PROJETO DE IMPLANTAÇÃO DE ÁPIARIO EM FAZENDA

UNIVERSIDADE ANHEMBI MORUMBI

BACHARELADO EM MEDICINA VETERINÁRIA

PROFESSORA DOUTORA TALITHA CUCKI

PROJETO DE IMPLANTAÇÃO DE ÁPIARIO EM FAZENDA

PRODUTORA DE MEL E DERIVADOS

Alessandra Coelho

Jessica Scheiner Boscariol

Natasha Tarelov Lepri

Rafael Agustini

Walkiria Hradec

São Paulo – SP

2014

UNIVERSIDADE ANHEMBI MORUMBI

BACHARELADO EM MEDICINA VETERINÁRIA

PROFESSORA DOUTORA TALITHA CUCKI

PROJETO DE IMPLEMENTAÇÃO DE ÁPIARIO EM FAZENDA

PRODUTORA DE MEL E DERIVADOS

Modelo de projeto apresentado na disciplina de Criação Animal como avaliações P3 e P4.

São Paulo-SP

2014

SUMÁRIO

1. Introdução .........................................................................................4

2. Objetivos Gerais................................................................................6

3. Objetivos específicos........................................................................7

4. Justificativa........................................................................................8

5. Metodologia......................................................................................10

6. Plano de Ação

6.1. Investimento Inicial.................................................................................11

6.2. Instalação das colméias ........................................................................14

6.3. Revisão das Colméias (Inicio da produção) .......................................16

6.4. Coleta do mel e outros...........................................................................19

6.5. Casa do Mel.............................................................................................20

7. Exigências Legais e Específicas....................................................23

8. Anexos...............................................................................................26

9. Referências........................................................................................29

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1. INTRODUÇÃO

Os produtos apícolas são considerados produtos de fácil obtenção e comercialização, por não se tratarem de produtos que exigem grande dedicação de tempo e manejo, sem a necessidade de tecnologia de ponta.

Este produto, que acompanha a humanidade há 42 milhões de anos, só a partir do século XVII viu considerável avanço no desenvolvimento e aperfeiçoamento das técnicas de manejo. Com o passar do tempo, foi sendo substituído pelos açucares refinados manufaturados de qualidade incomparavelmente inferior - como os extraídos da cana-de-açúcar e da beterraba, na antiguidade, o mel costumava ser o único produto doce usado na alimentação humana. O mel é um alimento de alto potencial energético que contém proteínas, sais minerais e vitaminas essenciais à nossa saúde.

 
        Em 1845 Johanes Dzierzon confirmou a partenogênese em abelhas cruzando rainhas italianas com zangões cárnicos e em 1857, Johanes Mehring produziu a primeira cera alveolada. Somente quase dez anos depois, em 1865, Franz Von Hruschska inventou a máquina centrífuga para tirar mel sem danificar os favos. Sucessivamente, em 1851, Lorenzo Lorain Langstroth descobriu que o vão entre um favo e outro deveria ser entre 6 e 9mm, criando partir daí, o quadro móvel que fica suspenso dentro da colmeia pelas duas extremidades. A colmeia Langstroth é considerada padrão e até hoje é a mais usada em todo o mundo e a partir dela que se deu o maior avanço na apicultura pela facilidade no manejo.

Como produto processado a partir do néctar das flores, o mel tem sua cor, aroma e sabor diretamente relacionados com à predominância da florada, alterações climáticas e manipulação pelo apicultor. Existem três colorações claras e três escuras, sendo os mais claros mais apreciados por seu sabor e aroma suaves – como o mel de flor de laranjeira dos pomares de frutas que apresentam a mais alta cotação no mercado. No entanto, o mel de coloração escura é mais rico em proteínas e sais minerais, proteínas, enzimas, hormônios, partículas de pólen e de cera, aminoácidos e dextrinas, com pH de 3,9. 

O retorno econômico bem sucedido origina-se não somente da comercialização do mel e da própolis (este figurando como um dos produtos de alto valor econômico), mas também da cera, geleia real, pólen apícola, apitoxina (veneno), abelhas-rainha e enxames, sem contar a produtividade em áreas adjacentes propiciada pela fecundação das floradas e frutos das lavouras.

  Entre suas várias propriedades medicinais, o mel é dos poucos alimentos de reconhecida ação antibactericida, que contém proporções equilibradas de fermento, vitaminas, minerais, ácidos e aminoácidos. 

O consumo interno do mel brasileiro ainda é discreto se comparado ao consumo internacional, devido à baixa renda per capta e escasso hábito de consumo pela população, por desconhecimento das propriedades do produto; além da carência de divulgação adequada no mercado.

Existem algumas iniciativas econômicas e ações governamentais, que incentivam e orientam a prática da apicultura não somente ao grande produtor, mas também para o agricultor familiar, através da produção de literaturas, cursos e capacitações, como a Cartilha ABC de Agricultura Familiar para Criação de Abelhas (Apicultura) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, entre outras ações, que incentivam não somente a produção comercial em si, mas a apicultura como atividade comunitária e associativa em sistema cooperativista, para melhoria da qualidade de vida do Brasileiro. A exemplo, tal publicação, em 2007, apresentava estimativa aproximada de investimento de R$ 2.000,00 (dois mil reais) para a instalação de cada grupo de dez colmeias. Também a exemplo, o SENAR – Serviço Nacional de Aprendizagem Rural, publicou em 2010 material sobre a instalação de apiários que inclui não somente os cálculos de custos de implantação cobrindo o investimento inicial acrescido do material de consumo e mão de obra, mas a forma de calcular os rendimentos.