Intolerância alimentar
Por: vitoria.carolyne • 21/5/2016 • Pesquisas Acadêmicas • 4.118 Palavras (17 Páginas) • 389 Visualizações
INTOLERÂNCIA ALIMENTAR
INTRODUÇÃO A INTOLERÂNCIA
Intolerância alimentar é quando um devido alimento acaba ocasionando reações adversas no organismo. Diferente da Alergia alimentar, não envolve o sistema imunológico.
Algumas pessoas possuem dificuldade na digestão de lactose, devido a uma quantidade inadequada da enzima lactase, esse é o caso de intolerância a lactose, uma das mais conhecidas e presentes até o momento.
E assim acontece com outros tipos de intolerância, o organismo apresenta uma ausência ou deficiência de enzimas necessárias para uma correta digestão de certos alimentos.
Alguns sintomas poucos específicos gerados são : Perda de peso,transtornos respiratórios, digestivos, psicológicos, manifestações cutâneas e outros.
Cerca de 60% da população sofre com algum tipo de intolerância alimentar. A intolerância a lactose atinge cerca de 25% dos brasileiros. Alguns casos são genéticos, com 90% asiáticos; 75% árabes, negros, judeus e índios; cerca de 15% europeus. Neste caso, apresentando sintomas após alguns anos de vida somente.
-Diferença entre intolerância a lactose e alergia a proteína do leite (2)
As reações não-tóxicas imunomediadas, recebem o nome de alergia, a alergia ocorre devido às reações com o componente protéico do leite, provocando liberação de anticorpos, histaminas e outros agentes defensivos
Intolerância à lactose é a incapacita a digestão da lactose e absorção deste carboidrato da dieta, devido à baixa atividade ou baixa produção da enzima β-Dgalactosidase popularmente conhecida como lactase
-Classificações
A Deficiência Primária ocorre a partir dos três anos de idade. Com o passar dos anos, a diminuição na produção de lactase em humanos é geneticamente programada e irreversível, porém ocorre de forma muito lenta e gradual. A Deficiência Primária é de transmissão autossômica e recessiva (LIBERAL et al., 2012)
A Deficiência Secundária tem sua origem em qualquer doença ou medicamento que causem danos à mucosa do intestino delgado ou que aumente de forma significativa o tempo de trânsito intestinal e, ou diminua a superfície de absorção, como nas ressecções intestinais. A Deficiência secundária pode ocorrer, por exemplo, nas enterites infecciosas, giardíase, doença celíaca, doença inflamatória intestinal (especialmente doença de Crohn), enterites induzidas por drogas ou radiação ou nos 22 casos de doença diverticular do cólon (MATTAR e MAZO, 2010). Uma vez que a enzima lactase localiza-se na borda em escova da mucosa, se houver qualquer alteração morfológica poderá impactar na diminuição da capacidade de hidrolisar a lactose. Nos casos de Deficiência Secundária, o prognóstico é muito bom e ao tratar a doença que deu origem à lesão, desaparecem os sintomas da intolerância e o paciente poderá voltar a ingerir alimentos que contenham lactose (ANTUNES e PACHECO, 2009).
A Deficiência Congênita é uma manifestação extremamente rara e herdada geneticamente, sendo autossômica recessiva. Resulta de uma modificação do gene que codifica a enzima lactase. A Deficência Congênita é extremamente rara e somente foi encontrada em 42 pacientes de 35 famílias finlandesas de 1966 até 2007, cuja incidência é de 1:60.000. A diferença entre a hipolactasia Primária do adulto e a intolerância à lactose Congênita é molecular, ou seja, na primeira a enzima lactase é normal, mas diminui a expressão ao longo da vida; na segunda a enzima lactase está ausente, ou é truncada (MATTAR e MAZO, 2010)
INTOLERÂNCIA AO LEITE E RELAÇÃO COM AS ENZIMAS (3 e 4)
A lactase é uma enzima que hidrolisa a lactose em glicose e galactose, seu gene está localizado no cromossomo 2q21. Esse gene é programado para diminuir sua atividade após o desmame, diminuindo a quantidade (atividade) da lactase no intestino delgado (hipolactasia ou intolerância à lactose); porém em algumas populações humanas, que nos seus primórdios dependiam da pecuária e eram grandes consumidores de laticínios, a atividade da lactase não diminuiu fazendo com que essa população mantivesse o hábito de consumir leite mesmo depois do desmame.
