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O CASO CLÍNICO

Por:   •  20/11/2018  •  Seminário  •  822 Palavras (4 Páginas)  •  225 Visualizações

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Caso Clínico:

Paciente A.C., gênero feminino, 29 anos, sem história familiar para doenças coronarianas. Peso 78kg, estatura 1 ,68m, circunferência abdominal de 88cm. Apresenta glicemia de jejum de 89mg/dl, colesterol total de 190mg/dl, lipoproteína de baixa densidade (LDL, low-density lipoprotein) de 90, lipoproteína de alta densidade (HDL, high-density lipoprotein) 49 e triacilgliceróis 11 Omg/dl. Em atendimento médico ambulatorial, a pressão arterial medida foi 140 x 90mmHg. Refere tabagismo e sedentarismo.

a) Qual o diagnóstico nutricional considerando os parâmetros antropométricos?

b)Quais os objetivos da intervenção nutricional para esse caso?

c) Quais as características da dieta?

d)Quais as medidas terapêuticas?

Respostas:

a) Paciente pré-obesa (índice da massa corporal= 27,6kg/m2) , apresentando obesidade central de acordo com a medida de circunferência abdominal.

b)Objetivos:

• Normalizar peso corporal.

• Reduzir obesidade central.

• Reduzir pressão arterial, mantendo-a dentro da normalidade.

• Manter níveis normais de glicemia, colesterol e triacilgliceróis.

c) Hipocalórica, hipossódica, rica em cálcio, potássio, fibras alimentares e com baixo teor de gorduras saturadas.

d)Abstenção do tabagismo e atividade física regular após orientação médica.

Dados Epidemiológicos da Doença:

     As doenças cardiovasculares constituem, sem dúvida, a maior de todas as endemias nos países ocidentais desenvolvidos, sendo o aumento da incidência do infarto agudo do miocárdio nesses países considerado ainda uma epidemia progressiva. No Brasil, são a principal causa de mortalidade, ou seja, representam 32% da mortalidade total

Fisiopatologia:

     A doença cardíaca aterosclerótica envolve o estreitamento e a perda de elasticidade da parede dos vasos sanguíneos, causados pelo acúmulo de placas. A placa se forma quando a inflamação estimula uma resposta fagocitária dos glóbulos brancos (monócitos). Uma vez nos tecidos, os monócitos evoluem para macrófagos, que ingerem o colesterol oxidado e transformam-se em células espumosas e, subsequentemente, em estrias gordurosas nesses vasos. Ocorre microcalcificação intracelular, formando depósitos dentro das células musculares lisas dos vasos da camada muscular circundante. Forma-se então o (ateroma) entre os depósitos de gordura e o revestimento da artéria. Os ateromas produzem enzimas que fazem com que a artéria se amplie ao longo do tempo para compensar a redução causada pela placa.  

     Os ateromas podem romper ou sofrer ruptura formando um trombo, que atrai plaquetas no

sangue e ativa o sistema de coagulação do corpo. Essa resposta pode resultar em bloqueio e diminuição do fluxo sanguíneo. Consequentemente, a aterosclerose é uma doença “silenciosa”, porque muitos indivíduos são assintomáticos até o primeiro, e muitas vezes fatal, IM (infarto do miocárdio).

Evolução da Doença:

     A evolução clínica da função arterial diminuída decorrente da aterosclerose depende da

localização do problema.

  • Artérias coronárias:  provoca angina ou dor no peito, IM e morte súbita;
  • Artérias cerebrais: provoca acidentes vasculares encefálicos e ataques isquêmicos transitórios;
  • Circulação periférica: provoca isquemia e gangrena.

Dessa forma, a aterosclerose é a causa subjacente de muitas formas de DCV.

Informações sobre Dislipidemia:

     A dislipidemia se refere a um perfil lipídico do sangue que aumenta o risco de desenvolver aterosclerose. Normalmente, é uma condição na qual as concentrações de LDL estão elevadas e as concentrações de HDL estão reduzidas.

Diagnóstico Clínico:

  • Inicialmente utilizam-se exames não invasivos – como eletrocardiogramas, teste ergométrico, e ecocardiografia – para estabelecer o diagnóstico cardiovascular.
  • A angiografia (cateterismo cardíaco) é um exame mais definitivo e invasivo, no qual se injeta contraste nas artérias e obtêm-se imagens radiográficas do coração.
  • A ressonância magnética mostra as lesões menores e pode ser usada para acompanhar a progressão ou a regressão da aterosclerose após o tratamento.

Medidas bioquímicas utilizadas nas DCV :

  • lipoproteínas;
  • colesterol total;
  •  triglicerídeos.

Medidas Preventivas:

Hipertensão arterial, diabetes, colesterol alto, tabagismo, excesso de peso, alimentação e sedentarismo são fatores que colocam em risco a sua saúde, podendo causar infarto e muitas outras doenças relacionadas ao coração. A prevenção ainda é o melhor caminho.

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