PRÁTICAS ALIMENTARES NA PRIMEIRA INFÂNCIA E SUA RELAÇÃO COM A OBESIDADE INFANTIL

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FACULDADE DE TECNOLOGIA E CIÊNCIAS

____________________________________________________Artigo de Revisão

Curso de Nutrição

PRÁTICAS ALIMENTARES NA PRIMEIRA INFÂNCIA E SUA RELAÇÃO COM A OBESIDADE INFANTIL

Lais Argôlo Pádua de Souza¹

Lucrécia Maia Ribeiro²

RESUMO

O aleitamento materno e a introdução da alimentação complementar são práticas que se exercidas da maneira correta traz muitos benefícios à saúde da criança. Nutricionalmente percebeu-se que o leite materno é um alimento completo para a dieta do bebê garantindo o desenvolvimento e crescimento adequado do lactente nos seis primeiros meses de vida. E que a introdução da alimentação complementar precoce traz riscos a saúde da criança. Verificou-se que a alimentação complementar deve ser realizada de forma gradual e insistente para que a criança se acostume.  Este estudo teve como objetivo relacionar o aleitamento materno e a introdução da alimentação complementar com o risco de obesidade infantil. Questionando a forma em que essas duas práticas interferem na vida da criança e auxiliam numa prevenção para doenças como a obesidade. Fundamentou-se numa pesquisa bibliográfica para a revisão de literatura. Foi possível perceber que quando efetivado de forma correta o aleitamento materno previne as crianças de várias patologias. Observou-se que a introdução adequada de alimentos complementares é uma maneira simples de combater a obesidade infantil. Concluiu-se que o profissional da saúde deve promover o aleitamento materno e para que as mães se tornem conscientes de sua importância.

Palavras-Chave: amamentação, leite materno, morbidades, sobrepeso.

ABSTRACT

Breastfeeding and complementary feeding practices that are performed in the correct manner brings many benefits to children's health. Nutritionally realized that breast milk is a complete food for the baby's diet ensuring proper growth and development of infants in the first six months of life. It was also found that the early introduction of complementary feeding carries risks to children's health. It was found that complementary feeding should be done gradually and insistent that the child gets used. This study aimed to relate breastfeeding and complementary feeding with the risk of childhood obesity. Questioning the manner in which these two practices interfere in the lives of children and to assist in preventing diseases such as obesity. It was based on a literature search for the review of the literature. It could be observed that when effected correctly breastfeeding prevents children from various pathologies. It was observed that the introduction of appropriate complementary foods is a simple way to combat childhood obesity. It was concluded that health professionals should promote breastfeeding and for mothers to become aware of its importance.

Keywords: breastfeeding, breastmilk, morbidity, overweight.

INTRODUÇÃO

        O leite materno é um alimento indispensável na alimentação de crianças com até dois anos de vida. Possui em sua composição muitos constituintes, como vitaminas, proteínas e minerais, que auxiliam na nutrição do bebê e o tornam um alimento completo nos primeiros meses de vida.

        O aleitamento materno é uma prática eficaz de se atender aos aspectos nutricionais, imunológicos e psicológicos de uma criança.  É uma atitude saudável tanto para o bebê quanto para a mãe que amamenta, além do beneficio nutricional, a amamentação ainda fortalece o laço afetivo entre mãe e filho.

        Nos primeiros seis meses de vida recomenda-se o aleitamento materno exclusivo, já que nesse período o leite materno supre todas as necessidades do bebê. Após essa etapa inicia-se a introdução da alimentação complementar, que deve ser realizada de forma adequada para auxiliar na nutrição das crianças. Ela deve ser iniciada com alimentos líquidos, pastosos e somente após esses alimentos serem introduzidos aconselha-se a inserção dos alimentos sólidos.

Após a introdução da alimentação complementar, a amamentação ainda deve ser realizada até os dois anos de vida, até o primeiro ano ela deve ser a alimentação predominante e após esse período torna-se complementar.

        A introdução da alimentação complementar precoce, isto é, antes dos seis meses de vida, pode prejudicar a saúde da criança e essas consequências podem ser vistas ao longo de toda uma vida. Associa-se essa atitude com diversas morbidades, as quais atualmente têm sido bastante estudadas e se tornaram de interesse dos órgãos de saúde que procuram meios de amenizá-las.

        Visto que o manejo inadequado dessas práticas pode promover a disposição da criança a algumas patologias, e que dentre as morbidades relacionadas com a falta do aleitamento materno e com a introdução precoce de alimentos complementares encontram-se a obesidade infantil e o sobrepeso, que hoje são uma preocupação para maioria dos países, surge então a necessidade de conhecer mais a fundo a relação que essas práticas possuem com o aumento no numero de obesos no mundo atual.

Como o sobrepeso e a obesidade são patologias de difícil tratamento, deve-se dar importância à prevenção de baixo custo, dessa maneira com a comprovação que o aleitamento materno realizado de maneira correta ameniza as causas da obesidade essa seria a medida mais indicada de prevenção.

        Estudos demonstram que o aleitamento exclusivo até os seis meses e uma alimentação complementar segura e nutricionalmente adequada podem promover o bom desenvolvimento da criança, protege contra infecções, doenças respiratórias, doenças crônicas e malformação da arcada dentária e podem ainda ser uma possível estratégia na prevenção da obesidade infantil e de certas patologias.

        Nesse contexto, o estudo buscou identificar a relação da obesidade com o aleitamento materno e a introdução da alimentação complementar nos primeiros anos de vida. Tendo como objetivo geral relacionar o aleitamento materno e a introdução da alimentação complementar com o risco de obesidade infantil. Como objetivos específicos, esclarecer a importância do aleitamento materno exclusivo até o sexto mês de vida da criança, informar os prejuízos causados por uma alimentação complementar precoce, e avaliar através de estudos a influência desses fatores na obesidade infantil. Este estudo fundamentou-se numa pesquisa bibliográfica acerca do leite materno, aleitamento materno, introdução da alimentação complementar assim como a relação desses fatores com a obesidade infantil.