As Estruturas das Sementes e Suas Respectivas Funções
Por: Karen_Cris31 • 13/8/2015 • Pesquisas Acadêmicas • 993 Palavras (4 Páginas) • 794 Visualizações
Formação das sementes
Pela definição botânica, semente é o óvulo desenvolvido após a fecundação, que contém embrião, reservas nutritivas e tegumento. A Legislação Brasileira (Lei nº 10711, de 5 de agosto de 2003) apresenta um conceito mais amplo, definindo semente como o material de reprodução vegetal de qualquer gênero, espécie ou cultivar, proveniente de reprodução sexuada ou assexuada, que tenha finalidade específica de semeadura.
A formação de uma semente tem início com a abertura do botão floral, que corresponde à maturidade sexual da planta. A flor, além de outras estruturas, contém os órgãos sexuais da planta, o androceu e o gineceu. O óvulo é o precursor da semente.
O óvulo normalmente é constituído do funículo, integumentos, micrópila, nucela e saco embrionário. O funículo liga o óvulo à placenta. Quando está madura, a semente separa-se do funículo e, no ponto de abscisão, permanece uma cicatriz denominada hilo.
Os integumentos são camadas que se desenvolvem a partir da base da nucela, envolvendo-a quase que completamente, ficando apenas uma pequena abertura denominada micrópila. A micrópila é uma abertura localizada no ponto onde os integumentos se encontram.
A nucela é o corpo do óvulo e contém o saco embrionário. Serve de alimento para o embrião durante o seu desenvolvimento, podendo ser absorvida completa ou parcialmente.
O saco embrionário está implantado no tecido nucelar.
A polinização ocorre quando o grão de pólen entra em contato com o estigma. A seguir, o grão de pólen absorve a secreção exudada pelo estigma e germina, desenvolvendo um tubo polínico. O tubo polínico cresce através do estilete, até atingir o óvulo. Chegando ao óvulo, o tubo polínico penetra-o através da micrópila, liberando as duas células espermáticas no interior do saco embrionário. Ocorre então a singamia, ou fertilização dupla.
Por divisões sucessivas do zigoto, ocorre a formação do embrião, enquanto que por divisões do núcleo do endosperma primário, se forma o tecido de reserva denominado esperma, predominante nas sementes de monocotiledôneas.
Já o embrião das eudicotiledôneas é constituído por um eixo embrionário e dois cotilédones. Os cotilédones servem apenas como órgão de armazenamento de reservas alimentícias destinadas a fornecer energia, durante a germinação da semente.
Estruturas das sementes e suas respectivas funções
As sementes das monocotiledôneas e das eudicotiledôneas são formadas basicamente pelo tegumento e embrião, além de um terceiro componente, denominado endosperma, algumas vezes ausente. Do ponto de vista funcional, as sementes são compostas de uma cobertura protetora, um tecido meristemático e um tecido de reserva.
- Cobertura protetora: estrutura externa que delimita a semente. Pode ser composta apenas pelo tegumento e, algumas vezes, também pelo pericarpo. Em alguns casos o pericarpo se origina intimamente ligado ao tegumento, sendo possível identificar qualquer ponto delimitante, como no caso das sementes de várias gramíneas, e neste caso é denominado de cariopse. A cobertura externa tem função protetora, reguladora e delimitante, como manter as partes unidas, proteger as partes internas contra choques e abrasões, servir como barreira à entrada de microorganismos.
- Tecido meristemático: o eixo embrionário é a parte vital da semente, pois apresenta capacidade de se desenvolver, graças ao tecido meristemático presente em suas duas extremidades. Devido a isto, pode se desenvolver, através das divisões celulares, em dois sentidos, o das raízes e o do caule e originar uma plântula.
Nas eudicotiledôneas estão presentes também os cotilédones. Abaixo da inserção dos cotilédones está o hipocótilo, e na porção terminal inferior estará o primórdio da raiz ou radícula. Acima dos cotilédones estão o epicótilo e a plúmula.
- Tecido de reserva: pode ser constituído por endosperma, cotilédones e, em alguns casos, pelo perisperma. É graças às substâncias acumuladas nestes tecidos que o eixo embrionário, por ocasião da germinação, consegue energia para se desenvolver e originar uma plântula autotrófica. As sementes maduras desprovidas de endosperma são denominadas exalbuminosas,
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