TABUS ALIMENTARES

UNIVERSIDADE NILTON LINS

DISCIPLINA: Educação Alimentar

PROFESSOR (A): Osmarina Furtado

ALUNO (A): Ângela Reis

TURMA: Nut 041

FICHAMENTO

MCBETH, H. & LAWRY, S. Food Preferences and Taste, 1997. In:SILVA, A. L. DA. Comida de gente: preferências e tabus alimentares entre os ribeirinhos do Médio Rio Negro (Amazonas, Brasil). Revista de Antropologia, v. 50, n. 1, p. 125–179, 2007.

TRIGO, M. et al. Tabus alimentares em região do Norte do Brasil. Revista de saude publica, v. 23, n. 6, p. 455–464, 1989.

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Segundo MacBeth & Lawry (1997, apud por SILVA, 2017, P.125): “As preferências e aversões (restrições) alimentares são geralmente de origem social ou cultural”.

Dos tabus alimentares encontrados, foi grande a restrição feita á ingestão simultânea de leite com varias frutas, especialmente com manga, laranja, caju e abacaxi; devem ser evitados, assim como a mistura de carne de mamíferos com peixes. Os motivos mais citados para justificar os tabus alimentares foram: “faz mal”, “mata”, “congestão” e “vômito” (TRIGO et al.,1989,p. 455)

RAMALHO, R. A.; SAUNDERS, C. O papel da educação nutricional no combate às carências nutricionais. Revista de Nutrição, v. 13, n. 1, p. 11–16, 2000.

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O hábito alimentar brasileiro é um reflexo dos padrões sócio-culturais introduzidos pela imigração maciça de diferentes grupos étnicos no Brasil, causando diferenças em certas áreas ou regiões do país. Assim esfacelados, encontram-se pelo Brasil algumas superstições e proibições quanto ao consumo de alimentos, isoladamente, ou em misturas, em certas etapas da vida, ou em determinados horários do dia, entre outros. (RAMALHO; SAUNDERS, 2000,p.13 e 14).

COSTA NETO, E. M. Restrições e preferências alimentares em comunidade de pescadores no município de Conde, estado da Bahia, Brasil. Revista de Nutrição, v.13 n. 2 p. 4-5, 2000.

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7 Nas comunidades estudas constatou que na Ilha de Búzios (SP) foi citado o Atum como peixe marinho “carregado”, “remoso” e “sangrento” significa que a carne desse peixe é forte, com muito sangue e desencadeia doenças e, portanto, deve ser evitados ou proibido para o consumo. (LUTKEN, 1883,p.510).

Consumir carne de Arraias: Por pessoas enfermas ou que apresentam ferimentos no corpo, assim como aquelas que se recuperam de operações e “mulheres paridas, são proibidas de consumir este alimento considerado “carregados” ou “remosos”.

Consumir Peixe de Couro: Por mulheres no período de menstruação ou após ter dado a luz são acreditados transmitir lepra.

Ao longo do Rio Madeira: A piraíba é evitada, pois acreditam que provocam hemorróidas e abortos.

Comer Bagres: Consideravam remosos e prejudiciais ao sangue.

Consumir Peixe Liso: As mulheres grávidas não podiam comê-los por ser considerado remoso.

Peixe Vermelhos de Carne Amarelada: Reconhecida como vorazes não podem ser consumidas por mulheres no período do resguardo por provocar hemorragias.

As Tartarugas Marinhas: Segundo informações “as mulheres recém-paridas não podem come-las por agravar o processo inflamatório, além de prolongar o tempo de cicatrização das feridas.

Consumir ovos e mamão: Na ingestão de mamão com ovos podem acelerar o processo de quebra das proteínas encontradas nas claras e gema do ovo que é um alimento que tem grande fermentação no organismo causando gases.

Carne de Porco: Alimento remoso é aquele quue pode causar secreções ao ser humano.

DE BRITO JÚNIOR, L. C.; ESTÁCIO, A. G. Tabus alimentares em medicina: uma hipótese para fisiopatologia referente aos alimentos remosos. Revista da Associação Médica Brasileira, 2013.

213 a 2015 No vocabulário popular amazônico, comidas remosas são comidas fortes derivadas de carne de porco; mariscos, como caranguejo e camarão;