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O Nitrogênio e Potássio na Cultura da Abobrinha

Por:   •  14/2/2024  •  Projeto de pesquisa  •  2.826 Palavras (12 Páginas)  •  93 Visualizações

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Título do Projeto Nitrogênio e Potássio na Cultura da Abobrinha

NITROGÊNIO E POTÁSSIO NA CULTURA DA ABOBRINHA

 RESUMO: A família das cucurbitácea engloba em grande número de plantas de elevado interesse agronômica entre elas a abobrinha italiana. Com o propósito de desenvolver esta cultura na região Pré-Amazônia, decidiu-se testar doses crescente de Nitrogênio e Potássio. Para tanto, estabeleceu-se com experimento em blocos casualizados com cinco tratamento e quatro repetições para cada nutriente. Da seguinte forma: T1 – Testemunha, 0 kg ha-1 de N; T2 – 60 kg ha-1 de N; T3 – 120 kg ha-1 de N; T4 – 180 kg ha-1 de N; T5 – 240 kg ha-1 de N e T1 – Testemunha, 0 kg ha-1 de K; T2 – 90 kg ha-1 de K; T3 – 180 kg ha-1 de K; T4 – 170 kg ha-1 de K; T5 – 360 kg ha-1 de K. Espera-se que os resultados estimulem os produtores familiares da região o produzirem a cultura comerciantes, o que representaria ganhos na nutrição e na economia das regiões.

Palavras-chaves: Cucurbita pepo L.; olericultura; teores de nutrientes

  1. INTRODUÇÃO

 As abóboras, são hortaliças pertencentes ao gênero Curcubita e à família das cucurbitáceas. No gênero estão uma diversidade de espécies silvestres e domesticadas. Dentre as espécies domesticadas estão as aboboras. Cucurbita máxima, morangas cucurbita moschata, gilas Cucurbita ficifolia, morangos Cucurbita argyrosperma e aboboras ornamentais Cucurbita pepo (OLINIK et al., 2011; BARBIERI,2012).

A abobrinha italiana (Cucurbita pepo L.), é também conhecida no Brasil como abóbora de moita, caserta ou abobrinha de tronco. A origem da abobrinha, assim como das outras aboboras, é da região central do México ao sul dos Estados Unidos das Américas, onde apresenta o centro de diversidade genética (FILGUEIRA, 2008; ARAÚJO, 2011). Quando os portugueses chegaram às américas, os nativos já cultivavam as aboboras as quais foram levadas para a Europa. Na Europa, o cultivo da abobora ganhou importância e sofreu seleção em uma diversidade de países. Na vinda para o Brasil, os alemães e italianos trouxeram suas próprias sementes selecionadas, para o cultivo, dentre elas, a popular abobora italiana (BARBIERI, 2012).

A abobrinha destaca-se na produção de hortaliças devido sua importância nutricional, social e econômica de muitas famílias brasileiras, principalmente na agricultura familiar (CAVALCANTE et al., 2017). Esta espécie está entre as dez hortaliças de maior valor econômico no Brasil (ARMOND et al., 2016).

Embora a cultura das abobrinhas tenha grande importância no setor socioeconômico em diferentes regiões do pais, ainda possui pouco pesquisa em relação ao seu desempenho na Região Pré- Amazônica, ganhando destaque de produção apenas na Região Sul. A produtividade da abobrinha é muito variável, de acordo com o manejo nutricional aplicado, principalmente no que diz respeito a adubação potássica e nitrogenada. Esses nutrientes são os mais exportados pela planta, resultando em influencia na produção e na qualidade dos frutos produzidos (ARAUJO et al., 2014).

Neste cenário e como hipótese do trabalho, partiu – se da premissa que o nitrogênio e o potássio tem influência decisiva no desempenho da abobrinha. Para tanto, resolveu- se investigar doses crescentes de nitrogênio e potássio na produção e qualidade dos frutos de abobrinha na região Pré- Amazônia.

