Manejo Integrado de Pragas Olericolas
Por: Raylana Dalcin • 28/8/2016 • Trabalho acadêmico • 1.257 Palavras (6 Páginas) • 665 Visualizações
PRAGAS DO PIMENTÃO
Raylana Dalcin - raylanadalcin@hotmail.com
Engenharia Agronômica
Universidade Estadual do Estado de Mato Grosso - UNEMAT
Nova Xavantina, MT, 12/05/2016.
- INTRODUÇÃO
O pimentão é consumido pelo Brasil inteiro, especialmente quando o fruto está verde. Além de cultivares em que os são frutos vermelhos, quando estão maduros, existem diversos híbridos coloridos, suas cores podem variar do marfim ao púrpuro, com tendência a cor amarelo, creme e laranja. Os frutos se apresentam em três formatos típicos são eles: retangular, cônico e quadrado (EMBRAPA 2012).
As pragas que comprometem o pimentão prejudicam a quantidade e a qualidade da produção, pois são capazes de atingir várias partes da planta entre eles caule, folha, fruto e raízes, causando consequentes prejuízos em diferentes estágios do desenvolvimento da cultura, podendo ocasionar danos pequenos e até mesmo severos, levando a planta à morte (UFV 2012).
- PRAGAS NA CULTURA DO PIMENTÃO
Segundo a EMBRAPA (2010), As principais pragas que prejudicam o desenvolvimento da cultura do pimentão estão listadas abaixo, com uma pequena descrição de quais efeitos elas causam.
- Pulgões - Myzus persicae e Macrosiphum euphobiae
O pulgão verde M. persicae possui coloração verde-clara mais suas cores podem variar entre tons arroxeados ou amarelados. Seu abdômen e tórax tem a mesma largura até a base dos cornículos, sendo maiores na sua metade apical, enquanto a cauda é bem menor.
O pulgão M. euphorbiae possui coloração verde escura, apesar de alguns pulgões terem tons rosados ou amarelados com manchas de tons fortes em seu dorso. Seu corpo é levemente alongado e suas pernas e antenas bem longas. Os cornículos são totalmente cilíndricos e o seu comprimento é de aproximadamente um terço do tamanho do seu corpo e sua cauda possui um terço do comprimento dos cornículos.
Os danos podem ser diretos, embora os danos indiretos são os mais prejudiciais pois ocorrem por inoculação de viroses e causam efeitos significativos interferindo diretamente na economia do país. Os dois pulgões são capazes de transmitir o vírus do mosaico através da suas picada, atacando folhas e ramos novos tornando-os enrolados (figura 1). Para o controle é necessário a utilização de variedades resistentes a virose, além da aplicação de inseticidas organo-fosforados sistêmicos ou mesmo de contato, com consequente preparo de mudas em local telado.
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Figura 1. Alta infestação do pulgão Myzus persicae.
2.2 Tripes - Thrips tabaci, T. palmi e Frankliniella shulzei
Nos tripes, é possível ver formas ápteras com corpo alongado com tamanho entre 1 a 2 mm de comprimento, apresentando coloração branca ou amarela. Os tripes vivem no interior das flores, botões florais e brotos (figura 2).
Os danos causados por esta praga às plantas está diretamente ligado com a sucção da sua seiva. Entretanto, estes são completamente pequenos em relação aos danos causados causados de forma indireta por meio da difusão do vírus de vira-cabeça do tomateiro. Os tripes contraem o vírus apenas na fase larval, facilitando sua transmissão até o fim de sua vida. As plantas ficam acessíveis a determinadas infecções na própria sementeira ou logo após o transplantio, desta maneira sua produção fica inteiramente afetada.
O controle é feito utilizando mudas produzidas em viveiros telados, com incorporação e até mesmo a queima de restos culturais. Inseticidas podem ser usados, porem apenas na fase de sementeira, e possíveis pulverizações com produtos sistêmicos e de contato.
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Figura 2. Tripes no ataque ao pimentão.
2.3 Vaquinha - Diabrotica speciosa
Os adultos possuem aproximadamente de 5-7 mm de comprimento, corpo oval e coloração total verde brilhante, com três manchas entre os tons amarelo e laranja em cada élitro (figura 3). As fêmeas realizam sua postura no solo, bem próximas ao caule das plantas. As larvas possuem coloração branca e seu dorso está no último segmento abdominal com uma placa quitinosa de cor marrom ou preta. Os adultos, tem a capacidade de produzir injúrias sérias quando se alimentam das folhas.
Controle pode ser obtido com a utilização de rotações de culturas, aração e pulverizações com carbamatos, fosforados e piretróides.
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Figura 3. Diabrotica speciosa na cultura do pimentão.
2.4 Lagarta Rosca - Agrotis ipsilon e Prodenia spp.
As duas espécies da lagarta-rosca frequentemente podem ser confundidas com a “Spodoptera” pois tem hábitos parecidos como se enroscar ao serem atingidas (Figura 4). Os adultos da lagarta-rosca são grandes mariposas, de tamanho que varia entre 50 mm de comprimento com asas anteriores escuras e posteriores brancas ou cinzentas. As fêmeas realizam sua postura colocando até 1000 ovos, podendo ser depositados em folhas e caules de plantas, isolados ou em massas. O seu hábito está em cortar as plantas na altura do solo em períodos noturnos e, durante o dia, as lagartas podem ser localizadas a poucos centímetros de fundura do solo, bem próximo às plantas cortadas no período noturno.
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