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ALTERAÇÕES DE DESENVOLVIMENTO DA FACE E ESTRUTURAS ANEXAS

Por:   •  2/6/2017  •  Artigo  •  2.319 Palavras (10 Páginas)  •  732 Visualizações

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ALTERAÇÕES DE DESENVOLVIMENTO DA FACE E ESTRUTURAS ANEXAS

                                           

  1. CONSIDERAÇÕES GERAIS

As alterações de desenvolvimento da face e estruturas anexas podem ter etiologia variada:

a) alterações congênitas ou ambientais - estão presentes no momento do nascimento ou antes, mas  que não são necessariamente herdada, isto é, transmitidas através de genes. Em geral são causadas por fatores extrínsecos ou ambientais como: ingestão de medicamentos e infecções durante o 1º trimestre de gravidez, radiações, hipóxia, a idade materna avançada, gestações múltiplas e defeitos uterinos;

  1. alterações hereditárias ou intrínsecas - podem estar no momento do nascimento ou manifestar-se mais tarde, porém são transmitidas por genes;
  1. tendências familiares - são alterações que aparecem em mais de um membro da família, independentemente do momento de manifestação     ( antes, durante ou após o nascimento) e de sua etiologia ( hereditária ou não).Ex: toro palatino.

2            ALTERAÇÃO DE DESENVOLVIMENTO DA FACE POR SOLUÇÃO DE CONTINUIDADE

Processos embrionários que formam a face: mandibular, maxilares, nasais laterais e nasal mediano. Normalmente estes crescem juntos e se fusionam durante a 5ª e 6ª semanas de vida intra-uterina. Qualquer interrupção na união desses processos neste período resulta na formação de soluções de continuidade ou fendas faciais.

  1.         Tipos de fendas faciais
  1. extensão órbito temporo parietal - esta fenda se estende do ângulo externo do olho até o osso parietal. É muito rara;
  2. oblíqua - se estende do lábio superior ou da asa do nariz até o ângulo externo do olho. É também extremamente rara;
  3. horizontal - se estende da comissura labial até o trago do ouvido. Pode estar associada com fendas palatina e labial, micrognatia, dentes supranumerários e anomalias das extremidades;
  4. fendas labiais - são mais freqüentes que as anteriores, recebendo aqui maiores considerações.

  1.        ALTERAÇÕES DE  DESENVOLVIMENTO DOS LÁBIOS E PALATO
  1.    Nomenclatura
  1. fissura do lábio - queilosquise (lábio leporino);
  2. fissura do processo alveolar -gnatosquise ;        
  3. fissura do palato duro - uranosquise (goela de lobo);
  4. fissura do palato mole - estafilosquise;
  5. fissura do lábio associada ao processo alveolar e palato - queilognatopalatosquise.

A incidência da fenda labial é de aproximadamente 1:600 a 1:1200 dos nascimentos, e é duas vezes mais comum no sexo masculino. A fenda palatina é mais freqüente no sexo feminino. Geralmente está associada à fenda labial bilateral em 85% dos casos. A incidência da fenda palatina isoladamente é de 1:2.500, podendo ainda ser componente das seguintes síndromes: disostose cleidocraniana, hidrocefalia, doença cardíaca, polidactilia e espinha bífida.

  1.      Tipos de fendas labiais

          a)  mediana labial superior  - muito rara

 b) labial superior         unilateral  completa e incompleta

                                            bilateral completa e incompleta

A fenda lateral labial superior ocorre entre o incisivo lateral e canino ou entre o incisivo central e o lateral. Podendo ser incompleta quando se estende até a base da narina, e completa quando alcança o assoalho da narina.

A fenda labial pode estar associada ao processo alveolar, trazendo alterações na erupção dos dentes, na forma, no local e no número.

A perturbação mais grave, decorrente do lábio leporino é relacionada à alimentação, é a impossibilidade da criança pressionar o mamilo entre os lábios e a língua. A forma mais adequada de alimentar o bebê é usando o conta-gotas tendo uma extensão feita com tubo de borracha e numa posição quase sentada para evitar a saída do líquido pelo nariz.

3.3    Tipos de fendas palatina

  1. do palato duro
  2. do palato mole

        c) Associação do palato duro, mole e úvula (úvula bífida)

A fenda palatina pode permitir que partículas de alimento se dirijam para o nariz, causando irritação ou infecção tanto para a área do nariz como do ouvido. A fonação também estará comprometida, a fenda permite que os sons saiam tanto pela cavidade nasal como pela boca.

O tratamento é cronologicamente seqüenciado, uma equipe especializada em odontologia, pediatria e cirurgia. O lábio leporino deve ser operado logo que a criança alcance os 4 a 5 quilos, em média, e boas condições de saúde geral. A fenda do palato deve ser operada, quando a criança estiver na idade de 12 a 24 meses, para promover o desenvolvimento da fala, e ao ingressar na escola, não sofra discriminação por parte dos colegas, não seja motivo de atenção pela deformidade a fim de conseguir melhor integração social, prevenindo dificuldades psicológicas que viriam interferir no próprio aprendizado.

Uma vez alcançada a dentição mista, tem início o tratamento ortodôntico convencional para estabelecer a forma normal da arcada superior.

3.4            Fossetas e/ou fistulas congênitas dos lábios e/ou comissura

A etiologia é congênita que segue freqüentemente um padrão hereditário, podendo estar associada a outras anomalias de desenvolvimento tais como fendas labiais e palatinas.

Clinicamente, as fossetas e/ou fístulas do lábio é uma depressão ou cova, uni ou bilateral, que ocorre no vermelhão de qualquer dos lábios, sendo mais comum no inferior.

Em alguns casos, da base desta fosseta pode escoar uma secreção mucosa rala. O lábio, por vezes, apresenta-se inchado, acentuando o aparecimento das mesmas. Nas comissuras essas fossetas aparecem uni ou bilateralmente e na área do vermelhão.

O diagnóstico é clínico e o prognóstico é favorável, pois as fossetas são inofensivas e raramente causam complicações. A cirurgia é recomendada em casos de comprometimento estético.

3.5             Lábio duplo

O lábio duplo pode ser de etiologia congênita ou adquirida em conseqüência de traumatismo ou hábitos.

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