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Microbiologia endodôntica resumo

Por:   •  9/4/2021  •  Trabalho acadêmico  •  466 Palavras (2 Páginas)  •  371 Visualizações

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Os microrganismos possuem um importante papel no desenvolvimento de patologias pulpares e perirradiculares; ademais, o tecido necrosado, quando não existe infecção, não possui a capacidade de sustentar ou estimular o desenvolvimento de lesões perirradiculares (LOPES, SIQUEIRA JR., 2014).

Fatores físicos e químicos podem ocasionar uma patologia pulpar ou perirradicular, no entanto, não possuem capacidade de prosseguir com o processo patológico.

Quanto à classificação, os microrganismos causadores dessas patologias podem ser: cocos, bacilos ou espiroquetas; sua coloração será diferenciada de acordo com seu tipo, Gram+ possuem coloração azul arroxeada e Gram- possuem coloração rosa avermelhada; a relação destes microrganismos pode ser: aeróbia (necessitando de 21% de O² para o crescimento), microaerófila (necessitando de 5% de O², podem, portanto, crescer na presença de oxigênio mas maior parte de sua energia é obtida por via anaeróbica), anaeróbia facultativa (podendo crescer na presença e na ausência de O²), Anaeróbia estrita (necessitando 0 a 8% de O²).

Os microrganismos anaeróbios facultativos e estritos são comumente encontrados em túbulos dentinários, no interior de tecidos degenerados, ramificações, ístmos, lacunas de reabsorção e no interior de lesões, além disso, não sofrem os efeitos do ar atmosférico.

Inicialmente, as infecções endodônticas desenvolvem-se por meio das bactérias facultativas (carboidratos); após 7 dias, 50% das bactérias encontradas são anaeróbicas (aminoácidos e peptídeos); após 3 meses, 85% delas são anaeróbicas, após 6 meses, 90% destes microrganismos são bactérias anaeróbias estritas.

A cárie e a polpa necrosada consistem em uma fonte de microrganismos que, ao atingirem o periodonto, desequilibram o organismo, instalando um processo infeccioso. Inicialmente, as toxinas alcançam a polpa antes dos próprios microrganismos, mas em uma polpa jovem em saudável a intensidade da resposta inflamatória depende da quantidade de bactérias e virulência que atingem a polpa. Quando a microbiota expande-se para a região perirradicular, a resposta imunológica inespecífica é acionada, bem como um conjunto de proteínas ativadas em cascata, o que ocasiona a reabsorção óssea da lesão e a expansão da lesão.

São microrganismos que causam danos diretos: enzimas, exotoxinas e produtos metabólicos, poliaminas, modulinas, fimbrias; os microrganismos que causam danos indiretos são aqueles que ativam elementos de defesa do hospedeiro, os quais levarão ao dano tecidual e ao aparecimento de lesões (macrófagos, prostaglandinas, proteinase). Destaca-se que a penetração nos túbulos dentinários depende de fatores como: anatomia, tipo de bactéria e fatores nutricionais.

A principal via de acesso para a infecção é a exposição pulpar, a qual pode ocorrer devido à progressão da lesão da cárie, podendo ser de forma iatrogênica ou em situações de trauma. Assim, a lesão ocasionada pela cárie destrói o tecido dentinário permitindo a exposição da polpa aos microrganismos e aos produtos presentes na lesão cariosa e na saliva. Portanto, os fatores que podem ocasionar este fenômeno são: número e virulência dos microrganismos, resistência ao hospedeiro, estado de microcirculação, grau de edema gerado pela inflamação, trauma, Iatrogenia.

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