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Patologia Veterinária - Leptospirose Canina

Por:   •  30/10/2015  •  Trabalho acadêmico  •  6.748 Palavras (27 Páginas)  •  354 Visualizações

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UNIVERSIDADE NILTON LINS

LEPTOSPIROSE

Manaus - Am

2015

LEPTOSPIROSE

Trabalho de Patologia veterinária Geral, ministrada pela Professora Genevere Achiles, para obtenção de nota na Parcial 1

MANAUS – AM

2015

Introdução

Etiologia

Epidemiologia

o Brasil, a leptospirose é uma doença endêmica, tornando-se epidêmica em períodos chuvosos, principalmente nas capitais e áreas metropolitanas, devido às enchentes associadas à aglomeração populacional de baixa renda, às condições inadequadas de saneamento e à alta infestação de roedores infectados. Algumas profissões facilitam o contato com as leptospiras, como trabalhadores em limpeza e desentupimento de esgotos, garis, catadores de lixo, agricultores, veterinários, tratadores de animais, pescadores, militares e bombeiros, dentre outros. Contudo, a maior parte dos casos ainda ocorre entre pessoas que habitam ou trabalham em locais com infraestrutura sanitária inadequada e expostas à urina de roedores.

Existem registros de leptospirose em todas as unidades da federação, com um maior número de casos nas regiões sul e sudeste. A doença apresenta uma letalidade média de 9%. Entre os casos confirmados, o sexo masculino com faixa etária entre 20 e 49 anos estão entre os mais atingidos, embora não exista uma predisposição de gênero ou de idade para contrair a infecção. Quanto às características do local provável de infecção (LPI), a maioria ocorre em área urbana, e em ambientes domiciliares.

Leptospirose ¬ CID10: A27 ASPECTOS CLÍNICOS E EPIDEMIOLÓGICOS Descrição ¬ Doença infecciosa aguda de caráter epidêmico, com envolvimento sistêmico, causado por espiroquetas do gênero Leptospira. Tem início abrupto e seu espectro clínico pode variar desde um processo inaparente até formas graves. A forma sub¬clínica pode simular "síndrome gripal". A forma anictérica representa 60 a 70% dos casos e apresenta 2 fases: a) Fase septicêmica ¬ Caracterizada por hepatomegalia e, mais raramente, esplenomegalia, hemorragia digestiva alta, mialgia que envolve panturrilhas, coxa, abdome e musculatura paravertebral, fotofobia, dor torácica, tosse seca, com ou sem hemoptóicos, exantemas maculares, máculo¬papulares, urticariformes ou petéquias, hiperemia de mucosas com duração de 4 a 7 dias; b) Fase imune ¬ Quando há cefaléia intensa, vômitos e sinais de irritação meníngea, uveíte, com duração de 1 a 3 semanas. A forma ictérica, Doença de Weil, evolui com insuficiência renal, fenômenos hemorrágicos e alterações hemodinâmicas. Os sintomas são mais intensos que a forma anictérica, com duração de 1 a 3 semanas, e taxas de letalidade de 5 a 20%. Sinonímia ¬Febre dos pântanos, febre outonal, febre dos sete dias, doença dos porqueiros, tifo canino. Agente etiológico ¬ Leptospiras, microorganismos da família Espiroquetídeos e compreendem duas espécies L. interrogans e L. biflexa. Reservatório ¬ Os roedores são os principais reservatórios da doença, principalmente os domésticos; atuam como portadores outros animais bovinos, ovinos e caprinos. Modo de transmissão ¬ Pelo contato com água ou solo contaminados pela urina dos animais portadores, mas raramente pelo contato direto com sangue, tecido, órgão e urina de animais infectados. A penetração da leptospira se dá através da pele lesada ou mucosas, mas também pode ocorrer através da pele íntegra quando imersa em água por longo tempo. Período de incubação ¬ Variável de 3 a 13 dias, podendo durar até 24 dias. Período de transmissibilidade ¬ É rara a infecção inter¬humana. Complicações ¬ Hemorragia digestiva e pulmonar maciça, pneumonia intersticial, insuficiência renal aguda, distúrbios do equilíbrio hidroeletrolítico e ácidobásico, colapso cardiocirculatório, insuficiência cardíaca congestiva, com falência de múltiplos órgãos e morte. Diagnóstico ¬ Clínico¬epidemiológico e laboratorial. A suspeita clínica deve ser confirmada por métodos laboratoriais específicos. Testes simples de macro¬aglutinação e ELISA IgM são utilizados para o diagnóstico rápido de casos humanos. O isolamento de leptospiras, reação de polimerase em cadeia (PCR do sangue, urina, líquor e amostras de tecidos) e o teste sorológico de micro¬aglutinação são também recomendados para diagnóstico e investigações epidemiológicas. Para esclarecimento etiológico de óbitos, deve¬ se realizar os testes histopatológicos convencionais e a pesquisa de leptospiras por colorações especiais ou imunohistoquímica (cérebro, pulmão, rim, fígado, pâncreas e coração). Diagnóstico diferencial a) Forma anictérica ¬ Gripe, febre tifóide, septicemias por germes gram negativo, dengue, apendicite aguda, colecistite aguda, malária, pielonefrite aguda, toxoplasmose; b) Forma ictérica ¬ Formas ictéricas da febre tifóide, sepse por germes gram negativos, febre amarela, hepatites, H. Lábrea, malária por P. falciparum, entre outras. Tratamento ¬ Penicilina G cristalina, de 6 a 12 milhões de unidades ao dia, em 4 doses, por 10 dias, ou tetraciclina 2g ao dia para adultos antes do 5º dia de doença, depois de então, não alteram curso clínico. Os alérgicos às penicilinas podem usar ceftriaxona. Medidas de suporte, como reposição hidroeletrolítica por via endovenosa, oxigenioterapia. Em pacientes que desenvolvem insuficiência renal, indica¬se a instalação de diálise peritoneal precoce (aos primeiros sinais de oligúria) e que diminui significativamente as taxas de letalidade da doença. Características epidemiológicas

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