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MIP - Manejo integrado de pragas do algodão

Por:   •  22/9/2015  •  Projeto de pesquisa  •  1.129 Palavras (5 Páginas)  •  716 Visualizações

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  1. Introdução

Com este trabalho pretende-se discorrer e entender sobre o manejo integrado de pragas na cultura do algodão, citando de maneira coesa quais são as principais pragas do algodão que de maneira sistemática ocorre na cultura reduzindo significativamente a produção, a identificação dessas pragas, seu controle integrado, citando: controle biológico, controle cultural, controle genético (resistência de plantas a insetos), controle comportamental e controle químico. Ainda falaremos sobre o monitoramento e sobre a importância desse quesito para se obter um bom resultado na implantação desse tipo de manejo na cultura especifica do algodão.

  1. Manejo integrado de pragas na cultura do algodoeiro

Dentro desse contexto de manejo integrado, considera-se que se deve empregar na cultura em que se esta trabalhando no caso o algodão todas as maneiras compensáveis de controle de pragas existente no mercado, entretanto não se podem esperar resultados de um único método de controle tendo em vista que não existe um meio de remediar único e salvador que resolva a situação do controle de pragas no algodoeiro, sendo assim surge um controle que podemos denominar de estratégias que se forem traçadas harmonicamente e executadas criteriosamente resultam num controle efetivo desses organismos.

Dentre essas estratégias cita-se o controle biológico, controle cultural, controle genético (resistência de plantas a insetos), controle comportamental e por fim o controle químico.

Esse sistema visa garantir a sustentabilidade da cultura ao longo dos anos pela diminuição dos custos e o aumento da qualidade da produção evitando que a população de pragas cresça e tome proporções incontroláveis, mantendo os níveis populacionais dessas pragas controlados abaixo daqueles que causam danos econômicos às lavouras.

  1. Controle biológico

O papel do controle biológico no MIP do algodão é de muita importância, pois, garante a sustentabilidade do agro ecossistemas e consequentemente o agronegócio do algodão. O controle biológico entra como uma das soluções estratégicas que visa aumentar a eficiência dos inimigos naturais através da manipulação da presa ou do hospedeiro da praga, a manipulação do ambiente, dos parasitoides de dos predadores. Os estudiosos da área no Brasil tem um interesse enorme no aumento da preservação de inimigos naturais nativos.

O controle biológico como estratégia do MIP do algodão tem como objetivo ao produtor de algodão associar-se junto a outras técnicas de controle de pragas, alcançando uma redução do custo de produção, melhorando a qualidade de vida, garantindo que a cotonicultura permaneça viável economicamente por muito tempo e socialmente, garantindo a preservação da biodiversidade e ausentando resíduos dos subprodutos do algodão.

Dentre os principais inimigos naturais podemos listar os predadores (Hemípteros e Coleópteros), os Parasitoides (Díptera e Hymenoptera), os Vírus (Baculovirus anticarsia) e os Fungos (Nomuraea rileyi).

  1. Controle cultural

O controle cultural consiste em varias praticas que compreende esse método, entre elas estão: plantio, conservação do solo e adubação, densidade de plantio, catação de botões florais e maças caídas no solo, destruição dos restos de culturas e esse é um método legislativo devido à obrigatoriedade segundo o Ministério da Agricultura e rotação de cultura.

  1. Manipulação de cultivar e plantio

Sugere-se a utilização de cultivares produtivas de algodão de ciclo curto  resistentes a virose e uniformidade da época de plantio, sempre que possível, em áreas e períodos comprovadamente com menor incidência de pragas, visando quebrar a sincronia entre a fonte alimentar da praga e sua ocorrência, além de possibilitar a antecipação da colheita e, consequentemente, a destruição precoce dos restos de cultura.


  1. Conservação do solo e adubação

A utilização correta do solo, baseada em recomendações técnicas de preparo e adubação, constitui-se em ferramenta indispensável para manutenção da sua fertilidade e estrutura, contribuindo diretamente para a formação de plantas vigorosas e, portanto, menos vulneráveis ao ataque de pragas.

  1. Densidade de plantio

A densidade de plantio deverá ser constituída de tal maneira que se evite o adensamento excessivo da cultura, facilitando a penetração dos raios solares e o deslocamento de gotas da calda do inseticida até o alvo biológico.

  1. Destruição dos restos culturais

Imediatamente após a colheita, deve-se proceder à destruição dos restos de cultura, tais como: raízes, caules, botões florais, flores, maçãs, carimãs e capulhos não colhidos, respectivamente, através do arranquio e/ou coleta, para destruição e incorporação no solo. A destruição dos restos de cultura no final da safra visa quebrar o ciclo biológico das pragas, através da eliminação dos sítios de proteção, alimentação e reprodução.

  1. Rotação de cultura

O cultivo alternado do algodoeiro com outras culturas, em sucessões repetidas, adotando-se uma sequencia definida, além de contribuir para a redução de pragas específicas associadas a uma delas, concorre favoravelmente para a melhoria das condições físicas e químicas do solo.

  1. Controle químico

Este método consiste no uso de produtos fitossanitários para o controle das pragas e doenças, o uso correto de qual produto e dose a ser adotada serão fundamentais para o sucesso do controle da praga. É preciso ter em mente que neste método deve ser observada também a rotação de grupos químicos diferentes para se evitar resistência da praga a um determinado produto.

O controle químico das pragas do algodoeiro somente devera ser efetuado quando se fizer necessário, ou seja, quando a praga em questão atingir o nível de controle (Anexo1).

Ate o surgimento das primeiras maças firmes o que ocorre em cerca de 70 dias não deve ser utilizados inseticidas piretróides. A escolha dos inseticidas químicos devera contar com a participação efetiva de um agrônomo, sendo então levada em consideração a eficácia, a seletividade, a toxicidade, o poder residual, o período de carência, o método de formulação, a formulação e o preço desse inseticida a ser aplicado.

  1. Conclusão

Neste trabalho abordamos o assunto que se refere a manejo integrado de pragas na cultura do algodão, dentre esse tema foi descrito diversos métodos e estratégias que necessariamente devem ser tomadas para que o manejo seja considerado integrado. O presente trabalho teve o objetivo de aquisição de conhecimento sobre o assunto.

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