AGRICULTURA ORGANICA
Por: Samara S. Viana • 25/4/2016 • Trabalho acadêmico • 1.402 Palavras (6 Páginas) • 659 Visualizações
INTRODUÇÃO
Agricultura orgânica é o sistema de produção que exclui o uso de fertilizantes sintéticos de alta solubilidade e agrotóxicos, além de reguladores de crescimento e aditivos sintéticos para a alimentação animal. Sempre que possível, baseia-se no uso de estercos animais, rotação de culturas, adubação verde, compostagem e controle biológico de pragas e doenças. Busca manter a estrutura e produtividade do solo, trabalhando em harmonia com a natureza.
Essa técnica de produção orgânica atualmente tornou-se uma necessidade concreta para os sistemas de manejo não só por ser uma boa alternativa de destaque no mercado competitivo, más também por ser uma tecnologia baseada em conceitos fundamentais de preservação ambiental e segurança alimentar.
“Produtos orgânicos são aqueles obtidos através de processos naturais, que não agridem o meio ambiente e possibilitam a produção de alimentos livres de pesticidas, herbicidas, fungicidas e outros aditivos químicos artificiais. O produto orgânico é um alimento natural, mas nem todo alimento natural é orgânico. Isso porque o produto orgânico não é simplesmente um produto livre de agrotóxicos. Toda a tecnologia utilizada na produção de alimentos orgânicos envolve conhecimento de várias Ciências, que trabalham para desenvolver um sistema de manejo equilibrado dos recursos naturais. ” (BIOSALUTE, 2002)
O Silício é um dos elementos utilizados na agricultura que vem demostrando inúmeros benefícios para as plantas, conforme Filgueiras (2007) o crescimento de tubérculos em 14,3% em batatas e um redução de 63% em acamamentos de plantas. Seu desempenho na relação planta-ambiente é de suma importância, pois pode dar à cultura melhores condições para suportar adversidades climáticas, do solo e biológicas, tendo como resultado final um aumento na produção com melhor qualidade do produto
REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
Agricultura Orgânica
A “agricultura convencional” deixou de ser apenas fonte de produção de alimentos passando a ter como principal objetivo a maximização dos lucros, o que vem causando preocupação sobre a qualidade dos alimentos e poluição ambiental (MARIANI E HENKES, 2015).
Devido a crescente preocupação com os impactos negativos provocados pela agricultura química/convencional, tem-se buscado uma produção agrícola que vise o equilíbrio ambiental e sustentável, através da agricultura orgânica, uma agricultura capaz de obter uma boa produção com adequado rendimento econômica em equilíbrio com o meio ambiente.
Segundo Souza (2015) a agricultura orgânica procura atuar em equilíbrio com a natureza, produzindo alimentos e produtos sadios e ecologicamente sustentáveis, e ainda de acordo com a Lei Nº 10831, de 23 de dezembro de 2003:
“Art. 1º Considera-se sistema orgânico de produção agropecuária todo aquele em que se adotam técnicas específicas, mediante a otimização do uso dos recursos naturais e socioeconômicos disponíveis e o respeito à integridade cultural das comunidades rurais, tendo por objetivo a sustentabilidade econômica e ecológica, a maximização dos benefícios sociais, a minimização da dependência de energia não renovável, empregando, sempre que possível, métodos culturais, biológicos e mecânicos, em contraposição ao uso de materiais sintéticos, a eliminação do uso de organismos geneticamente modificados e radiações ionizantes, em qualquer fase do processo de produção, processamento, armazenamento, distribuição e comercialização, e a proteção do meio ambiente.”(Brasil, 2003)
A agricultura orgânica visa respeitar os limites da natureza e não ter dependência de agroquímicos (substitui por adubo orgânico e repelente natural).
Dessa forma a agricultura orgânica é um modelo que propõe o cultivo da terra para a produção de alimentos sadios, sem o uso de produtos químicos tóxicos ao homem e aos animais, sem causar contaminação ao meio ambiente (solo, água e ar), ser ecologicamente sustentável, economicamente viável.
Segundo Fonseca et al. (2009) a agricultura orgânica surgiu no Brasil nos anos 70 a partir de diferentes manifestações, críticas e proposições (correntes), usando a denominação agricultura alternativa.
Dentre os objetivos da agricultura orgânica, podemos destacar os seguintes:
Fornecer alimentos saudáveis à população, sem resíduos químicos e com alto valor biológico; promover a diversificação da flora e da fauna dos agroecossistemas; reciclar os nutrientes essenciais às plantas: promover o equilíbrio ecológico das unidades de produção da propriedade e buscar a saúde do organismo agrícola como um todo; preservar o solo; manter a qualidade da água; controlar os desequilíbrios ecológicos pelo manejo fitosanitário e uso de agentes de controle biológico; promover a autossuficiência econômica e energética da propriedade rural; organizar e melhorar a relação entre os produtores rurais e os consumidores; promover uma agricultura limpa e dinâmica, dentre outros.
Dentro da agricultura orgânica deve se respeitar alguns princípios, tais como: diversificação de culturas, ou seja, priorizar por plantio de culturas diferentes (policultura), excluindo o monocultivo das praticas agrícolas; equilíbrio ecológico; fazer o resgate e uso de variedades adaptadas; considerar a teoria da trofobiose; manejo ecológico do solo; reciclagem da matéria orgânica; etc.
Para a adoção da agricultura orgânica, devem seguir praticas de produção sustentável como, preparo mínimo do solo (plantio direto), utilização de resíduos orgânicos (esterco de animais) e vegetais (adubação verde), praticas de rotação de culturas, consórcios, manejo e controle alternativo de pragas e doenças, manejo de colheita e pós-colheita.
CAVALINHA (Equisetum sp)
A espécie Equisetum sp, pertencente à família Equisetaceae, conhecida popularmente como cavalinha (FERREIRA, 2001). A cavalinha é uma planta herbácea, que apresenta rizomas horizontais, sobre o qual se desenvolvem verticalmente, dois tipos de caules aéreos ocos e podem atingir ate 30cm de altura.
Dentre os principais constituintes químicos do Equisetum sp. podem ser citados: ácido silícico (10-15%), ácido gálico, resinas, sais de potássio e tiaminas (MARTINS et al., 2000), dentre outros, porem o de maior interesse agronômico é o silício, visto que ele ajuda na proteção das plantas a estresses ambientais bióticos e abióticos, como ataque de pragas e doenças e resistência ao estresse hídrico (BERTALOT et al. 2012)
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