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Programa Vitamina A - SUS

Por:   •  1/12/2016  •  Trabalho acadêmico  •  4.151 Palavras (17 Páginas)  •  464 Visualizações

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Universidade Federal do Pará

Instituto de Ciências da Saúde

Faculdade de Nutrição

PROGRAMA NACIONAL DE SUPLEMENTAÇÃO DE VITAMINA A

IANE RAQUEL DE SOUZA BARATA

LEILIANE CRUZ REIS

LÍVIA MARIA MACHADO NUNES

TAYNÁ AYMARA FERREIRA DA COSTA ROMA

Belém

2016

IANE RAQUEL DE SOUZA BARATA

LEILIANE CRUZ REIS

LÍVIA MARIA MACHADO NUNES

TAYNÁ AYMARA FERREIRA DA COSTA ROMA

PROGRAMA NACIONAL DE SUPLEMENTAÇÃO DE VITAMINA A

Trabalho apresentado no Curso de Nutrição como exigência para obtenção de nota parcial na disciplina de Administração e Políticas de Saúde Pública apresentado na Faculdade de Nutrição da Universidade Federal do Pará.

Prof. Msc.: Thayana Moreira.

Belém

2016

  1. DEFICIÊNCIA DE VITAMINA A (DVA):

A vitamina A é um micronutriente lipossolúvel essencial ao organismo humano encontrado em fontes: animais (retinol) e vegetais (provitamina A). O corpo humano tem a capacidade de armazenar esta vitamina no fígado, garantindo uma pequena reserva, que será utilizada de acordo com a demanda do indivíduo (BRASIL, 2013).

Contudo, uma alimentação insuficiente de vitamina A, leva à redução dos estoques da vitamina e por consequência a deficiência de vitamina A. O que afeta a saúde do organismo, uma vez que o seu papel fisiológico e muito diversificado. Atuando desde o sistema imunológico, na integridade do tecido epitelial, o funcionamento adequado do processo visual, entre outros (BRASIL, 2007; BRASIL, 2013).

A DVA clínica (xeroftalmia) é definida por problemas no sistema visual, atingindo estruturas oculares como: retina, córnea e conjuntiva. Alguns sinais indicativos de DVA são: xerose, mancha de Bitot e ulceração da córnea. Sintomas como, sensibilidade a luz e diminuição da capacidade de enxergar em locais com baixa luminosidade, a chamada cegueira noturna, são manifestações funcionais de hipovitaminose A. A persistência de uma alimentação carente de vitamina A leva à deficiência crônica da vitamina ocasionado cegueira parcial ou total. Sendo a DVA a principal causa de cegueira evitável em países em desenvolvimento. (BRASIL 2007; BRASIL, 2013).

A DVA subclínica se defini por baixas concentrações da vitamina que levam à agravos a saúde, como o comprometimento do sistema imunológico, diminuindo a resistência à diarreia, sarampo e morbidades respiratórias. Contribuindo para a morte de milhões de crianças anualmente (BRASIL 2007; BRASIL, 2013).

Estimativas indicam, que aproximadamente 190 milhões de indivíduos apresentem deficiência subclínica, 13 milhões, algum sintoma de xeroftalmia, e, como consequência desta, 250.000 a 500.000 crianças são atingidas, anualmente, de cegueira irreversível (BRASIL 2007).

A mortalidade materna, pode também estar associada à deficiência de vitamina A, principalmente nas regiões menos desenvolvidas. E a ingestão regular da vitamina em mulheres de idade reprodutiva, pode diminuir de forma exponencial a mortalidade relacionada a gravidez e a anemias gestacionais (BRASIL 2007).

  1. HISTÓRICO:

A deficiência de vitamina A é considerada problema de saúde pública em mais de 60 países, inclusive o Brasil, classificado como área de carência subclínica grave, pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e peça Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS). E apesar de levar a diversos agravos a saúde, até a segunda metade da década de 1980, a preocupação relacionada a DVA dava-se apenas as suas manifestações clínicas, ou seja, a cegueira noturna e a cegueira nutricional irreversível. Nesse mesmo período sugiram evidências de que a carência subclínica de vitamina A poderia levar a morbimortalidade de crianças, recém-nascidos e mulheres em idade fértil, puérperas e nutrizes (RAMALHO et. Al, 2002).

Evidências de que programas de saúde e nutrição poderia evitar a morte de até 2,5 milhões de crianças por ano, salvar de cegueira nutricional irreversível cerca de 500.000 crianças e livrar da síndrome de deficiência imunológica nutricional quase 1 bilhão de pessoas, anualmente, motivaram conferências como: Cumbre Mundial sobre la Infancia, em 1990. Onde os governos firmaram um compromisso político de dar prioridade as carências nutricionais, que juntamente com a Reunião Internacional de Montreal (1991) e a Conferencia Internacional de Nutrición (1992), levaram a elaboração de dois documentos principais: a Declaração Mundial sobre Nutrição e o Plano de Ação para Melhorar a Nutrição (RAMALHO et. Al, 2002).

Documentos que foram ratificados pelo governo brasileiro e por centenas de país que vivenciavam a DVA como uma endemia. Análises do governo brasileiro no período de 1990 a 1995, constaram que apenas a informação sobre a deficiência era insuficiente para a eliminação da carência nutricional, sendo necessárias medidas de intervenção, através de megadoses de vitamina A em campanhas de vacinação e ações educativas em área endêmicas. (RAMALHO et. Al, 2002).

Somente em 1999 o Ministério da Saúde, em conformidade com a Política Nacional de Atenção Básica (PNAB 2006), aprovou a Política Nacional de Alimentação e Nutrição, tendo como eixo fundamental a promoção da realização do direito humano à alimentação, a segurança alimentar e nutricional e a nutrição de toda a população brasileira (BRASIL, 2007).

No ano de 2005, foi instituído um projeto específico para o controle da hipovitaminose A, o Programa Nacional de Suplementação de Vitamina A (BRASIL, 2013).

 

  1. OBJETIVO:

Redução e controle da deficiência nutricional em Vitamina A em crianças de 6 a 59 semanas de idade e puérperas no pós-parto imediato (BRASIL, 2013).

  1. LEGISLAÇÃO:

A partir da portaria nº 729, de 13 de maio de 2005, foi instituído O Programa Nacional de Suplementação de Vitamina A o qual faz parte da Ação Brasil Carinhosos que objetiva combate à pobreza absoluta na primeira infância e reforça a assistência à criança menor de 5 anos para prevenção da deficiência de vitamina (BRASIL, 2013).

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