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Elementos Essenciais às Plantas

Por:   •  13/7/2016  •  Ensaio  •  3.503 Palavras (15 Páginas)  •  558 Visualizações

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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO MARANHÃO

CAMPUS CODÓ

DIRETORIA DE ENSINO

COORDENAÇÃO GERAL DE CURSOS SUPERIORES

COORDENAÇÃO DE AGRONOMIA

AGRONOMIA – V PERÍODO

QUÍMICA E FERTILIDADE DO SOLO

ELEMENTOS ESSENCIAIS ÀS PLANTAS, SUAS FORMAS DE ABSORÇÃO E SINTOMATOLOGIA DEFICITÁRIA E DE EXCESSO

CODÓ - MA

2014

INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO MARANHÃO - CAMPUS CODÓ

Antonio Carlos Costa Aprigio

Carlos Lopes de Sousa

Genilson de Sousa Oliveira

José Flávio Ferreira de Sousa

Alex Jhonne Barbosa

Leonardo Rego Souza

[pic 2]

Codó - MA

2014

1 - ELEMENTOS ESSENCIAIS

1.1. Introdução

 Ao analisar-se quimicamente um solo, inúmeros elementos podem ser encontrados na amostra e, de forma semelhante, o mesmo pode ser observado nos vegetais superiores. De maneira geral, qualquer elemento que se encontre na forma disponível pode ser absorvido. No entanto, a presença de um elemento químico no tecido vegetal não implica que este seja fundamental para a nutrição da planta. Em decorrência a este fato, foi necessário separar os elementos que são essenciais para o crescimento e desenvolvimento das plantas, daqueles que sem ser essenciais, são benéficos. Para tanto, foram definidos os critérios de essencialidade dos nutrientes (MENDES, 2007).

1.2 – CRITÉRIOS DA ESSENCIALIDADE DOS NUTRIENTES

Para caracterizar-se como nutriente o elemento deve atender critérios de essencialidade, (Arnon & Stout, 1939) postularam três critérios para caracterizar o elemento químico como nutriente essencial. São eles:

a) a ausência do elemento impede que a planta complete seu ciclo;

b) a deficiência do elemento é específica, podendo ser prevenida ou corrigida somente mediante o seu fornecimento;

c) O elemento deve estar diretamente envolvido na nutrição da planta, sendo que sua ação não pode decorrer de correção eventual de condições químicas ou microbiológicas desfavoráveis do solo.

        O estabelecimento dos princípios da essencialidade dos nutrientes pode variar em termos quantitativos a depender do autor que fizera estudo relacionado. Como exemplo disso pode ser citado o trabalho de Epstein (1975) que, de forma simples e direta, funde os dois últimos critérios apontados por Arnon & Stout (1939) em apenas um, afirmando que: “Para o elemento ser essencial o mesmo deve fazer parte da molécula de um componente ou metabólito essencial”. Mais recentemente, em 1999, esse mesmo autor define que um dado elemento é essencial quando ele tem um claro papel fisiológico na planta.

2 – CLASSIFICAÇÃO QUANTITATIVA DOS NUTRIENTES VEGETAIS

Para que uma planta se desenvolva normalmente, ela necessita de alguns requisitos indispensáveis: local favorável à fixação de suas raízes, temperatura adequada, luz solar, ar, agua, quantidade suficiente de nutrientes, etc. Essas necessidades são atendidas, em maior ou menor proporção, pelas condições de clima e solo do local onde se encontra a planta.

Atendida as necessidades básicas supracitadas, as plantas superiores providas de clorofila, partindo do C, O e H, retirados do ar e da água e de diversos elementos proveniente do solo, conseguem, com o auxílio da energia fornecida pela luz solar, sintetizar a matéria orgânica necessária à sua própria formação.

Em resumo, temos: PLANTA              H2O + Luz + Nutrientes[pic 3]

        Assim, através da FOTOSSÍNTESE, as plantas têm a capacidade de formar em suas células clorofiladas, inicialmente compostos orgânicos de estrutura simples, depois partem daí para compostos de estrutura mais complexa, como celulose, amido, açúcares diversos, ácidos orgânicos, gorduras, proteínas, enzimas, vitaminas, etc.

        Para sintetizar todas essas substâncias, as plantas utilizam 18 elementos essenciais, ou seja, indispensáveis ao seu metabolismo e que são agrupados ou classificados da seguinte forma:

A) Orgânicos: Carbono (C), Hidrogênio (H) e Oxigênio (O), que são elementos originados da água e do ar. Estes, por sua vez, são responsáveis pela composição de cerca de 90% a 96% dos tecidos vegetais.

B) Minerais: Macronutrientes (primários e secundários) e Micronutrientes, que são elementos originados do solo e responsáveis por cerca de 4% a 10% dos tecidos vegetais. Os macronutrientes são requeridos em maiores quantidades, e os micronutrientes são aquelas requeridos em menores quantidades.

Ressalta-se aqui que embora sejam requeridos em menores quantidades, os micronutrientes são tão necessários à planta quanto os macronutrientes, sendo esta separação meramente quantitativa, podendo variar entre as diferentes espécies.

[pic 4]

CLASSIFICAÇÃO

ELEMENTOS

Macronutrientes Primários

N, P e K

Macronutrientes Secundários

Ca, Mg e S

Micronutrientes

B, Cl, Co, Cu, Fe, Mn, Mo, Si e Zn

Tabela 1 – Classificação quantitativa dos nutrientes

A separação em macronutrientes primários e secundários é apenas didática, uma vez que eles são igualmente essenciais.

        No estudo da fertilidade do solo, os elementos C, H e O não são considerados, pois o solo não é a maior fonte destes. Na análise da matéria seca de uma planta de milho, por exemplo, encontra-se cerca de 43,5% de C, 44,5% de O e 6,2% de H.

Os macronutrientes primários respondem por cera de 2,7 % do total analisado, isto é. 1,5% de nitrogênio, 0,2% de P e 1,0% de K. Os macronutrientes secundários totalizam perto de 0,6% de matéria seca, sendo 0,23% de Ca, 0,2%de Mg e 0,2% de S; os micronutrientes entram com porcentagens bem reduzidas que variam de 0,0001% a 0,08% do material analisado.

3 – FUNÇÕES, SINTOMAS DE DEFICIÊNCIA E ASPECTOS EXCESSIVOS DOS NUTRIENTES ESSENCIAIS

3.1 - Nitrogênio (N)

O N geralmente é exigido em grandes quantidades pelos vegetais, encontrando-se em concentrações que variam de 1 a 5 dag/kg da matéria seca. De maneira geral, é observado em maiores concentrações nos tecidos das espécies pertencentes à família Leguminoseae. Para a maioria das culturas, sua absorção ocorre preferencialmente na forma de NO3-, exceto em solos sob condições adversas a nitrificação. Uma vez absorvido o NO3- é reduzido e incorporado em compostos orgânicos.

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