
Comissão Nacional Para Implementação da Convenção Quadro para o Controle do Tabaco - CONICQ - Assessora o governo brasileiro nas decisões relativas à formulação das políticas nacionais para ratificação da Convenção- Quadro para o Controle do Tabaco e no efetivo cumprimento das obrigações previstas no tratado do qual o Brasil é país signatário desde 2004. O INCA exerce a atribuição de Secretaria-Executiva.
Expansão da Assistência Oncológica (Projeto EXPANDE)
Lançado em 2001, é desenvolvido em parceria com a Secretaria de Assistência à Saúde e Secretaria Executiva, ambas do Ministério da Saúde. Tem como principal objetivo estruturar a integração da assistência oncológica no Brasil a fim de obter um padrão de alta qualidade na cobertura da população.
Programa de Epidemiologia e Vigilância - Tem como objetivo conhecer com detalhes o atual quadro do câncer no Brasil e seus fatores de risco. A vigilância do câncer é realizada por meio da implantação, acompanhamento e aprimoramento dos Registros de Câncer de Base Populacional e dos Registros Hospitalares de Câncer (centros de coleta, processamento, análise e divulgação de informações sobre a doença, de forma padronizada, sistemática e contínua).
Programa Nacional de Controle do Câncer do Colo do Útero - Coordenado pelo INCA e desenvolvido em parceria com os estados da União, além do Distrito Federal, visa reduzir a mortalidade e as repercussões físicas, psíquicas e sociais dos câncer do colo de útero. Iniciado em 1988 através do Programa Viva Mulher, o controle do câncer do colo do útero no Brasil foi afirmado como prioridade na Política Nacional de Atenção Oncológica (Ministério da Saúde, 2005) e no Pacto pela Saúde (Brasil, 2006).
Programa Nacional de Controle do Câncer de Mama - Coordenado pelo INCA e desenvolvido em parceria com os estados da União, além do Distrito Federal, tem como objetivo reduzir a mortalidade e as repercussões físicas, psíquicas e sociais do câncer de mama.
Programa Nacional de Controle do Tabagismo - Capacita profissionais das secretarias de saúde estaduais e municipais para orientar a população sobre os males do tabagismo, em escolas, empresas, hospitais e comunidades.
Programa Interinstitucional de Produção e Inovação em Oncológicos - Acordo assinado entre o INCA e a Fundação Oswaldo Cruz em 2010 com o objetivo de subsidiar a política nacional de inovação. O programa contempla as áreas de promoção, prevenção, atenção e produção e prevê a fabricação de medicamentos monoclonais.
Programas de Qualidade em Radiações Ionizantes - Abrange o Programa de Qualidade em Radioterapia (PQRT) e o Programa de Qualidade em Mamografia (PQM).
Programas de Medula Óssea - compreendem estratégias e ações relacionadas ao desenvolvimento e manutenção do Registro de Doadores de Medula Óssea (Redome), Registro de Receptores de Medula Óssea (Rereme) e da Rede BrasilCord.
Rede de Atenção Oncológica - Instituída pela Política Nacional de Atenção Oncológica de 2005 para promover o compartilhamento de conhecimento e recursos, visando reduzir a incidência e a mortalidade por câncer na população e garantir a qualidade de vida aos pacientes e familiares. Participam da Rede o Governo Federal, Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde, universidades públicas e particulares, serviços de saúde e centros de pesquisa, assim como de organizações não governamentais e a sociedade em geral.
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