PRODUCÃO DE MUDAS DE EUCALIPTO (Corymbia citriodora) EM DIFERENTES SUBSTRATOS
Por: Filipe Verderio • 29/4/2019 • Monografia • 1.254 Palavras (6 Páginas) • 337 Visualizações
Resumo
Este trabalho teve o objetivo de avaliar o desempenho de mudas de eucalipto (Corymbia citriodora) em três diferentes substratos. O experimento foi conduzido em um viveiro em temperatura ambiente, no qual foram produzidas as mudas em tubetes de 173 cm3, os substratos utilizados foram vermiculita 50% + solo 50%, compostagem 100% e NPK. Foram avaliadas as segintes caracteristicas: desenvolvimento radicular e parte aérea e Índice de Velocidade de emergência (IVE). O experimento foi arranjado no delineamento inteiramente casualizado, 4 tratamentos com 4 repetições posteriormente será calculado a Tukey a 5%.
1. INTRODUÇÃO
De acordo com Mora & Garcia (2000) o Eucalyptus ssp. é de ocorrência natural na Austrália, o eucalipto possui cerca de 600 espécies adaptadas a diversas condições climáticas de solo e clima.
A maioria das espécies conhecidas possuem características de árvores típicas de florestas altas, atingindo alturas que variam de 30 a 50 metros e de florestas abertas, árvores menores atingindo alturas entre 10 e 25 metros. Cerca de 30 ou 40 espécies são arbustivas.
Segundo Moura & Guimarães (2003) as plantas apresentam características de resistência a períodos de seca, acredita-se que durante o processo evolutivo, o eucalipto se adaptou a condições de baixo conteúdo de nutrientes no solo. Na Austrália, muitos tipos de solos apresentam baixos teores de fósforo e elementos essências para o crescimento dos vegetais.
A espécie C. citriodora escolhida para o estudo, Moura e Garcia (2000) ocorre entre latitudes de 17ºS a 26ºS, ocupam duas regiões distintas. No Sul está em altitudes não maiores que 300 metros e ao Norte em altitudes de 600 a 800 m. A precipitação varia de 650 a 1300 mm. Em certos locais, suportam período seco pode atingir até 7 messes e adapta-se a solos pobres e pedregosos.
A madeira do C. citriodora segundo Moura & Guimarães (2003) é muito usada para serraria, produção de carvão vegetal, estruturas, caixotarias e dormentes. Algumas plantações são manejadas também para produção de folhas que são utilizadas para obtenção de óleos essenciais.
Corymbia citriodora foi descrita por William Jackson Hooker como Eucalyptus citriodora, sendo em 1995 transferida para o género Corymbia por K.D.Hill & L.A.S.Johnson.
Segundo a BRAF (2010), IBGE (2013) e BRACELPA (2014) eucalipto é a árvore mais plantada no mundo, o Brasil apresenta uma área de 4.515.730 há plantada até 2009 sendo que as maiores áreas de produção encontram na região sul e sudeste os estados de Minas Gerais, São Paulo e Bahia 69% de áreas plantadas no Brasil.
Em 2009 o Brasil se tornou o quarto maior fabricante mundial de celulose passando a frente da Suécia e Finlândia, ficando atrás dos Estados Unidos, China e Canadá, segundo BRACELPA (2014) a produção de celulose em 2012 foi de 13 977 toneladas de celulose. O consumo de celulose e papel apresenta principal desenvolvimento econômico das atividades industriais do país.
De acordo com BRAF (apud, STCP; ABIPA, AMS, BRACELPA 2010) no anuário apresenta que em 2009 foram consumidos estimados 162,6 milhões m³ de toras de florestas plantadas para uso industrial no Brasil. Deste total, 68,4% referem-se ao consumo de eucalipto e 31,6% de pinus. O segmento de celulose e papel é o principal consumidor absorvendo cerca de 37,3% das toras produzidas; a lenha industrial 25,7%, a indústria madeireira 18,8%; o setor siderúrgico, por sua vez, consumiu 11,9% (carvão vegetal); e painéis reconstituídos 5,8%.
Na região norte a produção é de baixa escala com uma produção, IBGE (2013) de 25 269 m3 destinada à lenha e 2 266 799 m3 à celulose, no estado de Rondônia se encontra com uma produção 16 930 m3 de madeira para lenha.
Segundo a BRAF (2010) junto com as atividades econômicas geradas pelas áreas florestais, buscam-se cuidados a questão ambiental devido acontecimentos e variações climáticas ocorridas no mundo elevando a temperatura média anual, alterando variação do período de chuvas e a presença frequente de eventos metrológicos de extremos.
ALFENAS et al.(2004) com o recente mercado de carbono, vem demonstrando interesse ao setor privados pelo uso do eucalipto para capturar CO2 para mitigar a mudanças climáticas.
SANTOS et al (2000) afirma com aumento do consumo de produtos florestais tem como consequência a necessidade de se introduzir, nos programas de florestamento e reflorestamento no Brasil, novas tecnologias que busquem a atender o mercado, espécies de alta produtividade que permitam um ciclo de corte relativamente curto, associado às boas praticas de manejo silviculturais.
O território nacional tem condições edafoclimáticas, altamente favoráveis ao desenvolvimento de florestas plantadas comerciais de rápido crescimento (BRAF 2010).
O setor investiu permanentemente em pesquisa e desenvolvimento florestal, através de métodos diferenciados e de novas tecnologias, com o propósito de aumentar a produtividade florestal e mitigar condições adversas decorrentes do uso intensivo da terra, entre elas possível perda em fertilidade (nutrientes), pragas, doenças e outros (BRAF 2010).
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