FATORES QUE INFLUENCIAM NA QUALIDADE DE VIDA DE IDOSOS PORTADORES DE DIABETES MELLITUS TIPO II
Por: Maeze Lima • 30/6/2019 • Artigo • 7.406 Palavras (30 Páginas) • 334 Visualizações
PÓS-GRADUAÇÃO EM GESTÃO EM SAÚDE PÚBLICA
MAEZE LIMA TAMBURI
FATORES QUE INFLUENCIAM NA QUALIDADE DE VIDA DE IDOSOS PORTADORES DE DIABETES MELLITUS TIPO II
Feira de Santana
2015
MAEZE LIMA TAMBURI
FATORES QUE INFLUENCIAM NA QUALIDADE DE VIDA DE IDOSOS PORTADORES DE DIABETES MELLITUS TIPO II
Trabalho de Conclusão de Curso, sob a forma de Artigo Científico, apresentado a Universidade Candido Mendes (UCAM), como requisito obrigatório para conclusão do curso de Pós-Graduação em Gestão em Saúde Pública.
Orientador (a): Prof. Me. Márcio Souza.
Feira de Santana
2015
FATORES QUE INFLUENCIAM NA QUALIDADE DE VIDA DE IDOSOS PORTADORES DE DIABETES MELLITUS TIPO II
Maeze Lima Tamburi
RESUMO
Diabetes Mellitus tipo II é uma doença que acomete uma boa parte da população brasileira, que é mais presente em idosos. Essa patologia é de origem multifatorial e é desenvolvida a partir de uma desordem no hormônio insulina tendo como consequência o acúmulo de glicose na corrente sanguínea, desencadeando a doença. Diabetes Mellitus é uma doença crônica que necessita de controle contínuo e modificações permanentes no modo de vida. A terceira idade é a classe com mais probabilidade de ter um estado nutricional inadequado, isso ocorre devido fatores fisiopatológicos, socioeconômicos entre outros. Deste modo o presente trabalho, tem como objetivo identificar os principais fatores que influenciam a qualidade de vida dos idosos diabéticos tipo II. Analisar o estado nutricional, alimentação adequada, prática de atividade física, aspectos sócio econômicos, o processo de envelhecimento, rever os conceitos do que é diabetes mellitus. Hábitos de vida adequados, segundo estudos oferece tanto a prevenção quanto o tratamento de doenças cônicas não transmissíveis e são de fundamental importância para o controle da diabete mellitus tipo II.
Palavras Chaves: Diabetes mellitus tipo II; idosos; qualidade de vida; hábitos alimentares.
INTRODUÇÃO
Diabetes Mellitus é uma síndrome de etiologia múltipla, decorrente da falta de insulina e/ou da incapacidade da insulina de exercer adequadamente seus efeitos. Podendo levar a uma hiperglicemia que em longo prazo pode vir a desenvolver a patologia. Diabetes mellitus tipo II tem maior frequência em indivíduos adultos e idosos e a sua incidência é maior com o progredir da idade.
O envelhecimento é um processo comum do ser humano e está relacionado a diversas mudanças entre elas: fisiológicas, metabólicas, anatômicas, sociais e psicológicas. Essas diversas modificações e o acometimento de doenças como diabetes podem afetar a qualidade de vida dos idosos. Literaturas mostram as transições alimentares ocorridas nos últimos anos que passaram de alimentos naturais para industrializados com o maior consumo de gorduras, açúcares e sódio. Entretanto estudos revelaram que os idosos sofreram pouca influência dessa transição mesmo assim, eles compram e consomem produtos industrializados incluindo produtos diet e light. Sendo que boa parte dos idosos não consomem diariamente nenhum tipo de hortaliça e fruta.
A transição nutricional também pode ser vista como o consumo de refeições fora do lar. Grande parte dos idosos realizam suas refeições em casa e uma pequena parcela tem o costume de se alimentar noutro lugar que não a sua casa. È válido ressaltar, que depende da classe social em que os idosos se encontram há influencia no hábito de comer fora do âmbito domiciliar.
Alimentar-se adequadamente realizando todas as refeições e seguindo às orientações dietéticas do nutricionista é um fator primordial tanto para o controle glicêmico quanto para uma ingestão nutricional adequada. O consumo apropriado de uma alimentação variada e equilibrada fornece todos os nutrientes necessários para suprir as necessidades energéticas, além de garantir um estado nutricional adequado.
É primordial o consumo de carboidratos complexos evitando carboidratos simples que são propícios a elevar o índice glicêmico, por isso deve ser controlada a quantidade consumida. As proteínas, por sua vez são nutrientes importantes, pois além dos vários benefícios contribui no sistema imunitário. Lipídeos são recomendados tanto as gorduras saturadas como as insaturadas sempre observando e seguindo as quantidades que são recomendadas. O consumo de fibras em idosos diabéticos é fundamental para não ocorrer obstipação e os demais efeitos sendo que esse quadro nos idosos é comum.
O número de refeições realizadas pelos idosos diabéticos deve ser devidamente fracionado ao longo do dia, por causa da inadequação da secreção insulínica. Isso faz com, que diminua a quantidade de alimento consumido, mas aumenta a frequência alimentar. Desse modo os idosos sentem-se saciados e contribui para que não ocorram picos glicêmicos consideráveis. O consumo de alimentos pelos idosos deve ser realizados nos horários corretos ao longo do dia e não se deve substituir nenhuma das três principais refeições (desjejum, almoço e jantar) por lanches. Estudos comprovam que nos idosos essa prática é comum principalmente no jantar.
A prática de atividade física é benéfica não somente para os idosos portadores de diabetes, mais para todas as faixas etárias como forma de prevenção e controle do excesso de peso, pois a obesidade estar relacionada com a diabetes mellitus tipo II. Pesquisa prova o quão é importante e eficiente à prática de atividade física no controle da glicemia. Contudo, é recomendável na execução das mesmas: observação da duração da atividade que está sendo executada, e bem com, a progressão gradativa, recomenda-se também, que a atividade física podem ser realizadas todos os dias ou de 3 a 4 vezes por semana.
As alterações ocorridas
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