O Composto orgânico. Lavras: Escola Superior de Agricultura de Lavras
Por: Guilhermerb • 3/4/2018 • Seminário • 1.367 Palavras (6 Páginas) • 393 Visualizações
Universidade de Brasília – UnB
Centro de Estudos Multidisciplinares Avançados - CEAM
Aluno: Guilherme Rodrigues
Compostagem
Introdução
O modelo atual agrícola vigente no Brasil, e um dos grandes causadores de degradação ambiental, pois se baseia no uso intensivo dos recursos naturais, utilizando de produtos químicos para uma maior produção de alimentos, produtos que causam a contaminação do solo e da água se mal utilizados, além de requerer grandes áreas para que se possa produzir. Portanto se tem à necessidade de se buscar sistemas diversificados de produção, visando uma maior preservação e melhor utilização dos recursos disponíveis. Sendo assim a compostagem passa a ser um dos recursos alternativos ao atual modelo agrícola, pois o mesmo se baseia na reciclagem de produtos tratados como lixo, em um produto funcional com boa qualidade e proporção de nutrientes para que se possa utilizar na agricultura, essa prática aplicada integralmente com outros métodos alternativos pode se tornar o meio mais viável de produção de alimentos em alguns anos.
Esse modelo busca a reutilização de produtos orgânicos, se tornando um produto totalmente natural rico em matéria orgânica e em nutrientes essências para as cultivares, se tornando uma fonte viável de adubação orgânica, com isso se torna dispensável a utilização de adubos químicos ou utilização de doses menores desses produtos nas lavouras possibilitando o melhor aproveitamento dos recursos naturais, favorecendo a vida microbiana no solo. Porém ainda há poucas informações sobre os dados econômicos de compostagem o que permite desnortear a discursão sobre sua viabilidade técnica. Portanto objetivou-se com este trabalho mostrar a importância da compostagem, seus benefícios e limitações de compostos orgânicos diversos.
Compostagem e composto orgânico
Kiehl (1985), citado por Teixeira (2002) define compostagem como sendo: “um processo controlado de decomposição microbiana, de oxidação e oxigenação de uma massa heterogênea de matéria orgânica” nesse processo a decomposição aeróbica ocorre de forma acelerada, devido as condições aplicadas no processo de formação do composto, nas quais necessitam de controle de temperatura, umidade, pH, e etc. O processo de formação do composto pode variar de alguns dias a algumas semanas, dependendo dos fatores de estabilização impostos, e também da matéria prima utilizada e do ambiente.
A matéria utilizada para produção do composto, pode ser adquirida de diversas maneiras, pois se trata de um produto obtido de reciclagem de materiais, portanto pode se utilizar, os restos de vegetais produzidos pela agricultura, ou seja aqueles produtos que não são comercializáveis, ou mesmo restos de cascas e folhas, outra fonte primordial são os dejetos de animais produzidos pela pecuária, palhas e até mesmo lixo orgânicos produzidos pelo consumo humano nas cidades como exemplo. Com isso são fontes tratadas como lixo, sendo muitas das vezes causadores de contaminação do meio ambiente, se não tratados de maneira adequada. Todavia, quando manipulados adequadamente, podem suprir aos sistemas agrícolas, boa parte da demanda de insumos sem afetar os recursos do solo e do ambiente (Teixeira, 2002).
O material obtido da compostagem, possui, cor escura, é rico em húmus, contendo de 50% a 70% de matéria orgânica. Recebe esse nome pela sua forma de preparo, sendo montado pilhas composta por materiais diferentes, sua composição dependerá da natureza da matéria prima utilizada.
Fabricação do composto orgânico
Para fabricar o composto orgânico há necessidade de matérias vegetais disponíveis: restos culturais, conjugados com esterco animal, e meio rico em nitrogênio e microrganismos (Gomes & Pacheco, 1988; Souza, 1998; Teixeira, 2002).
O material para a fabricação do composto orgânico, advém dos restos vegetais ou animais, onde os mesmos podem ser encontrados nas propriedades agrícolas ou no meio urbano, sendo os restos de cultura, palhas e cascas (espiga de milho, arroz, palhada do feijão, palha de café, e etc.), os mais utilizados.
Manejo da Produção do Composto
Para a geração de um composto de qualidade é essencial um bom manejo do mesmo. Para isso é importante que o local da montagem das pilhas seja ligeiramente inclinado para facilitar o escoamento das águas da chuva, próximo a fonte de água e da produção. É fundamental que a limpeza do local de produção seja realizada regularmente de maneira a evitar a entrada de substâncias que interfiram no processo de produção do composto. Outro fator importante é a necessidade de disponibilidade de área para construção das pilhas, revolvimento e passagem de tratores. Além disso, é recomendado que a área da produção do composto seja dividida em três pátios, pátio da matéria prima, compostagem e armazenamento do composto.
Condições para a decomposição da matéria orgânica
Controlar as condições físicas e químicas ideais para a decomposição da matéria orgânica nas pilhas é indispensável para garantir a sustentabilidade do sistema de compostagem. O sistema consiste basicamente no processo de interdependência entre microrganismos decompositores, condições físicas e químicas ideais e presença de matéria orgânica. Logo, devem ser controlados fatores como: presença de microrganismos, para realização da decomposição; aeração das pilhas, por se tratar de um processo de fermentação deve se ter o revolvimento periodicamente; umidade, entre 30 e 70%, a fim de permitir a fermentação e garantir a presença de ar do ambiente e temperatura, para se ter o trabalho efetivo dos microrganismos na decomposição da matéria orgânica e promover a esterilização do material matando organismos nocivos às plantas.
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