Outro fator, além do genético, que pode gerar a intolerância à lactose é a indução por substrato, ou seja, se o indivíduo deixa de consumir leite, a produção da enzima lactase é paralisada, porém esse tipo de intolerância é reversível por meio de uma dieta que induz a pessoa a voltar a ingerir leite aos poucos e, gradativamente, aumentando seu consumo.
MAPA DA PROTEÍNA (5)
O mapa começa dentro do núcleo da célula, onde se encontra o DNA. A molécula de DNA consiste em duas longas cadeias polipeptídicas compostas de quatro subunidades nucleotídicas. Cada uma dessas cadeias é conhecida como cadeia de DNA ou fita de DNA, armazéns de informações necessárias a fim de fabricar cada proteína que será utilizada no organismo.
Então, inicia-se o processo de transcrição. As enzimas que realizam a transcrição são denominadas de RNA polimerase. A RNA polimerase move-se ao longo do DNA, desespiralizando a dupla hélice, a fim de expor uma nova região da fita-molde para o pareamento de bases por complementariedade. Dessa maneira, a cadeia de RNA em formação é estendida em um nucleotídeo por vez. Então, ocorre a codificação dessa cadeia e forma-se o RNA mensageiro. Quando a transcrição se completa, esse fio finíssimo de DNA que carrega as informações genéticas atravessa a membrana nuclear através dos poros nucleares e vai para o citoplasma.
Processo de tradução:
- Um RNAm, processado no núcleo, contendo sete códons (21 bases hidrogenadas) se dirige ao citoplasma.
- No citoplasma, um ribossomo se liga ao RNAm na extremidade correspondente ao início da leitura. Dois RNAt, carregando os seus respectivos aminoácidos (metionina e alanina), prendem-se ao ribossomo. Cada RNAt liga-se ao seu trio de bases (anticódon) ao trio de bases correspondentes ao códon do RNAm. Uma ligação peptídica une a metionina à alanina.
- O ribossomo se desloca ao longo do RNAm. O RNAt que carregava a metionina se desliga do ribossomo. O quarto RNAt, transportando o aminoácido leucina, une o seu anticódon ao códon correspondente do RNAm. Uma ligação peptídica é feita entre a leucina e a alanina.
- O ribossomo novamente se desloca. O RNAt que carregava a alanina se desliga do ribossomo. O quarto RNAt, transportando o aminoácido ácido glutâmico encaixa-se no ribossomo. Ocorre a união do anticódon desse RNAt com o códon correspondente do RNAm. Uma ligação peptídica une o ácido glutâmico à leucina.
- Novo deslocamento do ribossomo. O quinto RNAt, carregando a aminoácido glicina, se encaixa no ribossomo. Ocorre a ligação peptídica da glicina com o ácido glutâmico.
- Continua o deslocamento do ribossomo ao longo do RNAm. O sexto RNAt, carregando o aminoácido serina, se encaixa no ribossomo. Uma liogação peptídica une a serina à glicina.
- Fim do deslocamento do ribossomo. O último transportador , carregando o aminoácido triptofano, encaixa-se no ribossomo. Ocorre a ligação peptídica do triptofano com a serina. O RNAt que carrega o triptofano se separa do ribossomo. O mesmo ocorre com o transportador que portava a serina.
- O peptídeo contendo sete aminoácidos fica livre no citoplasma. Claro que outro ribossomo pode se ligar ao RNAm, reiniciando o processo de tradução, que resultará em um novo peptídio. Perceba, assim, que o RNAm contendo sete códons (21 bases nitrogenadas) conduziu a síntese de um peptídeo formado por sete aminoácidos.
A partir daí, a proteína está disponível para agir em suas funções dentro da célula. Como na questão estrutural, catalisador e química.
MODA
Macromoléculas (1)
As macromoléculas são moléculas grandes constituídas de unidades estruturais que se repetem, os monômeros. Elas constituem os polímeros e podem ser divididas em naturais e sintéticas. As macromoléculas naturais são os glicídios, lipídios, as proteínas e os ácidos nucléicos. Elas não são absorvidas diretamente pelo nosso organismo, é necessário que ele as quebre e as torne moléculas menores que o nosso corpo será capaz de aproveitar e absorver.
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