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AVULSÃO DENTÁRIA E REIMPLANTE TARDIO

Por:   •  4/11/2019  •  Trabalho acadêmico  •  2.428 Palavras (10 Páginas)  •  396 Visualizações

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AVULSÃO DENTÁRIA E REIMPLANTE TARDIO

Ana Caroline Moreira Sandeski*

Andressa Ferreira dos Santos*

Bruno Gonçalves da Silva*

César Olicshevis*

Leonardo Scorsim Schust*

Marcio Sampaio de Marins**

RESUMO

As avulsões dentárias são consideradas uma das lesões mais graves ao periodonto, uma conduta correta é fundamental para um prognostico favorável. O ato do reimplante é considerado como tratamento, é imprescindível que o cirurgião dentista tenha conhecimento adequado, correto manejo ao tratamento emergencial. Em alguns casos isolados, o reimplante dentário não é indicado devido a quantidade de carie extensas e doenças periodontais. O reimplante é o ato de salvar o dente, mas o risco de perda fura do dente pode ocorrer dependendo da sua condição de reimplante e o período em que permaneceu fora o alvéolo de origem.

PALAVRA-CHAVE: Avulsão dentária, reimplante dentário, alvéolo radicular.

INTRODUÇÃO

A avulsão de dentes permanentes é uma das lesões que acometem o periodonto e representa de 0,5 - 3% dos traumatismos dentários. É considerada umas das lesões mais graves e seu prognostico é dependente das ações tomadas no local do acidente e pelo cirurgião dentista.

O ato de reimplantar o dente é considerado como forma de tratamento, porém nem sempre é indicado a realizar-se imediatamente. Existem situações em que o reimplante não deve ser realizado pois não favorecerá um bom prognostico, nos casos de lesões extensas de carie, doenças periodontais e doenças sistêmicas grave (imunossupressão e doenças cardíacas severas).

O tratamento de escolha é o reimplante dentário, mas em alguns casos determinados dentes podem apresentar menores chances de sucesso, e podem vir a ser perdidos. Porém o ato de reimplantar o dente mesmo que por período indeterminado, é indicado por fatores de fonética, função e estética.

A Associação Internacional de Traumatismo Dental (2012), o período de permanência do dente extra-alveolar que determinada como reimplante imediato ou tardio, no caso de imediato o período extra-alveolar deve ser menor que 60 minutos condicionado em meio adequado, em meio seco esse período deve ser reavaliado.

Andreasen (1981), o meio de armazenamento ou condicionamento do dente deve ser levado em consideração no momento do reimplante, os melhores meios para condicionamento é a solução balanceado de Hanks, o leite bovino, seguido da saliva humana, em seguida, o paciente deve ir ao consultório odontológico imediatamente.

Para que se obtenha o melhor resultado em casos de avulsão dentária, deve-se realizar o reimplante imediato, porém não se encontra um consenso sobre esse tempo. Autores relatam que até 30 minutos fora do alvéolo e condicionados em meio ideal, o reimplante apresenta sucesso, a partir desse período depende do tipo de armazenamento que o dente se encontra.

O objetivo deste trabalho é proporcionar conhecimento sobre avulsão dentária, reimplante tardio com o intuito de adquirir conhecimento e informar quais atitudes tomar.

REVISÃO DE LITERATURA

Andreasen (1966), apresenta uma estimativa das chances de não reabsorção em dentes com diferentes períodos extra orais. Percebeu que 90% dos dentes reimplantados, menos de 30 minutos após a perda não mostraram reabsorção radicular, encontrou-se uma frequência ligeiramente menor entre 30-90 minutos, enquanto a maioria dos dentes reimplantado 90 minutos ou mais após a perda mostrou reabsorção.

Zanorotti (2009) a incidência de traumas dentais devido a quedas, práticas esportivas, acidentes automobilísticos e violência têm aumentado significativamente nas ultimas décadas, afetando principalmente os dentes anteriores de crianças e adolescentes. Estudos epidemiológicos revelam que uma em cada duas crianças sofre algum tipo de trauma dental entre os 8 e 12 anos de idade, sendo a avulsão dental responsável por até 16% das ocorrências na dentição permanente, constituindo um problema de saúde pública.

Marzola (2010), relata que outro aspecto que deve ser analisado corretamente é o tempo de permanência do dente fora do alvéolo, fato esse que vem sendo amplamente discutido durante muitos anos, chegando-se a uma conclusão final, de que o tempo de permanência do dente fora do alvéolo esta diretamente relacionado com o sucesso da manobra, sendo que este aspecto está em íntima relação com casos por nós realizados, o tempo de permanência do dente fora do alvéolo deverá ser o mínimo possível.

Soares e Souza-Filho (2011) o tratamento endodôntico de um dente avulsionado é necessária uma vez que a necrose pulpar ocorre como consequência. Algumas terapias de cura são propostas como forma de preservar o dente, no entanto, o tempo de troca de medicamentos varia com o grau de comprometimento e sequelas. Uma nova terapia com gel de clorexidina, hidróxido de cálcio e óxido de zinco para o tratamento de dentes avulsionados e reimplantados esta sendo proposto.

A Associação Internacional de Traumatismo Dentário (2012) mostra que a esplintagem é considerada a melhor prática para manter o dente reposicionado corretamente, melhora a estética e proporcionar conforto ao paciente. A evidência atual é de que materiais flexíveis a curto prazo mantem a função dos dentes reimplantados. Os estudos mostraram que a cura periodontal e pulpar é promovida se o dente reimplantado tiver uma chance de movimento leve e o tempo de esplintagem não for longo demais. Dado isso, não existe até agora nenhum tipo específico de tala ou esplintagem relacionada aos resultados de cicatrização. A esplintagem deve ser realizada nas superfícies vestibular dos dentes traumatizados para permitir o acesso lingual para procedimentos endodônticos e para evitar interferências oclusais.

A remoção traumática (avulsão) de um dente de seu respectivo alvéolo produz ruptura de ligamentos periodontais, do fornecimento de sangue ao tecido pulpar. Como resultado, a polpa dental sofrerá necrose e o periodonto é gravemente danificado. O tipo de cura está diretamente relacionado à extensão do tempo extraoral e às condições em que o dente foi condicionado antes de ser reimplantado. O reimplante foi proposto como uma tentativa de reintegrar o dente avulsionado a sua posição anatômica normal. Representa um dos comportamentos mais conservadores na odontologia porque permite a preservação da função e da estética, adiando a necessidade de implantes dentários, reduzindo o impacto psicológico e social resultante da perda imediata de dente.

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