Características morfogênicas do capim-Tanzânia sob diferentes frequências de corte

[pic 1]	XXIII CONGRESSO BRASILEIRO DE ZOOTECNIA Universidade Estadual do Oeste do Paraná Foz do Iguaçu/PR, 06 a 09 de maio de 2013 Zootecnia do Futuro: Produção Animal Sustentável	[pic 2]
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Características morfogênicas do capim-Tanzânia sob diferentes frequências de corte1

Letícia Aparecida Magalhães Arduini2, Carolina Moreira Araújo2, Karla Alves Oliveira2, Tiago dos Santos Gonçalves2, Lorena Ferreira Benfica2, Altieries Gabriel Garcia Nepomuceno2, Joyce Miriam Martins2, Dawson José Guimarães Faria3

1Apoio financeiro da FAPEMIG.

2Graduando em Bacharelado em Zootecnia no IFTM, Uberaba, Brasil, Bolsista do IFTM – Campus Uberaba. E-mail: [e-mail].

3Professor do Instituto Federal do Triângulo Mineiro, Uberaba, Brasil.

Resumo: Objetivou-se avaliar as características morfogênicas do capim Tanzânia, submetido a frequências de corte. O experimento foi realizado no IFTM - câmpus Uberaba.  As frequências de corte foram caracterizadas pelo período de descanso fixo de 28 dias ou 70 cm de altura do pasto. O delineamento utilizado foi inteiramente casualizado, com três repetições. Para avaliação das características morfogênicas foram identificados com anéis coloridos dois perfilhos por unidade experimental. As medições foram feitas três vezes por semana. Observou-se que as frequências de corte do capim-Tanzânia não influenciaram (P>0,10) o acúmulo de colmo por perfilho, a taxa de alongamento de colmo, taxa de alongamento foliar e taxa de aparecimento foliar e o filocrono. Concluiu-se que o período de descanso de 28 dias para o capim-Tanzânia foi adequado para a região de Uberaba no período de dezembro a fevereiro.

Palavras–chave: frequência de pastejo, morfogênese, Panicum maximum

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Abstract:  

 

Keywords: morphogenesis, Panicum maximum, grazing frequency,

Introdução

As pastagens são a principal fonte de alimentação dos ruminantes. Para maximizar a utilização da forragem pelos animais é necessário conhecer cada etapa do crescimento das forrageiras.

A espécie forrageira Panicum maximum apresenta um dos maiores potenciais de produção de massa seca em ambientes subtropicais e tropicais que se conhece, dentre os cultivares desta espécie, o capim-Tanzânia se destaca.

O conhecimento das características morfogênicas e estruturais proporciona uma visualização da curva estacional de produção de forragem e uma estimativa de sua qualidade (Alexandrino et al., 2011), além de permitir a proposição de práticas de manejo específicas para cada gramínea forrageira (MACEDO et al., 2010).

Objetivou-se avaliar a influência da frequência de pastejo sobre as características morfogênicas do cultivar Tanzânia.

Material e Métodos

O experimento foi realizado no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Triângulo Mineiro (IFTM) – câmpus Uberaba, localizada ao lado do campo agrostológico a uma altitude de 803 m, Latitude: 19° 39´ 26,44´´S e Longitude: 47° 57´ 39,65´´O. O clima do local, segundo classificação de Köppen, é do tipo tropical quente e úmido, com inverno frio e seco (Aw), com precipitação de 1500 mm e temperatura média anual de 21ºC. O período experimental foi de dezembro de 2012 a fevereiro de 2013.

A área experimental foi implantada em 2009 e consiste de 6 parcelas medindo 5 x 2 m, com a espécie Panicum maximum cv. Tanzânia.

As recomendações de correção do solo e de adubação foram calculadas de acordo com a análise de solo, adotando-se o médio nível tecnológico. A correção do solo foi realizada com aplicação do calcário em cobertura, com metade da dose recomendada e a adubação fosfatada foram realizadas em setembro de 2012. As adubações potássicas e nitrogenadas foram realizadas durante o período chuvoso, após cada corte.

Após o início do período chuvoso, em outubro de 2012, foi realizado um corte de uniformização em todas as parcelas. A partir da uniformização foi iniciado o monitoramento da altura do pasto, que foi medida em 10 pontos de cada unidade experimental, três vezes por semana.

Para avaliação das características morfogênicas do pasto, foram identificados dois perfilhos representativos, em áreas distintas da unidade experimental. Os perfilhos foram identificados com anéis plásticos e, para melhor visualização no campo, ao lado de cada perfilho, foi fixada uma haste de ferro com uma bandeirola na ponta.

Com o auxílio de uma régua, foram efetuadas medições do comprimento das lâminas foliares e do pseudocolmo dos perfilhos marcados, três vezes por semana, anotando-se os valores em planilhas previamente preparadas. A partir dessas informações foram calculadas as seguintes variáveis: Taxa de Aparecimento Foliar (TApF); Filocrono (FIL); Taxa de Alongamento Foliar (TAlF); Duração de Vida das Folhas (DVF); Taxa de Alongamento de Colmos (TAlC); Acúmulo de Colmo por Perfilho (ACP).

Os tratamentos consistiram de duas frequências de pastejo, ou neste caso, frequências de corte, sendo caracterizadas pela altura do pasto de 70 cm ou 28 dias de descanso, em delineamento inteiramente casualizados, com três repetições. As médias dos tratamentos foram comparadas pelo teste F, ao nível de 10% de significância.