2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

2.1 Aspectos gerais sobre a cultura da abobrinha

No Brasil, as espécies de maior importância econômica pertencem à família das cucurbitáceas. Os gêneros que possui grandes destaques de produção no pais são as Cucurbita (abóbora, abobrinha e moranga), Cucumis (pepino, melão e maxixe), Citrullus (melancia), Sechium (chuchu) e Lagenaria (cabaça caxi) (ARAÚJO, 2011; GARCIA, 2015).

Entre a família das cucurbitáceas, a abobrinha italiana (Cucurbita pepo L.), destaca-se entre as dez hortaliças de maior valor econômico no Brasil (CARPES et al., 2008; OLINIK et al., 2011; SOUZA et al., 2017). Esta espécie é originaria da América Central, México e Sul dos Estados Unidos. Foi a primeira espécie de abóbora introduzida na Europa. E, alguns frutos, retratados em herbários europeus antigos, não diferem das cultivares modernas. No Brasil, também é conhecida como abóbora de moita, abobrinha italiana, abobrinha de tronco (FILGUEIRA,2008; ARAÚJO, 2011).

 As abobrinhas italianas são cultivadas principalmente para fins alimentícios, ornamentais, medicinais, aromáticos ou como fonte de matéria-prima para produzir outros produtos. Os frutos das plantas são importantes fontes de minerais e vitaminas, especialmente das vitaminas A e C, encontrados na polpa, na forma de carotenoides e ácido ascórbico (ROMANO et al., 2008; SILVEIRA e CARVALHO, 2013).

As espécies do gênero Cucurbita são valorizadas devido ao seu fruto conter alto valor nutritivo. Pode ser consumido na forma inatura (abobrinha) cozida, como salada, ou na forma madura (abóbora) cozida com açúcar (doces) ou sal (quibebes), podendo também ser usado em refogados os ponteiros de ramas (cambuquira) e as flores empanadas (CARPES,2006).

2.2 Importância econômica da abobrinha

A família das cucurbitáceas compõem a segunda família das hortaliças, na ordem de importância econômica no Brasil, perdendo espaço apenas para as solanáceas (NASCIMENTO, 2009). No Brasil, o consumo das aboboras é tradicional e realizado indistintamente pela população, independentemente da renda mensal das diferentes classes sociais (RAMOS et al., 2010).

A região do Nordeste se destaca como um dos principais mercados consumidores, no qual o estado Pernambuco apresenta demanda superior a seis mil toneladas anuais. A demanda de abobora apresentada por esse estado representa cerca de metade do volume comercializado no estado Maranhão (SEBRAE, 2017). Somente no ano de 2008, na Central de Abastecimento do Estado de São Paulo (CEAGESPSP), foi comercializado 90.606 toneladas de aboboras. Araújo et al. (2014), afirma que, nos dez últimos anos, somente o comercio de abobrinha de moita apresentou expressivos 85% de crescimento na CEAGESP, destacando, é claro, a importância e as exigências por produtos de qualidade morfológica e nutricional.

2.3 Morfologia e Adaptação

 A abobrinha italiana apresenta hábito de crescimento ereto, com hastes curtas, formado uma típica moita. Suas folhas são recortadas e apresentam coloração verde e manchas prateadas. O sistema radicular é do tipo fasciculado extenso e 98% das raízes concentram se na camada de 0 a 30 cm de solo (ARAÚJO, 2011; GARCIA, 2015).

Os frutos são de formato cilíndrico, de coloração verde-claro, podendo apresentar finas estrias longitudinais de cor verde escura (BIANCHINI, 2013). A colheita dos frutos deve ser realizada de forma manual, no estádio imaturo, quando estes apresentarem características comerciais, ou seja, de 15 a 20 cm de comprimento e 4 a 6 cm de diâmetro, pesando de 200 a 250 g (SOUZA,2017). O crescimento dos frutos são rápido e é necessário um bom manuseio da colheita, sendo um dos fatores importantes na obtenção de frutos dentro dos padrões comerciais (BIANCHINI, 2013).

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