O Melhoramento Genético e Biotecnologia
Por: 6666245 • 5/9/2019 • Seminário • 1.845 Palavras (8 Páginas) • 227 Visualizações
Instituto Federal de Santa Catarina
Bacharelado em Agronomia
Melhoramento Genético e Biotecnologia
2019
MELHORAMENTO GENÉTICO E BIOTECNOLOGIA
Trabalho destinado à matéria de Introdução à Agronomia do curso Superior em Agronomia do IFSC
2019
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO…………………………………………………………………3
DESENVOLVIMENTO………………………………………………………...4
CONCLUSÃO………………………………………………………………….7
REFERÊNCIAS………………………………………………………………..9
INTRODUÇÃO
Desde os primórdios da humanidade, a agricultura é utilizada no Brasil para fins de produção de alimentos para suprir as necessidades básicas dos seres humanos. Com a grande evolução e a alta demanda de produção de alimentos, algumas decisões tomadas retornaram alimentos mas geraram outros problemas como os ecossistemas degradados, no intuito de que novas fronteiras agrícolas pudessem ser abertas. Estes e outros casos são exemplos de uma agricultura que gerava muitos problemas.
Através de estudos foi preciso buscar inovações para que novas cultivares fossem produzidas e adaptadas para diferentes regiões do Brasil, buscando a melhor qualidade a ser produzida e alternativas para que o meio ambiente não fosse mais degradado.
A partir daí, o Melhoramento Genético e a Biotecnologia foi introduzida para que essas necessidades fossem atendidas, modernizando a agricultura com as novas descobertas e visando aumentar a produtividade da cultura para suprir a demanda de alimentos.
O estudo e pesquisas em buscas de melhoramento das plantas e biotecnologia tendem a crescer. “Segundo dados de 2011, estima-se que existam cerca de 230 empresas relacionadas à biotecnologia, sendo que cerca de 40% delas são ligadas à agropecuária” (DURHAM, Elza, 2013).
O aumento da população é constante com a demanda de alimentos. Tomemos como exemplo a previsão de que, em 2025, teremos 200 milhões de habitantes no Brasil. Considerando um consumo médio de 800 gramas/pessoa/dia, serão necessárias 160 milhões de toneladas de alimento/dia, ou cerca de 160 km de caminhões de alimentos por dia (RAMALHO, 2001). Este é um outro quesito em que se aplica o melhoramento de plantas, para que sejam desenvolvidas novas cultivares mais produtivas, aumentando a oferta de alimentos e colaborando com o meio ambiente.
Inicialmente neste trabalho será dado ênfase ao melhoramento genético de plantas introduzida com a biotecnologia, destacando a evolução destas práticas e a domesticação das plantas com o homem, mostrando a aplicação do melhoramento de plantas e da biotecnologia com ética ao meio ambiente e a sociedade, e mostrando a importância, os objetivos e as habilidades que esta unidade curricular fornecerá ao discente do curso Superior em Agronomia.
DESENVOLVIMENTO
Com o surgimento do homem nômade na terra, cerca de 50 mil anos atrás, para a sua sobrevivência limitavam-se à procura de alimentos. Com a evolução do homem, e quando tornou-se sedentário, por volta de 10 mil anos atrás, começou-se a domesticar plantas por meio da seleção de variedades com características de interesse, para o consumo próprio, surgindo assim a agricultura.
A busca por áreas de produção e cultivo foi um dos fatores que gerou os ecossistemas degradados que encontramos atualmente. O efeito ambiental negativo encontrado, foi motivo de estudos para que fossem aplicadas novas técnicas de produção, gerando lucros e rendimentos mas sem causar impactos ambientais.
O melhoramento genético de plantas foram um dos principais estudos encontrados para que estes fatores citados fossem resolvidos. Segundo MIRANDA FILHO (1994), “melhoramento genético é o ajustamento genético aos componentes físicos, químicos, biológicos, econômicos e sociais do ambiente.” Esta prática já era introduzida a muito tempo. Inconscientemente, o homem selecionava as melhores sementes para depois plantá-las, o que é um melhoramento, pois há seleção de melhores plantas. Porém, pesquisadores buscaram aprofundar o estudo, trazendo melhorias a produção de alimentos e cultivares.
Segundo o livro Melhoramento de Plantas Princípios e Perspectivas do autor Paulo Vanderlei Ferreira, o melhoramento genético de plantas era considerado apenas uma arte, pois os fitomelhoristas, por volta de 10 mil anos à trás, eram os próprios, agricultores com essas habilidades de selecionar, em uma grande população de plantas, aquelas que apesentavam características de interesse econômico. Só no final do segundo milênio que o melhoramento genético tornou-se ciência, em função do desenvolvimento da genética, botânica, fisiologia vegetal, fitopatologia, entomologia, etc., os fitomelhoristas passaram a selecionar as plantas com mais eficiência, e o melhoramento genético de plantas foi se tornando mais ciência do que arte.
A melhoria genética é obtida através dos resultados da hibridação sexual seguida de seleção dos melhores genótipos recombinantes, porém este método existem algumas limitações. É por estes fatores que a biotecnologia vem possibilitando o desenvolvimento de novas técnicas a serem utilizadas como ferramentas de auxílio ao melhoramento genético de plantas, visando o desenvolvimento de novas variedades mais produtivas e de qualidade.
Na Convenção sobre Diversidade Biológica da Organização das Nações Unidas – ONU – regulamentada pelo Decreto n. 2.519, de 16 de março de 1998, o conceito de “Biotecnologia significa qualquer aplicação tecnológica que utilize sistemas biológicos, organismos vivos, ou seus derivados, para fabricar ou modificar produtos ou processos para utilização específica”.
Segundo a linha do tempo da história do melhoramento genético de plantas do Conselho de Informações sobre Biotecnologia (CIB), os cruzamentos entre espécies já eram feitas desde os anos 1800 por cientistas e agricultores.
A busca pela melhoria de cultivares eram e são muito importantes e precisas. O estudo por introduzir novos genes nas plantas iniciou-se nas décadas de 1940 e seguindo esses estudos, em 1980 a agricultura deu mais um avanço, foi obtido um organismo geneticamente modificado conhecido como transgênico. Este resultado foi encontrado a partir de um transferimento de um gene responsável por uma característica desejada de uma planta para outra.
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