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OS PRINCIPIOS BASICOS EM TÉCNICA CIRURGICA VETERINÁRIA HEMOSTASIA

Por:   •  15/4/2022  •  Resenha  •  3.388 Palavras (14 Páginas)  •  174 Visualizações

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PRINCIPIOS BASICOS EM TÉCNICA CIRURGICA VETERINÁRIA

HEMOSTASIA

DEFINIÇÃO: Ação ou efeito de estancar uma hemorragia, por medicamentos ou por procedimento cirúrgico

(Ferreira, 1988). Pode ainda ser mais bem definida como sendo o conjunto de manobras manuais e instrumentais que

tem por objetivo deter ou prevenir uma hemorragia, ou impedir a circulação do sangue em uma determinada área por

tempo limitado (Parra & Saad, 1987; Magalhães, 1989).

FISIOLOGIA DA HEMOSTASIA: A hemostasia depende de uma interação entre as paredes vasculares,

plaquetas, e fatores solúveis da coagulação (procoagulantes). Quando um vaso é lesionado, esta estrutura sofre

vasoconstricção reflexa local de breve duração e que deve ser mantida pela liberação de compostos vasoativos oriundos

das plaquetas e tecido circunjacente. A manutenção da vasoconstricção diminui o fluxo sangüíneo no local da lesão,

permitindo que as plaquetas ativadas e os fatores solúveis da coagulação se acumulem localmente, e funcionem na

formação do coágulo. Quando os vasos são desnudados pela lesão expõem-se o colágeno subendotelial, as plaquetas e

os fatores da coagulação solúveis são ativados. As plaquetas se acumulam, agregam-se e forma um tampão plaquetário

primário frouxo. A ativação simultânea dos fatores solúveis de coagulação provoca a ativação da trombina, que promove

a clivagem do fibrinogênio em fibrina. É então depositada uma rede de fibrina sobre o tampão plaquetário primário,

assim forma-se o tampão estável ou secundário.

Em resumo, a lesão vascular resulta numa vasoconstricção local que diminui o fluxo sangüíneo, permitindo que

ocorra a aderência das plaquetas e o recrutamento de mais plaquetas, que se ligam e ativam os fatores solúveis de

coagulação, o que produz o tampão plaquetário estável.

II – ABORDAGEM AOS DISTÚRBIOS HEMORRÁGICOS CIRÚRGICOS

Hemorragia é escapamento de sangue de um vaso sanguíneo, seja para fora do corpo, para o interior de

uma cavidade corpórea, ou para tecidos adjacentes (Jones et al., 2000). Este escape refere-se à saída do sangue de

compartimentos – geralmente artérias, capilares ou veias – nos quais normalmente ele deveria estar contido. A perda de

sangue leva à diminuição da oxigenação dos tecidos podendo levar à morte se não for controlada (Schwartz et al., 1991).

De uma forma geral as hemorragias são classificadas como externas ou internas. Quando o sangue é

exteriorizado para fora do corpo através de um ferimento, estamos diante de uma hemorragia externa. Se, no entanto,

ele sai dos vasos e permanece dentro do corpo, dá-se a hemorragia interna. As hemorragias ainda podem ser

classificadas como: arterial (sangue de cor vermelho vivo, e geralmente observa-se pressão na saída do sangue); venosa

(cor vermelho-escuro, e a pressão de saída do sangue é baixa e contínua); e capilar (emissão sangüínea lenta e

superficial, podendo ser difusa). Comumente encontra-se a hemorragia mista, onde o sangue é originado de vasos

venosos e arteriais.

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Hemostasia Cirúrgica

Nos pacientes cirúrgicos, muitas doenças ou afecções podem interferir na coagulação. O cirurgião deve pesquisar

tais afecções nos seus pacientes, e caso a encontre, trata-la adequadamente.

A hemorragia intra-operatória em animais não portadores de distúrbios da coagulação é comumente causada

pela hemostasia local ineficaz. A hemostasia local tem por objetivo impedir o fluxo de sangue a partir de vasos

sanguíneos incisados ou seccionados. Isto é conseguido mediante a oclusão do defeito da parede do vaso, ou mediante a

interrupção do fluxo sanguíneo para a área afetada. A hemostasia permite uma visualização tecidual adequada durante o

procedimento, previne alterações sistêmicas mais graves em casos de perdas sangüíneas mais importantes e reduz a

chance de proliferação bacteriana.

Princípios da Hemostasia Cirúrgica

1. O controle da hemorragia deve ser feito plano por plano. A hemorragia na pele deve ser controlada antes de se

fazer a incisão nos planos subjacentes (fascia muscular, cavidades corpóreas);

2. A hemorragia capilar pode ser controlada pelo uso de compressas (hemostasia por pressão);

3. Os vasos sangüíneos de grosso calibre devem ser pinçados e imediatamente ligados;

4. Deve-se evitar lesão ou ligadura de tecidos adjacentes aos vasos a serem hemostasiados, isto dificultará o

processo de cicatrização dos tecidos;

5. A utilização do fio de sutura de menor calibre maximiza a qualidade da ligadura no vaso;

6. Quando da utilização de eletrocoagulação, quanto mais a utilizá-la maior será o prejuízo à cicatrização.

A hemostasia cirúrgica pode ser realizada por diversas técnicas. As principais técnicas utilizadas em Medicina

Veterinária serão descritas a seguir.

III – PRINCIPAIS MÉTODOS DE HEMOSTASIA UTILIZADOS EM MEDICINA

VETERINÁRIA

Tipos de hemostasia

a)

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