EPIDEMIOLOGIA COMPARATIVA EM GRANDES ANIMAIS: REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
Por: vinibarbosa • 3/4/2018 • Trabalho acadêmico • 775 Palavras (4 Páginas) • 326 Visualizações
EPIDEMIOLOGIA COMPARATIVA EM GRANDES ANIMAIS: REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
Comparative epidemiology in big animals: bliographical review
BARBOSA, Tatiane Gomes.
Centro Universitário de Jaguariúna
Resumo:
Palavras-chave: epidemiologia, ruminantes, equinos.
Abstract:
Key words: epidemiology, ruminants, horses.
Introdução
Segundo ALMEIDA, 1952 a epidemiologia é definida como uma abordagem dos fenômenos saúde – doença por meios de quantificação se fazendo uso do cálculo matemático e de técnicas estatísticas de amostragem e análise, cada vez mais empregando novas alternativas para o estudo cientifico da saúde. E todas as fontes de dados e informações são validas para o conhecimento de situações da saúde das populações.
A maior preocupação da medicina veterinária era o tratamento individual de animais com doenças ou alterações visíveis, atualmente vai além, abrangendo todos os eventos relacionados com a saúde das populações. (THRUSFIELD, 1978)
A saúde pública veterinária desempenha diversas funções na saúde pública que obedecem à vasta comunhão de interesses existentes entre a medicina veterinária e a medicina humana e oferecem a oportunidade de uma proveitosa interação entre ambas. Como profissão cruzada, a saúde pública veterinária apresenta natureza interdisciplinar, voltando-se simultaneamente para ambas as direções: os seres humanos e os animais. (PFUETZERNREITER, et al, 2004).
Como era de esperar, na evolução de uma disciplina que se tornou muito abrangente, o campo da epidemiologia apresenta hoje varias subdivisões, por área de conhecimento, as quais foram surgindo, à medida que os problemas tornaram-se prioritários. (PEREIRA, 1997).
Quadro 01: Comparativo das enfermidades epidemiológicas em bovinos
Enfermidade | Botulismo | BSE | Leptospirose |
Agente | Clostridium botulinum1 | Príon3 | Leptospira spp. 5 |
Sinais clínicos | Anorexia, decúbito esternal depois progredindo decúbito lateral e movimentos de pedalagem, dispneia, tetraparesia flácida, e exposição fácil e permanente. Da língua após tracionamento manual1 | Perda de peso, queda na produção de leite, sendo os sinais de comportamento, sensibilidade e locomotor (andar cambaleante) que chamam atenção3. | Infertilidade, abortos, perda de peso, pelos grossos e secos, febre, diarreia, anemia, hemoglobinúria e mastites. 5 |
Diagnóstico | Histórico, ausência de vacinação, osteofagia, microfixação de complemento2. | Não há meios de diagnóstico4 | Detecção de anticorpos, ELISA5. |
Tratamento | Não há tratamento2 | Não há tratamento4 | Não há tratamento5 |
Prevenção | Incineração dos cadáveres, suplementação adequada, vacinação e usar técnicas que evitem a osteofagia2. | Evitar abater animais que vieram de lugares onde se tem BSE e evitar que sejam alimentados com produtos de origem animal4 | Controle das fontes de infecção, das vias de eliminação e animais susceptíveis5. |
Fonte: 1 (COSTA et al, 2008), 2 (EMBRAPA, 2004), 3(CHUISACA, 2011,4(DIEHL, 2010) e 5(PUBVET, 2016)).
Quadro 2:Comparativo das enfermidades epidemiológicas em equinos
Enfermidades | Anemia infecciosa equina | Mormo | Tétano |
Agente | Lentivrus1 | Burkholderia mallei2 | Clostridium tetani3 |
Sinais clínicos | Sintomas inespecíficos febre, anorexia, anemia, fraqueza. 1 | Hipertermia, descarga nasal purulenta, dispneia, inapetência e perda de peso2. | Contraturas espasmódicas e tônicas dos músculos, febre alta, orelhas eretas, cauda rígida e estendida, narinas dilatadas e a terceira pálpebra prolapsada, a marcha difícil, posição de cavalete membros estirados e abertos, constipação e retenção urinária são comuns3. |
Diagnóstico | Teste de COGGINS e imunodifusão em gel de ágar1 | Isolamento bacteriano e fixação de complemento2 | Baseado nos sinais clínicos4 |
Tratamento | Não há tratamento1 | Não há tratamento2 | Animal pode ser colocado em uma baia escura, antibióticos (penicilina), relaxante muscular, acepromazina e vitaminas4. |
Prevenção | Controle dos vetores e sacrifício dos positivos. 1 | Sacrifício dos positivos, separar os suspeitos 2. | Vacinação e o manejo adequado dos animais4 |
Fonte: 1(GUIMARÃES et al, 2011), 2(MOTA, 2000), 3(ARRIVABENE, 2014) 4(LEIRA et al, 2017).
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